Estação Brasil

Olá, ouvintes! No segundo episódio da nossa série sobre a formação da classe trabalhadora brasileira, vamos abordar a história dos trabalhadores do campo. Portanto, falamos sobre a complexa formação social do campesinato brasileiro e no que ele diferiu da Europa, passando por algumas características da cultura caipira brasileira, bem como sobre a construção de um imaginário que desqualifica o trabalhador do campo. A partir desta trajetória de lutas e resistências, esta é uma homenagem deste podcast aos trabalhadores que colocam a comida na nossa mesa e alimentam milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Um viva aos trabalhadores do campo! E você, bote o fone e dê o play!

Olá, ouvintes! Sejam bem-vindos à nossa nova série, chamada "Construtores do Brasil", na qual, narraremos a história da classe trabalhadora brasileira. Neste episódio, falaremos sobre uma das maiores particularidades da trajetória da nossa classe trabalhadora: a mão de obra africana. A presença de trabalhadores e trabalhadoras oriundos da África mudou a história das relações de trabalho no Brasil. Seja como trabalhadores escravizados ou livres, durante o período da escravatura ou do pós-abolição, uma verdade é incontornável: a nossa classe trabalhadora não é branca e europeia, mas, acima de tudo, bantu e iorubá. Então, bote o fone, dê o play e junte-se a nós na nossa nova série, uma homenagem do Estação Brasil à história dos trabalhadores e trabalhadoras que construíram e ainda constroem este país. Para apoiar o Estação Brasil: Faça parte do nosso grupo de apoiadores em: apoia.se/estacaobrasilfm Ou Pix: estacaobrasilfm@gmail.com

Viva, Rita Lee! São estas as palavras que dão a tônica para este episódio em homenagem à uma das maiores arquitetas da cultura brasileira do Brasil Contemporâneo. E para esta homenagem, decidimos falar sobre um período muitíssimo importante para a trajetória desta gigante: os seus anos como parte dos Mutantes e do movimento tropicalista. Então, não vá se perder por ai, deixe de ser meio desligado, cante sua canção iluminada de sol, e venha conosco nessa viagem ao planeta dos Mutantes, e conheça melhor este pedaço tão incrível da história de Rita Lee e do Brasil! Para apoiar o Estação Brasil e ajudá-lo a se manter no ar: estacaobrasilfm/apoia.se Ou pix: estacaobrasilfm@gmail.com

Olá, ouvintes! Neste novo episódio, falamos sobre o movimento das "Diretas Já!". Falamos desde o contexto de crises da ditadura militar, mobilização da sociedade civil no decorrer da década de 1970, a crise econômica generalizada na América Latina do início da década de 1980, e como todos estes eventos acabaram influenciando a tomada das ruas pela população nos anos de 1983 e 1984: seja pelas "Diretas", seja pelos motins e quebra-quebras de 83. Ainda abordamos os aspectos principais do movimento, a votação da Emenda Dante de Oliveira, sua derrota, e o caminho da eleição indireta pelo Colégio Eleitoral que levou à formação da dissidência da Frente Liberal e a eleição de Tancredo Neves para presidente. Exposto tudo isso, fica a pergunta: que tipo de legado você considera que as "Diretas já" deixaram? O de um movimento derrotado no curto prazo ou vitorioso no médio/longo prazo? Achou interessante a sinopse? Bote o fone e dê o play! Este podcast mantém-se no ar devido à colaboração dos seus ouvintes. Você pode colaborar de duas formas: 1) Tornando-se membro do podcast e ganhando benefícios via: apoia.se/estacaobrasilfm 2) Você pode também apoiar o podcast via pix: estacaobrasilfm@gmail.com

Olá, ouvintes! No último episódio da nossa série, vamos falar sobre as eleições que levaram Jair Bolsonaro à presidência da República. Das crises que permitiram o crescimento do bolsonarismo na sociedade brasileira, passando pelo processo das eleições em si, e terminando com uma importante discussão sobre a radicalização e o futuro do bolsonarismo. Achou interessante? Bota o fone e dê o play!

Olá, ouvintes! Após ser derrotado em três pleitos eleitorais seguidos, Luis Inácio Lula da Silva não somente chegou à presidência nas eleições de 2002, mas foi reeleito em 2006. Este episódio busca debater estas duas eleições, buscando abordar como estes pleitos podem ajudar a compreender mudanças na carreira de Lula, na formação social do PT, e até mesmo no comportamento do eleitorado brasileiro. No final, ainda lançamos algumas reflexões a respeito dos possíveis limites do projeto lulista e o que esperar do terceiro governo Lula. Gostou do resumo? Então, bota fone e de o play no novo episódio do Estação Brasil!

Olá, ouvintes! Neste episódio, falamos sobre as duas eleições presidências vencidas por Fernando Henrique Cardoso, nos anos de 1994 e 1998. Abordamos um pouco de tudo: a trajetória de vida e política de FHC, o Plano Real, seu primeiro governo e a formação de uma maioria parlamentar sólida no Congresso, o segundo governo e as crises econômicas e de credibilidade, entre tantas outros temas. Bote seu fone e venha ouvir mais esse episódio do Estação Brasil!

Após 18 anos de existência, o programa Bolsa Família foi extinto oficialmente no dia 8 de novembro de 2021. Este episódio é dedicado a contar as histórias das pessoas beneficiadas por este programa de transferência de renda que alterou a vida de milhões de brasileiros e brasileiras durante as primeiras décadas do século XXI. Para esta conversa, o Estação Brasil recebeu o profº Alessandro Pinzani, co-autor da obra "Vozes do Bolsa Família" (2013), e que compartilhou com a gente informações muito interessantes a respeito da história do Bolsa Família e relatos de vida emocionantes sobre os impactos do programa na sociedade brasileira, em especial, na vida de tantas mães de família que eram as responsáveis por receberem o benefício diretamente nas suas contas. Gostou da sinopse? Então, bota o fone de ouvido, dá o play e vem com a gente!

As extremas direitas são um verdadeiro risco às democracias no século XXI e o Brasil não está ausente desta ameaça. Neste episódio, o Estação Brasil recebe o professor Odilon Caldeira Neto para darmos profundidade histórica para este tema, resgatando a história das extremas-direitas em nosso país. Na nossa conversa, abordamos o surgimento do integralismo e como ele foi se transformando após a II Guerra Mundial, a presença de grupos nazistas no Brasil, as memórias saudosistas da ditadura militar, debatemos sobre a figura de Enéas Carneiro e sua adoração por grupos de extrema-direita, bem como falamos sobre o bolsonarismo e o tempo presente. Gostou da sinopse? Então, bota o fone e vem!

"Bota o retrato do velho outra vez, bota no mesmo lugar! O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar"! A marchinha composta por Haroldo Lobo e Marino Pinto dá a tônica para a temática do último episódio da nossa série sobre a Era Vargas. Neste episódio, vamos falar principalmente do Vargas aclamado pelos trabalhadores e uma figura já consolidada no cenário político brasileiro, bem como no imaginário popular. Assim, a nossa conversa inicia falando sobre o fim do Estado Novo, a democratização e a saída de Vargas do poder - enfatizando a importância do movimento queremista neste processo -, passa pelo retorno de Vargas ao poder nas eleições 1950, sendo eleito pela primeira vez pelo voto direto, e termina narrando como foi o seu governo democrático, e a gigante mobilização popular após o suicídio cometido em 24 de agosto de 1954. Ah, temos ainda um último bloco debatendo sobre: quais são os legados da Era Vargas no presente? Achou interessante? Bota o fone, dá o play e vem com a gente!

Olá, ouvintes! Este é o segundo episódio da nossa série a respeito da "Era Vargas". Dando continuidade a nossa saga, vamos falar do Governo Provisório (1930-1934), do Governo Constitucional (1934-1937) e do golpe do Estado Novo (1937). Mas, muitas coisas aconteceram neste período de sete anos. Portanto, também vamos abordar: os primeiros anos pós golpe de 1930 e estruturação de um novo governo; a Revolta Constitucionalista de 1932; a traição de Getúlio contra os tenentistas; as tensões durante e depois a publicação da Constituição de 1934; a formação e queda da ANL e o Levante Comunista de 1935; a formação e queda da AIB e o Levante Integralista de 1938; o golpe do Estado Novo de 1937; e, por fim, algumas reflexões a respeito da questão: afinal de contas, Vargas foi um fascista? Ufa! Quanta coisa, não? Acho que esse é um dos nossos episódios com mais informações e conteúdo! E aí, ficou interessado/a? Bota o fone e vem com a gente!

Olá, ouvintes! Este é o primeiro episódio da nossa série a respeito da "Era Vargas", um dos períodos mais importantes da História Contemporânea do Brasil. E, para iniciarmos a nossa saga, debateremos a respeito das crises políticas e econômicas da década de 1920, como elas influenciaram a ascensão do grupo liderado por Getúlio Vargas ao poder em 1930, e terminamos com um debate: afinal, foi uma revolução ou um golpe de estado o que tivemos em 1930? E aí, ficou interessado/a? Bota o fone e vem com a gente!

O futebol faz parte da identidade brasileira. Goste-se ou não desta afirmação, ela é praticamente incontestável. Mas, nem sempre foi assim. E, neste episódio do Estação Brasil, convidamos o grande Mathias Pinto, da Central 3, para conversar conosco sobre o tema. A construção da relação entre identidade nacional e futebol começou a ser desenvolvida no século XX, mais especificamente na década de 1930, durante a Era Vargas, e ela foi ganhando corpo com o passar do tempo, sendo que, no presente, uma coisa parece ser quase indissociável da outra. Assim, neste episódio, falamos a respeito: dos anos de criação deste projeto do Brasil como "país do futebol"; a consolidação do fenômeno no pós-guerra, quando o país sedia uma copa do mundo e conquista três títulos mundiais - mesmo período da construção de uma imagem positiva e vitoriosa do Brasil para ser vendida no exterior, uma espécie de "soft power" brasileiro nas relações internacionais; a posição que o Brasil vem desempenhando desde a década de 1980 no mercado internacional do futebol, de exportador de craques para campeonatos e clubes mais ricos; além das relações atuais entre a extrema-direita o futebol, especialmente o uso do uniforme da seleção brasileira como símbolo destes grupos extremistas. Gostou da proposta? Vem com a gente, bota o fone e dá o play!

Há muita desinformação sobre o fenômeno da escravidão no Brasil. E, infelizmente há muito racismo e preconceitos que tentam se disfarçar de opinião e análise histórica. Tendo esta realidade em vista, este episódio tem dois objetivos: 1) fazer uma introdução, de forma resumida, sobre os principais aspectos da escravidão no Brasil; 2) responder algumas das falácias mais comuns sobre o sistema do tráfico transatlântico de escravizados e a vida destes africanos e afrodescendentes no Brasil. Assim, neste episódio vamos falar: da formação do comércio transatlântico de escravizados e suas relações com o mercantilismo europeu; os tipos de trabalhos que os escravizados desempenharam; o auge da chegada de escravizados no Brasil no século XIX e as suas relações com a demanda criada pelo capitalismo industrial emergente na Europa; e o processo de abolição da escravatura. Curtiu? Bota o fone e vem!

A Comissão Nacional da Verdade é um marco para a história da democracia brasileira. Foi a partir dela que pudemos realizar um exercício de revisitar um período tão traumático e violento como a ditadura militar. Entretanto, a ideia de investigar este passado causou e ainda causa incômodo. Especialmente, da parte das Forças Armadas brasileiras, ao ponto de muitos estudiosos considerarem que a formação da CNV é um fator fundamental para se compreender o retorno da presença dos militares na política nacional de forma tão ostensiva. Neste episódio, contamos com a presença das historiadoras Mariana Joffily e Paula Franco para debater o processos de constituição da CNV, as tensões que a Comissão teve com as Forças Armadas, como os historiadores se posicionarem em relação à CNV, e como os documentos revelados por ela mudou e vem mudando a realidade das pesquisas sobre a ditadura militar no Brasil.

A história do Brasil se confunde com a história da questão agrária e a história da questão agrária se confunde com a história do Brasil. Em um país caracterizado pela dependência histórica do setor agroexportador, grande concentração fundiária e por um vasto conjunto de conflitos em torno das políticas de demarcação e registro de terras, não é por acaso que a questão de terras é central para se compreender a história do Brasil. Afinal, não se trata de acaso, mas de um projeto estrutural e estruturante de desenvolvimento do país que vem sendo colocado em prática há muitos anos. Para conhecermos mais a respeito da história da questão agrária no Brasil, temos como convidado o Profº Paulo Pinheiro Machado, da UFSC, que conversou conosco sobre o tema, abordando o mesmo desde as políticas de sesmarias no período colonial, passando pelas legislações do império, a política de embranquecimento com a chegada dos imigrantes, os conflitos por terra na Primeira República, os impactos sociais e políticos dos projetos de reforma agrária no contexto do golpe de 1964, e a formação de um dos maiores movimentos sociais no Brasil e na América Latina: o Movimento dos Sem Terra.

"O Cortiço" de Aluísio Azevedo, publicado originalmente em 1890, é considerado uma das obras clássicas da literatura brasileira. Mas, é possível utilizar esta obra se estudar História? E, se a resposta para esta primeira pergunta é afirmativa, como podemos fazer isso? Neste episódio, o Estação Brasil convida o professor, historiador e pesquisador na área de História e Literatura, André Luiz Pereira, para nos explicar como esta rica obra do final do século XIX pode nos ensinar muito a respeito da sociedade brasileira da época e de algumas imagens e representações daquele período sobre as classes populares, suas moradias, hábitos, costumes e visões de liberdade. Em nossa conversa, abordamos também outros temas presentes no livro e na sociedade brasileira da época, como o racismo científico e a lusofobia do final do século XIX.

O Brasil do final do século XIX e início do XX vivia um sério problema sanitário. Um conjunto diverso de epidemias que colocava a sua população em risco. E nesse contexto, a Revolta da Vacina é muito lembrada como um levante da população carioca contra a lei que implementou a obrigatoriedade da vacinação em massa contra a varíola. Mas, teria sido somente a insatisfação popular contra a obrigatoriedade da vacina o único fator que levou milhares de pessoas a transformar, durante o período de uma semana, o Centro do Rio de Janeiro em um verdadeiro palco de quebra-quebras, saques e conflitos intensos contra as forças militares do governo municipal, estadual e federal? Não existiriam outras razões para tamanha revolta da população carioca e que se somavam às críticas à obrigatoriedade da vacina? E quais eram as críticas à vacinação naquela época? Elas podem ser comparadas com as críticas atuais dos movimentos anti-vacina de hoje? As respostas para essas e outras perguntas você encontrará a seguir neste novo episódio do Estação Brasil.

É muito provável que em algum debate você tenha ouvido falar no termo neoliberalismo. Mas, você saberia definir exatamente o que ele quer dizer? Desde a sua criação, o conceito de neoliberalismo é um dos que mais gerou - e, certamente, ainda gera - confusões e polêmicas. Se por um lado ele é acusado pelos seus críticos de ser um conceito vago, impreciso, e/ou utilizado pelas esquerdas para simplesmente deslegitimar seus adversários políticos, por outro, muitos estudiosos o consideram um instrumento importante no campo das Ciências Humanas para se debater certos processos históricos que ganharam forma nas sociedades capitalistas durante o século XX, principalmente a partir das décadas de 1970 e 1980. Sendo assim, este episódio do Estação Brasil conta com professor e filósofo Amaro Fleck para realizar uma introdução ao debate sobre este conceito, apresentando e analisando algumas possíveis definições para o que é neoliberalismo, e, num segundo momento, com o professor e historiador Reinaldo Lohn abordando o caso da experiência histórica brasileira com a chegada e o desenvolvimento de formas neoliberais de se gerir a sociedade, a política, a econômica e a cultura no país.

Desde a sua criação, a Petrobras é alvo de grandes polêmicas e objeto de disputa por diversos grupos políticos com visões distintas sobre a gestão da empresa, sendo as principais disputas travadas entre liberais e desenvolvimentistas. Neste episódio do Estação Brasil, fazemos uma viagem ao passado para conversarmos um pouco sobre a fundação da Petrobras, o seu papel para o projeto nacional-desenvolvimentista da época, o processo de inserção da empresa no mercado internacional do petróleo, e como o perfil de gestão dela vem mudando desde a ascensão do neoliberalismo no Brasil, contando com a participação do Prof. Dr. Márcio Roberto Voigt (UFSC).

Com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, Machado de Assis escreveu alguns dos textos fundamentais para a compreensão da sociedade brasileira do século XIX. Se tal afirmação é compartilhada por inúmeros estudiosos da história do Brasil, outras questões ficam em aberto: como a literatura pode ser trabalhada enquanto fonte para a história? É possível utilizar a obra de Machado de Assis em sala de aula com os jovens de hoje em dia? Neste episódio, buscamos trazer respostas para estas perguntas. E fica um spoiler: sim, é possível trabalhar com a literatura machadiana em sala de aula. Mas, para conhecer algumas sugestões de como fazer isso, você precisa  escutar o novo episódio do Estação Brasil.

Jornalistas podem escrever livros de História? Há espaço para historiadores e historiadoras na mídia brasileira? Ou a forma como a nossa mídia está estruturada não oferece margem para se promover a divulgação do trabalho de pesquisa realizado por historiadores e historiadoras? Em um século XXI caracterizado pela difusão massiva de Fake News e a ascensão de governos de extrema-direita, que desprezam os veículos de imprensa e o conhecimento científico produzido nas universidades, cada vez mais devemos nos perguntar o quanto não devemos aproximar e aprimorar as relações entre jornalistas e historiadores comprometidos com valores democráticos para disputar e criar espaços voltados para a divulgação de informações com lastro científico. Neste episódio, entramos de cabeça nesse debate a partir da experiência brasileira, analisando algumas obras de história escritas por jornalistas - como a coleção de Elio Gaspari sobre a ditadura militar -, e apontando reflexões sobre os possíveis espaços que os historiadores podem ter na mídia e como utilizá-los.

Afirmar que o Brasil tem raízes africanas é um ponto comum a respeito da composição da sociedade brasileira. Entretanto, durante anos a historiografia brasileira se questionou muito pouco sobre como nos relacionamos com os nossos vínculos com as sociedades e as culturas africanas. Neste episódio do Estação Brasil, buscamos debater esta relação entre culturas afro-brasileiras, história e sociedade. Como as culturas afro-brasileiras se constituíram e foram sendo transmitidas durante gerações não somente por meio da cultura escrita, mas, principalmente por meio da oralidade, música e religiosidade? Quais os mecanismos que estas culturas precisaram utilizar para conservar as suas identidades e resistir ao domínio colonial e senhorial? E, por fim, qual foi o impacto das leis 10.639/03 e 11.645/08 nos modos de se narrar, pensar e valorizar nossas tradições, práticas e costumes de matriz africana?

Populismo é um conceito que, no geral, é utilizado de forma muito problemática e pouco rigorosa no debate público - seja na imprensa, seja nos acalorados debates de bares e até mesmo dentro da academia. Quase sempre empregado como um adjetivo para menosprezar um adversário político, ou deslegitimar o apoio popular a determinadas lideranças, fato é que o populismo é mais do que um conceito: é um fenômeno histórico. Neste episódio, vamos debater a origem do conceito na história do Brasil e como ele está diretamente relacionado com o período do Pós-Guerra e o processo de inserção da massa de trabalhadores brasileiros à condição de eleitores, bem como com o crescimento das grandes cidades e a formação de novas formas de políticos e eleitores se relacionarem.

A Guerra Fria foi um conflito entre as duas principais potências globais no mundo pós-Segunda Guerra Mundial: EUA e URSS. Entretanto, os seus desdobramentos foram percebidos em escala global. No caso do Brasil, diversos eventos da nossa história contemporânea foram influenciados de forma direita ou indireta pela Guerra Fria. Assim, neste episódio, convidamos o Prof. Sidnei Munhoz para ele nos explicar um pouco mais sobre: o que foi a Guerra Fria e como ela começou no Brasil; a ameaça comunista era real ou um mito?; a Aliança para o progresso; e a influência dos EUA no Brasil durante o golpe de 1964 e a ditadura militar.

Com a chegada dos europeus nas Américas, muitos relatos foram escritos a respeito do Novo Mundo. Descrições sobre a natureza, a população, os costumes dos nativos, suas culturas, organização política e religião. Textos que ao falarem sobre a América Portuguesa, deixavam revelar as visões de mundo dos europeus dos séculos XVI, XVII e XVIII. Do racismo para com os povos indígenas e negros, passando pelos elogios à promissora natureza local e críticas à população que seria incapaz de explorar tais recursos, este episódio discute de que forma a literatura de viagem europeia criou imaginários a respeito da América Portuguesa, e como certos mitos e preconceitos ainda seguem atuais.

Segundo o cientista político André Singer, o lulismo existe sob o signo da contradição. Conservação e mudança, reprodução e superação, decepção e esperança num mesmo movimento. Neste episódio, tentaremos debater as contradições e sentidos deste fenômeno a partir da obra do próprio Singer, buscando dar contornos mais rigorosos para o conceito de lulismo, tão banalizado no debate público. O que é o lulismo? Como e quando ele surgiu? Qual sua relação com o eleitorado mais pobre? Qual é a realidade social e política do eleitorado lulista? E quais as possíveis perspectivas deste fenômeno para o futuro, tendo em vista que vive um momento de crise?

Quais as possíveis relações entre História e Cinema? Neste episódio, convidamos o historiador e jornalista Celso Fernando Claro de Oliveira para conversar sobre como historiadores e historiadoras podem trabalhar com as fontes cinematográficas, suas narrativas e representações. Debatemos sobre as diferenças na forma como o/a historiador/a pesquisa e trabalha com o cinema; o desenvolvimento da indústria cinematográfica no Brasil; como debater temas como imperialismo e racismo por meio do cinema; e a atual situação dos acervos cinematográficos e dos investimentos públicos na área.

É possível estudar a História do Brasil por meio do futebol? Partindo deste questionamento, neste episódio convidamos o historiador Thiago Santini Breda para nos explicar como o futebol não somente pode ser um objeto de estudo para a história, como por meio dele podemos estudar questões complexas da nossa sociedade que envolvem economia, política, cultura, exclusão social, preconceitos de classe, raça, gênero, entre outros temas. Em nossa conversa, falamos sobre a chegada do futebol no Brasil, a sua recepção inicial pelas elites, o processo de popularização do esporte, as relações entre política e futebol, e debatemos também o movimento das torcidas anti-fascistas.

Nascido na Europa Ocidental no final do século XVIII, o liberalismo chegou no Brasil no século XIX e encontrou uma sociedade escravocrata e regida por um governo monárquico. Sendo o liberalismo defensor do trabalho assalariado e de uma democracia representativa, havia lugar para o liberalismo no Brasil neste contexto? Ou, de forma mais profunda, faz sentido falar em liberalismo no Brasil ou este seria uma ideia fora do lugar num país com uma história tão distinta da europeia? É por meio destas perguntas, e do debate iniciado pelo grande crítico literário Roberto Schwarz, que este episódio do Estação Brasil discute a história do liberalismo no Brasil, atentando para suas contradições, tensões e principais características.

Olá, ouvintes do Estação Brasil! A abolição da escravatura, no dia 13 de maio de 1888, é um dos temas mais debatidos, tanto pela historiografia, quanto pela sociedade brasileira. Neste episódio, buscamos abordar não somente o evento em si, mas o processo histórico que possibilitou o fim da escravatura no Brasil, bem como os impactos que a abolição teve nas vidas dos ex-escravos. Como era o Brasil da segunda metade do XIX? Qual o papel que a escravidão exercia no país nesta época? De que forma os movimentos abolicionistas se articularam no combate à escravidão? Houve participação da comunidade negra neste movimento ou o abolicionismo se restringiu a um movimento das elites brancas? E como era a realidade que os ex-escravos encontraram após a abolição da escravidão? Para ajudar a manter o Estação Brasil no ar, considere colaborar com o Leitura ObrigaHISTÓRIA em apoia.se/obrigahistoria Contato: estacaobrasilfm@gmail.com Instagram e Twitter: @estacaobrasilfm

Olá, ouvintes do Estação Brasil! De acordo com o historiador inglês Peter Burke: “a função do historiador é lembrar a sociedade daquilo que ela quer esquecer”. No próximo dia 31 de março, a morte da primeira experiência democrática brasileira completará 56 anos, e faz parte do ofício do historiador o exercício de promover um debate a respeito do mesmo para que ele não seja esquecido pela sociedade brasileira. Para tal, partiremos da análise do processo histórico de desestabilização da democracia brasileira, iniciando pela renúncia do presidente Janio Quadros em agosto de 1961, e seguiremos até a completa ruptura institucional com o movimento golpista que derrubou o governo de João Goulart. Houve participação dos EUA? Havia um golpe de Estado sendo elaborado também por João Goulart? A violência política e os crimes contra os direitos humanos começaram depois do golpe ou já durante o processo de tomada do Estado pelos conspiracionistas? Para ajudar a manter o Estação Brasil no ar, considere colaborar com o Leitura ObrigaHISTÓRIA em apoia.se/obrigahistoria Contato: estacaobrasilfm@gmail.com Instagram e Twitter: @estacaobrasilfm

Olá, ouvintes do Estação Brasil! Neste primeiro episódio do nosso podcast, trataremos de um dos temas mais caros para a sociedade brasileira no momento: a nossa democracia. Mais especificamente, discutiremos o processo de redemocratização no Brasil, abordando: como a nossa democracia foi sendo germinada nas décadas de 1970 e 1980 por meio da luta contra a ditadura militar, e como se deu o retorno ao Estado democrático de direito com a posse do primeiro presidente civil em 1985 e a proclamação da Constituição Federal em 1988. Teriam os militares controlado totalmente esse processo de transição para a democracia ou a resistência popular conseguiu interferir no processo de redemocratização? Para ajudar a manter o Estação Brasil no ar, considere colaborar com o Leitura ObrigaHISTÓRIA em apoia.se/obrigahistoria Contato: estacaobrasilfm@gmail.com Instagram e Twitter: @estacaobrasilfm