Rádio da Sra Inovadeira

Quantos lançamentos da sua empresa são pensados e decididos ao redor de uma mesa de reuniões?

A triste realidade que eu encontro nos nossos projetos de Pesquisa de Comportamento Alimentar é que os times de Marketing e P&D falam de comportamentos do consumidor com base em…

… vozes da sua cabeça.

Neste episódio (que foi originalmente uma live), recebo a minha parceira Tatiane Ribeiro, da Sensory Lab, para um papo sobre como qualificar as decisões no lançamento de novos alimentos, tanto no início quanto no final dos projetos.

No final, separamos alguns cases de fail gloriososque já vimos acontecer - para a gente aprender com as falhas alheias (e não repetir erros).

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Recebemos os fundadores da Kiro, Lee Wang e Roberto Meirelles, para um papo descontraído sobre como ser uma empresa de bebidas nascente inovadora, abrindo categoria, em um universo dominado por gigantes.

Afinal: como abrir espaço para novos entrantes em bebidas?

Muitas inovações em alimentos vão justamente propor algo que ainda não pode ser encaixado no contexto da jornada de consumo existentes dos usuários.

É o caso da Kiro - um switchel lançado no Brasil em 2017. O que é switchel? Escute no episódio!

Um alimento ou bebida realmente novo (no mundo ou no país) não estará na jornada de consumo de ninguém – ou, melhor dito, somente estará na jornada de consumo de poucas pessoas, tipicamente visionários (pela lente da teoria da difusão da inovação de Rogers), que representam cerca de 2,5% da população geral.  

E se não está na jornada de consumo, como a gente inclui? Como uma startup conseguiria migrar um comportamento mais focado em experimentação para a inclusão da inovação na jornada de consumo?

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Recebemos Giane Brocco para falar sobre biomimética na área de alimentos.

Como empregar as soluções da Natureza, adaptadas por bilhões de anos, para resolver os nossos desafios de projetos?

Como campo de conhecimento acadêmico, a biomimética é relativamente jovem (apesar de já ter inspirado Da Vinci). Porém, como uso cotidiano, ela tem uma história possivelmente tão longa quando a própria humanidade. E pode inspirar muito quem inova na área de alimentos.

Gianne Brocco é CEO e Especialista em Biomimética na Amazu Biomimicry e Head de Estratégia e Inovação na Mercobor.

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Recebemos Leila Okumura, co-fundadora da Local., para um papo sobre a relação das pequenas empresas de alimentos com o varejo alimentar.

Falando sobre as boas práticas e desafios desta relação, a responsabilidade das cadeias varejistas, estratégias mais promissoras para quem atua no varejo, sucessos e fracassos de novos produtos, esta é uma discussão saborosa para negócios de alimentos de todos os portes.

A Local.e atua há 6 anos ensinando as pequenas indústrias brasileiras a escalarem suas vendas nos supermercados. Já impactou mais de 500 negócios, através de mentorias, trilhas de conhecimento e eventos. 👉🏻 Conheça os alimentos e bebidas mais inovadores do ano! Participe do Lançamento da Caixa da Inovação 2024: https://mailchi.mp/srainovadeira/caixadainovacao24

Como a pesquisa histórica sobre alimentação pode nos ajudar a entender a cultura alimentar brasileira?

Recebemos os fundadores do Comer História, os historiadores Ana Carolina Viotti, Gabriel Ferreira Gurian e Rafael Afonso Gonçalves, para um papo sobre a formação dos nossos hábitos alimentares.

Falando sobre o que os brasileiros consideram comida de verdade, quão abertos temos sido à inovação de alimentos, e como pesquisar uma tradição tão centrada na oralidade quando a alimentar, entre outros temas deliciosos.

O Comer História é um projeto de divulgação científica e prestação de serviços especializados que une, como o nome já adianta, Alimentação e História. Atua na criação de conteúdo em seus perfis nas redes sociais e oferece serviços e produtos pautados pela pesquisa histórica.

Como é que se faz inovação na Amazônia?

Muito do que hoje entendemos por inovação está centrado em um paradigma de novos ingredientes e tecnologias, que supostamente nos apresenta o futuro. Na lógica do Holoceno, novas tecnologias "trazem facilidade" e são "melhores do que as antigas", e por isso temos um viés de adoção da inovação.

Contudo, em todo processo de adoção de inovação, temos também o processo de abandono de tecnologias entendidas como “ultrapassadas”.

Para nosso deleite, outras formas de inovar que se apoiam na ancestralidade e desafiam o modelo industrial vigente vêm surgindo.

Neste episódio, recebemos os fundadores da Manioca, Joanna Martins e Paulo dos Reis, para um papo sobre modelos de inovação que funcionam na região.

A empresa, situada em Belém do Pará, produz alimentos derivados da sociobiodiversidade amazônica.

Falamos sobre os contrastes do ambiente de negócios paraense e do centro econômico do país, aprendizados sobre a popularização de sabores regionais, suas expectativas para a recém anunciada parceria com a Ajinomoto e para a COP-30, que acontecerá em 2025 em Belém.

Como combinar inovação e tradição, em uma empresa familiar que busca a perpetuidade?

O grupo Scala, tradicional empresa do ramo de laticínios, emprega uma metodologia de sucessão criada à época do falecimento do seu fundador. O saudoso Sr Nino impregnou os valores de respeito e humildade na família e nos negócios - e eles norteiam as decisões do grupo em relação a sucessão e inovação.

Vamos conversar com Bernardo Cerchi, Gerente de Novos Negócios do Scala e 3ª geração da família, e Larissa Macêdo, Head de Inovação do Grupo.

Através de um sistema de 3 Conselhos (Executivo, de Sócios e Familiar), o grupo Scala maneja a continuidade e renovação dos negócios e busca manter a sintonia entre os familiares.

O olhar para a perpetuidade é baseado em inovação: os vários novos negócios do grupo podem demonstrar este efeito. Fazenda modelo, Nutrição Animal (SCL Agro), Pet Food (Goodie e ProBem) e agora uma Fintech são exemplos dos movimentos de inovação que têm feito o sexagenário grupo Scala, nos últimos 25 anos.

Firmas com maior diversidade étnica são mais inovadoras, e os efeitos deste tipo de diversidade não podem ser substituídos ou complementados por parceiros externos, diz uma pesquisa de Ali Mohammadi , Anders Brostrom, and Chiara Franzoni, publicada em 2017.

Pelo Censo 2022, Pardos e Pretos representam mais de 55% da população brasileira. Contudo, nas áreas de inovação, P&D e startups, a esmagadora maioria das pessoas é branca.

Ou seja, quem inova, inova para quem? Para a maior população do país? Ou para outros, iguais a si?

Pâmela Dias é mestranda em Engenharia da Produção pela UFRGS e sua pesquisa tem um tema instigante: qual é o papel da diversidade racial na inovação?

Neste episódio, falamos sobre o impacto do recorte racial - e da sua falta - na inovação em diversos mercados, com exemplos de empresas atuando em prol da diversidade.

A população brasileira é majoritariamente negra. Em um mercado estimado em 1,8 trilhão de reais, se o viés social não lhe convence, então que seja pelo viés financeiro.

Neste episódio, falamos com Bruna Oliveira - a inspiradora Bruna Crioula - sobre nutrição ancestral em uma afroperspectiva.

Em um papo que permeia alimentos, afroreferenciação, racismo alimentar, brasilidade, plantas alimentícias não colonizadas, Bruna aponta movimentos que os profissionais de inovação podem fazer na direção de uma alimentação mais inclusiva e antirracista.

Bruna é fundadora da Criola Curadoria Alimentar, que constrói espaços de inovação para discussão de alimentos, raça e sustentabilidade e faz um letramento alimentar racializado.

Será que existe um modo único de fazer Marketing de Alimentos no Nordeste?

Neste episódio, falo com Cynthia Serretti - Diretora de Marketing da Alvoar Lácteos, o maior laticínio do Nordeste e o 5º maior do Brasil.

Compartilhando sua experiência de mais de 17 anos no Marketing de empresas cearenses, Cynthia fala sobre as particularidades do consumo da heterogênea população nordestina, suas estratégias de inovação e comunicação, e a sua visão sobre o papel do Marketing para as empresas.

É puro suco de coragem, resiliência e muita criatividade, com um olhar atento para a cultura e as tendências que vêm de fora.

A Alvoar Lácteos, resultado da fusão dos grupos Betânia e Embaré em 2022, fechou 2023 com um faturamento acima de R$4,8 bilhões. A empresa tem 8 fábricas, 17 centros de distribuição e possui uma das mais completas redes de distribuição próprias da região Nordeste, atendendo a milhares de pontos de venda, espalhados pelos 9 estados.

A empresa é detentora de marcas adoradas como Embaré, Betânia, Camponesa e Bat Gut - que inclusive é nome de categoria.

O Natal é um dos períodos do ano de maior dispêndio em alimentos pelos brasileiros. Não é à toa: para a Ceia, são esperadas as melhores comidas a que aquele núcleo familiar tem acesso.

Mas, o que é uma Ceia Natalina no Brasil?

Entre dezembro/23 e janeiro/24 a Manbu conduziu uma pesquisa inédita sobre a Ceia Natalina Brasileira - ou eu deveria dizer, as ceias? 

O sincretismo religioso, a pluralidade de culturas, a imensa extensão territorial são apenas alguns dos fatores que nos indicam que não existe uma única Ceia Natalina – e sim, milhares, espalhadas pelo país, expressando a nossa heterogênea Cultura Alimentar. Uma Cultura que molda o que comemos, que é o resultado da nossa estrutura social atual, muito mais do que escolhas individuais.

No ano de 2023, nós nos colocamos o desafio de entender como são as Ceias Natalinas nas cinco regiões brasileiras, a partir da perspectiva do Food Design e da Antropologia do Consumo. Para isso, conduzimos uma pesquisa de abrangência nacional, que recrutou pessoas aficionadas pela Ceia Natalina para entender melhor a sua relação com este momento tão único no ano.

Neste episódio, compartilhamos os principais insights da pesquisa - especialmente para empresas que desejam ser protagonistas em seus lançamentos no período mais festivo do ano!

Para adquirir o relatório completo, clique aqui: https://mailchi.mp/srainovadeira/ceianatalina

Neste episódio, recebemos a Mona Oliveira, fundadora e CEO da Biolinker, para um papo sobre empreendedorismo feminino em startups da fronteira tecnológica, mães na Ciência e as rotas possíveis para futuros doutores.

Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora, que ouviu 4.180 pessoas, mostra que o perfil das empresárias brasileiras é caracterizado pelo baixo faturamento, sendo 82% delas mulheres negras, das classes DE (98%) e com negócio por necessidade (83%). Os setores principais de atuação são alimentação e bebidas, beleza e cosméticos, artesanato e vestuário.

Mona desafia vários destes dados. Ela é uma baiana determinada que migrou de uma carreira acadêmica de expressão internacional na área de biotecnologia para o mundo das startups. No nosso papo, ela conta como ter sido uma mãe solo jovem a ensinou a desligar o volume do mundo e a focar nos seus objetivos.

A Biolinker atua com engenharia genética para a expressão de proteínas. A empresa foi Top 8 Startup FoodTech no Brasil em 2023, Top 7 startup de Biotech no Brasil em 2022, Top 500 melhor startup de biotech mundial no Hello Tomorrow de 2019 e top 40 na Wolves summit 2018.

Mona foi finalista pela Finep em 2021 no programa mulheres inovadoras e Ganhadora do prêmio destaque USP ex-alunos em inovação empreendedorismo de 2022.

Paola Schaeffer é Diretora de Gestão da Inovação da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul.

Neste episódio, nós discutimos os principais desafios para a inovação no mercado de alimentos, a partir de uma perspectiva da Gestão. Lotado de insights sobre Gestão da Inovação, nosso papo fala sobre o papel da inovação para as empresas, como a diversidade afeta estes resultados e os efeitos da descontinuidade na inovação.

Além disso, Paola fala sobre o papel do Estado e do ecossistema para que tenhamos um mercado realmente inovador - e deixa um monte de recomendações de leituras para quem quer aprofundar o assunto.

Você rema, rema, rema nos seus esforços de Inovação e parece não sair do lugar? Este episódio lhe oferece um monte de chaves.

Larissa Sielichoff é CEO da Priceloop, consultoria focada em precificação comportamental.

Ela desenvolveu um método exclusivo de reposicionamento de produtos pensando precificação a partir da entrega de valor contínua. Neste episódio, nós discutimos diferenças de precificação para produtos e serviços, o impacto dos negócios online nos preços de produtos físicos, estratégias para empresas omnichannel, B2B ou B2C e os principais erros que Larissa encontra em precificação.

Um episódio para começar a temporada 2024 com muita Estratégia e Inovação!

Este episódio é um pouco diferente dos demais: gravado diretamente de dentro de uma pequena mata, enquanto eu caçava cogumelos, me ocorreu que precisamos aprender a acalmar a mente. E que essa competência é cada vez mais importante para quem trabalha com inovação - no mundo conturbado, caótico, complexo e lotado de tudo em que estamos.

Espero que gostem.

Quem começa a se sentar em uma cadeira de gestão, não senta todo especialista nela. Pelo contrário: assumir esta cadeira é MUDAR de material - quando antes se projetavam novos alimentos, passamos a projetar o processo de desenvolvimento de novos alimentos.

Partindo da perspectiva de níveis de expertise de Dreyfus, vamos explorar a construção desta posição de Liderança de P&D e que tipo de conhecimento e aprendizado você deveria estar buscando em cada fase deste percurso. 

Afinal, ninguém nasce líder, todo mundo se forma. E o vácuo na Gestão de P&D que muita gente vem deixando por aí vem justamente de um desconhecimento de que o material mudou, e de uma certa arrogância em se ver novamente como novato.

Este episódio também é um convite para o nosso curso de Expedição por P&D que está com matrículas abertas: https://tactafood.school/curso/gestao-do-processo-de-p-d-ead/online/5e85e47e9cf97

E para saber mais sobre liderança em P&D, continue no site: https://srainovadeira.com.br/competencias-pessoais-lideranca-pd/ 

Neste episódio, vou discutir o que acontece quando a gente passa a ocupar uma cadeira de Gestão de P&D e as mudanças que envolvem esse movimento. 

Falo sobre como esta Gestão precisa refletir e repensar o processo de P&D, buscar o equilíbrio entre estimular a criatividade da equipe e garantir as entregas de projeto, manter a equipe atualizada cientificamente, mas também em relação às movimentações da sociedade, e ainda muitas vezes lidar com uma alta direção que é avessa a risco e não entende de inovação. 

P&D de alimentos atua numa interface entre o técnico e o humano, então entender de ser humano faz toda a diferença. 

Por fim, vamos falar sobre a epistemologia da Complexidade, que deve pautar as ações da liderança do futuro. Um episódio riquíssimo, cheio de insights e orientações para os líderes do futuro de P&D. 

Neste episódio, vamos falar sobre as perspectivas que podem ser trazidas para um projeto de inovação: a organização, o usuário, o ecossistema e a sociedade. Inovação que só deixa valor para a empresa - inovação umbigocentrada - não faz mais sentido em um mundo complexo e interligado como o nosso. Tampouco garante a perenidade das organizações. A partir da abordagem de Elke den Ouden, vamos discutir como as empresas de alimentos devem conduzir seus processos de inovação, considerando o seu papel no ecossistema e na sociedade. Não podemos, é claro, ser o celeiro do mundo, enquanto o nosso próprio povo passa fome.   

Em que eu falo sobre projetos com múltiplos SKUs - e como lidar com eles.