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3378 - Por que é que os norte-americanos querem viver em Portugal?
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  • 3378 - Por que é que os norte-americanos querem viver em Portugal?

    Chegam pelo sol, pela qualidade de vida e por uma perspectiva de futuro sorridente a investidores aventureiros. Chamam-lhe a "Califórnia da Europa" e são cada vez mais os que atravessam o Atlântico para fazer de Portugal casa. Donald Trump venceu as presenciais dos Estados Unidos da América e o número de pesquisas no Google com a frase "Mudar para Portugal" aumentou de imediato.

    Quem parece estar mais interessado nesta mudança são os habitantes dos Estados do Colorado, Oregon e Washington, onde Kamala Harris foi a candidata vencedora. O que os norte-americanos procuram em Portugal é a qualidade de vida, segurança e tranquilidade. Escolha as principais cidades, as suas periferias mais qualificadas, e zonas turísticas como o Algarve ou a Madeira. No primeiro semestre deste ano, Portugal recebeu mais de um milhão de turistas daquele país, o que representa o acréscimo de 15% face a 2023.

    Segundo o relatório de migração em exílio do ano passado, residem cá mais de 14 mil cidadãos dos Estados Unidos. A vitória de Trump pode ter efeitos no sector imobiliário português? Alfredo Valente, director-geral da iad Portugal, uma imobiliária com actividade nos Estados Unidos, ajuda-nos a perceber porque é que os norte-americanos procuram Portugal como local alternativo para viver.

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    Thu, 21 Nov 2024
  • 3377 - O paraíso fiscal dos super-ricos voltou a ser questionado

    O Brasil conseguiu introduzir a taxação dos super-ricos na declaração final da cimeira do G20 que acabou esta terça-feira no Rio de Janeiro. O Governo de Lula da Silva não teve força para convencer os parceiros do clube para lhes impor uma taxa de 2% sobre as suas riquezas, o que poderia gerar uma receita anual de 230 mil milhões de euros para o combate da pobreza ou os efeitos da crise climática.

    Os Estados Unidos colocaram reservas à iniciativa. Javier Milei, o presidente ultraliberal da Argentina estava radicalmente contra. Na declaração final, o máximo que se conseguiu foi uma declaração lacónica e vaga: "Com total respeito à soberania tributária, procuraremos envolver-nos cooperativamente para garantir que indivíduos de património líquido elevado sejam efectivamente tributados", diz o texto final.

    O que significa esta declaração está por saber. Sabe-se sim que a proposta do Brasil tem o poder de acelerar um debate que dura há anos: como viver num mundo em que a pobreza persiste, em que os rendimentos das classes médias dos países desenvolvidos estão em queda, ao mesmo tempo que existem cerca de 3000 pessoas controlam um património estimado em mais de 14 biliões de dólares? Ou seja, a soma das riquezas do Japão, da Alemanha, da Índia e do Reino Unido.

    Que importância tem, por isso, a declaração final do G20 do Rio de Janeiro? Até onde pode ir esta tentativa de aumentar os impostos sobre os mais ricos como forma de reduzir os índices de desigualdade nos países desenvolvidos?

    Para nos falar sobre estas questões, convidámos Francisco Louçã. Doutorado em Economia, com uma longa carreira política na área da esquerda, as suas posições sobre este tema são há muito conhecidas.

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    Wed, 20 Nov 2024
  • 3376 - A guerra na Ucrânia está cada vez mais perigosa

    Poucas horas depois de se saber que a administração Biden autorizara o uso de mísseis de médio alcance conhecidos como ATACMS em território da Rússia, o porta-voz do Kremlin veio esclarecer as consequências. Os Estados Unidos, disse, estão a regar o fogo com gasolina.

    É inevitável que aconteça uma escalada de tensões em torno do conflito. Como o presidente Putin já havia referido, ataques com essas armas serão atribuídos aos países que as fornecem. Depois do envolvimento de mais de 10 mil soldados norte-coreanos na frente de Kursk, ocupada pelos ucranianos desde Agosto, Joe Biden já não associa o uso dos ATACMS ao perigo de uma Terceira Guerra Mundial. Mas, ninguém duvida, a guerra na Ucrânia ficou muito mais perigosa.

    Para percebermos melhor o significado destas mudanças, o P24 convidou para este episódio António Paulo Duarte, doutorado em História Institucional e Política Contemporânea, professor auxiliar da Academia Militar e especialista em matérias de Defesa.

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    Tue, 19 Nov 2024
  • 3375 - Covid-19 cinco anos depois: o que correu bem e o que podia ter corrido melhor?

    No dia 21 de Janeiro de 2021, o primeiro-ministro António Costa anunciava o confinamento geral do país. A covid-19 estava a atingir proporções alarmantes. Tinha passado um ano depois dos primeiros sinais de alerta. Onde iria o país, e o mundo, parar com a nova ameaça?

    No dia 17 de Dezembro de 2019, um homem de 55 anos foi diagnosticado na província de Wuhan, na China. Durante o primeiro mês, foram registados em média cinco novos casos por dia. Em Dezembro, o primeiro caso de covid-19 foi diagnosticado em França. A 18 de Janeiro, tinha chegado aos Estados Unidos. Em Março, Portugal assistia a um aumento exponencial de casos e o país entrou em confinamento.

    Cinco anos depois, a OMS calcula que tenham acontecido 777 milhões de infecções em todo o mundo, sendo registados pelo menos 7,7 milhões de mortos. Recordar a covid, como hoje o PÚBLICO faz nas suas edições digital e impressa, é como que regressar a um pesadelo. É voltar ao medo colectivo face a uma doença nova de consequências imprevisíveis. É recordar as semanas em que milhões de portugueses tiveram de se isolar nas suas casas.

    O que aprendemos nestes cinco anos? Estamos mais preparados para uma nova pandemia? Será que faz sentido dizer que a covid-19 deixou de ser em definitivo uma ameaça e se transformou em mais uma doença comum, como a gripe? Neste P24, ouvimos Manuel Carmo Gomes, professor de epidemiologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

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    Mon, 18 Nov 2024
  • 3374 - Moçambique saiu à rua com o sentimento anti-Frelimo

    Já morreram dezenas de pessoas em Moçambique, desde o começo da contestação após os indícios de fraude nas últimas eleições. Esta segunda vaga de protestos, convocada pelo candidato presidencial da oposição, Venâncio Mondlane, teve mais consequências desta vez nas províncias de Zambézia e de Nampula, onde um posto administrativo foi incendiado em retaliação pela morte de manifestantes. Por outro lado, os protestos terão descido de intensidade em Maputo por cansaço de quem protesta e por necessidade de quem precisa de se sustentar.

    A população ficou com que órfã de um Messias e precisa de esperança e de alguém com discurso, diz João Feijó. Este sociólogo e investigador moçambicano considera que a geografia eleitoral mudou em torno de um sentimento anti-Frelimo. Neste episódio, João Feijó observa que a Frelimo vive numa realidade paralela. Qual é a solução? Ninguém sabe.

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    Fri, 15 Nov 2024
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