Dois + Um - Carlos Andreazza e Vera Magalhães

Docente de Política e Relações Internacionais, Matias Spektor analisou a guerra no Oriente Médio, que já está no 20º dia com mais de 8 mil mortos, assim como a postura brasileira diante do conflito. Ele ainda comentou as eleições argentinas e como o surgimento do 'fenômeno Milei' tem semelhanças com o processo político brasileiro.

Ao podcast 2 +1, o professor de direito da FGV e doutor em ciência política analisou a 'segurança pública disfuncional' no país e apontou erros tanto da esquerda quanto da direita na gestão das forças policiais. O especialista ainda discorreu sobre os atuais embates entre Legislativo e Judiciário, contribuindo também para a discussão sobre a possibilidade de ministros terem mandatos.

O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central ainda elogiou, com ressalvas, a atual gestão de Fernando Haddad, que prometeu equacionar as dívidas oriundas de decisões judiciais até o fim do mandato. Ao podcast 2+1, o economista abordou também a necessidade de uma nova reforma previdenciária, o arcabouço fiscal e as suas dúvidas sobre a transição para a economia verde ainda nesta década.

Em entrevista ao podcast 2+1, a deputada federal lamentou que a 'esquerda branca' se preste a 'alimentar o fascismo' para justificar a ausência de uma mulher negra na Corte. A parlamentar ainda denunciou a transfobia sofrida dentro da Câmara dos Deputados e percorreu pautas em discussão no Congresso Nacional.

Ao podcast 2 + 1, o parlamentar do União Brasil reforçou as funções distintas de cada um dos três poderes e defendeu proposta sobre restringir demarcação de terras indígenas: 'Até porque, se for reconhecer tudo, a qualquer tempo, tudo vira terra indígena.' Ele ainda criticou a PEC da Anistia e o uso de ministérios como moeda de troca entre Lula e Centrão.

Em entrevista ao podcast 2 + 1, a subprocuradora-geral da República e ex-PGR usou a remoção de desconto no acordo com a empresa para defender os mecanismos de controle do Ministério Público, mas reconheceu que ‘laços foram quebrados com a sociedade’ diante de casos recentes, como nas investigações da operação Lava-jato.

Em entrevista ao podcast 2 +1, o economista e membro da ABL analisou expectativas sobre o governo Lula. Apesar de perspectiva ‘cautelosamente otimista’, principalmente quanto à economia, ele fez duras críticas ao estado da educação no Brasil, à política externa e à atual condução do Legislativo e do Judiciário.

Ministro da Defesa fala em nome dos militares e volta a defender que os envolvidos no 8 de janeiro sejam punidos individualmente, à parte da instituição Forças Armadas. 'Eu quero sair do patamar de suspeito para o patamar de parceiro', afirmou.

Para o ministro das Relações Institucionais, o governo encerra os primeiros seis meses de forma 'muito positiva'. Ele ponderou a falta de apoio no Congresso e disse que o Executivo tenta estabelecer uma relação baseada na importância dos projetos: 'vamos ter que construir uma nova agenda para o segundo semestre'.

Para Robson Andrade, a economia brasileira já reúne fatores que possibilitam, pelo menos, a sinalização de uma trajetória de queda da taxa Selic. Ele cobrou ainda que o Banco Central se atente a medidores para além das questões inflacionárias. 'Como investir com os juros nesse patamar?', questionou.

A relatora da CPMI dos Ataques Golpistas demonstrou divergências entre as lideranças da comissão. O presidente do grupo, Arthur Maia (Republicanos-BA), havia chamado de "constrangedor" o fato de requerimentos de convocação de nomes ligados ao governo terem sido rejeitados.

O líder do União Brasil na Casa criticou a supervalorização do Senado nas escolhas para as pastas ministeriais. Ele comparou os três nomes do partido em ministérios com os sete senadores com cargos no governo. 'Houve um desequilíbrio bicameral', afirmou.

Txai Suruí, líder dos Povos Suruí de Rondônia, afirma que recebe a mensagem da Câmara com revolta. Ela aponta que a decisão mostra que a colonização nunca acabou no Brasil. 'Hoje, talvez não nos matam com balas, mas com a caneta', criticou.

Rodrigo Agostinho reforça que a decisão do órgão para vetar a exploração de petróleo foi técnica e garante que não há espaço para negociação política. 'A gente solicitou por oito vezes melhoras no projeto e a Petrobras continuou insistindo com no texto inicial, até que teve essa negativa', explicou.

Relator do projeto garante que forças externas, como a instalação de três CPIs no Congresso e a cassação de Deltan Dallagnol, não afetarão o plenário. 'Existe uma maturidade, protagonizada pelo presidente da Casa, Arthur Lira, de que existem matérias que perpassam o interesse do governo', disse.

Para o presidente do PSD, Gilberto Kassab, dado o cenário de polarização política, os representantes da esquerda e direita têm, no máximo, 30% dos votos ideológicos. 'Nem Lula nem Bolsonaro tinham 50% dos votos na última eleição. Eles contaram com a rejeição dos adversários', afirmou.

O líder do governo na Câmara afirma que o Executivo precisava ter ido para o 'enfrentamento' com a oposição e garantiu que o projeto seria aprovado por maioria simples. 'Eu tinha os meus cálculos', disse.

Vinícius de Carvalho explicou, porém, que não cabia à Controladoria-Geral da União revogar o sigilo das imagens do dia 8 de janeiro, mas que o órgão se posicionou internamente no governo contra a decisão do GSI.

O economista repercutiu o texto do arcabouço fiscal enviado pelo governo ao Congresso e analisou a composição da equipe da economia, com Fernando Haddad no Ministério da Fazenda. 'O presidente quer deixar para si mesmo a prerrogativa de desenhar a política econômica', destacou.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda afirmou que as futuras regras transformarão as empresas contratadas em operadoras e mantenedoras das concessões públicas. Ele explica que, dessa forma, o mecanismo só gerará lucro de acordo com a efetividade do próprio serviço.

O ex-ministro da Educação de Michel Temer contextualiza o Legislativo mais conservador formado em 2023 e contou sobre uma conversa que teve com o deputado Chico Alencar (PSOL). 'Podem sair soluções tipo restabelecer educação moral e cívica ou educação religiosa', disse ele.

O líder do governo no Congresso disse que confia na votação "uníssona" dos partidos que compõem a federação do PT. O senador reconheceu que falta um "teste de painel" na Câmara, mas afirmou que o governo tem maioria absoluta nas duas Casas do Parlamento. 'Temos os votos necessários para aprovar a âncora fiscal', afirmou.

O economista concordou com a manutenção da taxa de juros em 13,75% pelo Banco Central dado o cenário de incerteza fiscal do governo Lula. Mendes afirma que o presidente não tem interesse em controlar a despesa. 'A concepção é de que aumento de gastos é solução', criticou.

Apesar da preocupação do mercado financeiro, a empresária garantiu que o setor varejista está disposto a dialogar e compreender a agenda social do governo. Segundo ela, nem a âncora fiscal é um assunto forte no meio. 'Todo mundo está preocupado é com a falta de venda e sabe que juros altos são o primeiro fator para atrapalhar', disse.

A ex-ministra do Meio Ambiente, que compõe a equipe de transição do governo eleito, sugeriu o cargo ao programa do então candidato Lula. Ela afirma que o cargo tem perfil técnico: 'tudo o que a gente não precisa é de que isso tenha algum tipo de viés político'.

Integrante do grupo de transição do governo Lula, a presidente-executiva do Todos Pela Educação destacou que as crianças em fase de alfabetização foram as mais impactadas na pandemia.

Líder comunitário do Complexo do Alemão e organizador da visita de Lula à comunidade no 2º Turno das eleições, Rene Silva afirmou que é preciso pressionar o governo eleito para cumprir a promessa de colocar pretos em cargos executivos: 'precisamos ser vistos'.

Em conversa no podcast 2+1, o senador eleito pelo Maranhão Flávio Dino criticou as declarações feitas pelo general Hamilton Mourão, que atacou o STF ao lembrar das anulações processuais do ex-presidente Lula. 'Vergonhoso', afirmou ele.

No podcast 2+1, a deputada federal (PSB-SP) afirmou não achar que o PT terá papel preponderante em um eventual governo Lula a partir de 2023. Segundo Tabata, o ex-presidente precisará ser fiel à sua atual base eleitoral para ter sucesso no mandato.

Em entrevista ao podcast 2+1, João Amoêdo se pôs contra o manifesto dos filiados do Novo pela sua desfiliação do partido. Os dirigentes reagiram contra sua declaração de voto em Lula. Ele afirma que seu apoio ao petista é pela defesa da democracia.

O economista Marcos Lisboa acredita que o Brasil escolheu o caminho da mediocridade e vai se empobrecendo em relação ao resto do mundo. Para o presidente do Insper, a sociedade brasileira apoia os muitos incentivos fiscais existentes atualmente, o que causa distorções e impede uma necessária reforma tributária. Ao participar do Podcast 2+1, Marcos Lisboa destacou que o próximo presidente da república vai ter mais dificuldades para manobrar os gastos do Governo Federal. 'Esse poder foi capturado pelo Congresso', disse.

No podcast 2+1, Simone Tebet justificou seu apoio a Lula no 2º Turno pela defesa da democracia. Ela apontou preocupação com a vitória de Bolsonaro em meio à nova formação de extrema-direita do Congresso: 'o Executivo dominando o Judiciário e o Legislativo se tem a nova versão do que é o autoritarismo'.

No podcast 2+1, o diretor da Quaest Pesquisa destacou o poder do último debate presidencial antes das eleições. Para ele, a atuação dos candidatos será determinante para definir o fim em 1º Turno: 'basta apenas a mudança de um ou três pontos percentuais dos eleitores'.

O ex-presidente do Banco Central e do BNDES criticou o esvaziamento de programas de governo em meio à polarização ideológica nas eleições. Arida repercutiu a campanha do PT para o voto útil no 1º Turno: 'ter um mês a mais para discutir propostas seria ótima ideia, mas dificilmente haverá qualquer discussão'.

O ex-embaixador e ex-secretário geral do Itamaraty, Marcos Azambuja, acredita ser ‘tarde demais para mudar a imagem’ do presidente tanto no exterior quanto para o público interno. Às vésperas das eleições, Bolsonaro participa de dois compromissos diplomáticos importantes: o enterro da rainha Elizabeth II, em Londres, e a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ao podcast 2+1, Azambuja diz ser ideal que o chefe de Estado se porte com sobriedade, mas ‘não há espaço para alterar percepções com palavras ou discursos.’

O ex-ministro da Secretaria de Governo na gestão Bolsonaro afirmou que está seguro da independência das Forças Armadas: 'Eu confio na instituição da qual fiz parte por 45 anos, que não vai se meter em uma idiotice dessa'', disse em participação no podcast 2+1, ao responder sobre a presença dos militares nos atos de 7 de setembro.

A ex-senadora e atual secretária municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Marta Suplicy, diz que o papel das mulheres no panorama eleitoral brasileiro ‘é cada vez mais evidente’. A convidada do podcast 2 + 1 conversa com Carlos Andreazza e Vera Magalhães sobre as peculiaridades do voto feminino. ‘O fundamental para a decisão das mulheres é buscar por benefícios, uma possibilidade de melhorar de vida’, diz. ‘A mulher não decide muito antes. Avalia, espera, conversa com as vizinhas, aprofunda o voto. Por mais que se tente ver para onde ela vai, nem sempre é fácil.’

O antropólogo e escritor Juliano Spyer é o convidado do podcast 2+1 nesta semana. Em conversa com Carlos Andreazza e Vera Magalhães, ele fala sobre seu trabalho a respeito de comunidades cristãs evangélicas e analisa a relação desses grupos com a política. Spyer avalia que o debate sobre o assunto ainda é carregado de preconceito e afirma que, no contexto atual, parte dos fiéis tem rejeitado o uso político da religião. 'Existe um cansaço em relação ao uso excessivo do espaço da igreja para falar sobre política', afirma.

O podcast 2+1 recebe o jurista, advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral Henrique Neves. Em conversa com Carlos Andreazza e Vera Magalhães, ele avalia que a presença de autoridades na posse de Alexandre de Moraes, que assumiu presidência do TSE, foi uma importante demonstração de apoio à Justiça Eleitoral. Ele também reforça que urnas eletrônicas são seguras e critica polarização excessiva. 'Eleição deve ser um caminho para a paz social', afirma

A subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen conversa com Vera Magalhães e Carlos Andreazza sobre a carta pela democracia da Faculdade de Direito da USP, lançada nesta quinta. Ela avalia que o documento ‘fala para todos e é um verdadeiro pacto da sociedade civil’. Luiza Frischeisen também analisa temas relacionados à atuação do Ministério Público e critica o julgamento, nesta semana, que condenou procuradores da Lava-jato.

Carlos Andreazza e Vera Magalhães conversam com o executivo Fábio Barbosa, que é um dos signatários da carta pela democracia da Faculdade de Direito da USP. Ele considera que o texto é um manifesto pela estabilidade do país, não uma defesa de algum dos candidatos. Barbosa ainda analisa perspectivas para o Brasil após as eleições e critica Lula e Bolsonaro por considerar que ambos não têm apresentado propostas claras. 'Mais uma vez, vamos acabar dando um cheque em branco para quem for eleito', diz ele.

Carlos Andreazza e Vera Magalhães recebem a historiadora Lilia Schwarcz para uma conversa que analisa o atual governo em contexto histórico. Lilia avalia que Bolsonaro adota medidas populistas e autocráticas, como tentar 'sequestrar' comemorações de Sete de Setembro para sua pauta ideológica. Ela analisa as reações das instituições democráticas e da sociedade civil e afirma que o militarismo no governo tende a desestabilizar o país. 'Toda vez que os militares entraram na política, conturbaram o cenário da democracia', analisa.

O professor de filosofia da Unicamp e presidente do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, Marcos Nobre conversa com Carlos Andreazza e Vera Magalhães sobre os ataques de Bolsonaro ao sistema democrático e a relação do presidente com os demais poderes. 'Bolsonaro conseguiu fazer o país inteiro entrar num caos institucional', afirma. Nobre avalia, ainda, que o resultado das próximas eleições ainda está indefinido e que o Brasil precisa se preparar para 'todos os cenários'.

Carlos Andreazza, Vera Magalhães e o ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto conversam sobre questões constitucionais no segundo episódio do podcast 2+1. O jurista avalia que 'PEC kamikaze' é 'multiplamente inconstitucional': 'é um atentado à lógica da Constituição, à dignidade dela', afirma. Ayres Britto critica, ainda, o que considera uma tentativa do ministro da Defesa de 'acuar o Judiciário'.

Na estreia do podcast 2+1, Vera Magalhães, Carlos Andreazza e o economista Arminio Fraga analisam os efeitos da 'PEC kamikaze' sobre a economia e sobre a corrida eleitoral. Na avaliação de Arminio, governistas e oposição erram ao adotar visão 'superficial e oportunista'. 'Faltam força e coragem para enfrentar o populismo barato', afirma.

Publicado toda quinta-feira até às 18h, nas principais plataformas de podcast e nos sites do GLOBO e da CBN, o 2+1 é apresentado pelos jornalistas Vera Magalhães e Carlos Andreazza com a participação de um convidado surpresa, conversando e debatendo os principais fatos da semana na política e na economia de maneira direta, bem humorada e com muita informação. O episódio também pode ser ouvido em plataformas como Spotify, Apple, Google Podcasts, Castbox e Alexa, entre outras.