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O Poema Ensina a Cair

O Poema Ensina a Cair

Raquel Marinho

Perseguindo a ideia de Lawrence Ferlinghetti - "a poesia é a distância mais curta entre duas pessoas" - esperamos, através das escolhas poéticas dos nossos convidados, ficar mais perto deles e conhecê-los melhor. Usamos o verso de Luiza Neto Jorge “O Poema Ensina a Cair” para dar título a este podcast sobre os poemas da vida dos nossos convidados. Um projecto da autoria de Raquel Marinho. "Melhor podcast de Arte e Cultura" pelo Podes 2021 - Festival de Podcasts.

206 - Aline Bei:"Eu acho que o poema nos educa a tudo o que é nosso. O poema nos ensina a ser quem somos, sem a necessidade de uma metamorfose acelerada. "
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  • 206 - Aline Bei:"Eu acho que o poema nos educa a tudo o que é nosso. O poema nos ensina a ser quem somos, sem a necessidade de uma metamorfose acelerada. "

    Aline Bei nasceu em São Paulo, em 1987. É formada em letras e em artes cénicas, foi actriz, e estreou-se na literatura em 2017 com o romance O Peso do Pássaro Morto, vencedor do prémio São Paulo de Literatura e do prémio Toca. O segundo livro, Pequena Coreografia do Adeus, foi finalista do Prémio Jabuti. Ambos os romances têm ou terão adaptações para teatro e cinema, e isso não será alheio ao facto de a nossa convidada considerar que são três as forças a norteiam desde o início: a poesia, a dramaturgia e a oralidade.

    Numa entrevista recente contou que de vez em quando há um grande pássaro que sobrevoa o seu texto e que nunca pousa, e que esse pássaro é a poesia. 

    Fri, 29 Nov 2024 - 56min
  • 205 - Carlos Fiolhais (II):"Temos de mudar de vida para manter a vida"

    Na segunda parte da conversa com o físico Carlos Fiolhais, conversamos sobre 5 poemas e um livro, o Cosmosde Carl Sagan: "o Cosmos é um livro muito interessante e interessa a todos porque trata de tudo. O que é o universo, o cosmos? É tudo o que existe, existiu e existirá."

    Poemas:

    Jorge de Sena – Homenagem a Francisco Sanches

    Vitorino Nemésio – ADN

    Álvaro de Campos/ Fernando Pessoa – Ode Triunfal

    Antero de Quental – Evolução

    Luís de Camões - Canto V de Os Lusíadas (excerto)


    Fri, 22 Nov 2024 - 1h 01min
  • 204 - Carlos Fiolhais (I):". Poesia e ciência são ambas dimensões humanas, são as duas actividades humanas."

    Físico, professor, antigo director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, criador do Centro de Ciência Viva Rómulo e do Centro de Física Computacional da Universidade de Coimbra, onde instalou o maior computador português para cálculo científico (Centopeia).

    Carlos Fiolhais, 68 anos, nasceu em Lisboa, foi baptizado no Mosteiro dos Jerónimos e em criança, porque cresceu no bairro da Ajuda, brincava no jardim da Praça do Império e na Rosa dos Ventos, já andava ali a pisar o mundo todo.

    Acredita que descobrir é das coisas mais humanas que há, e foi talvez por isso que estudou física – queria percorrer o caminho da aventura da ciência.

    Coimbra primeiro, depois doutoramento na Alemanha, e desde então a tal aventura de conhecer, partilhar conhecimento, com os alunos da faculdade mas também com o público. Podemos dizer que é um divulgador de ciência, mas também um entusiasta dessa divulgação.


    Poemas primeira parte:

    Adília Lopes – Memórias das Infâncias

    Jorge Sousa Braga – Poema de Amor

    Eugénio Lisboa – Kepler

    Alexandre O’ Neill – Aos vindouros se os houver

    António Gedeão – Poema Para Galileu

    Fri, 15 Nov 2024 - 1h 05min
  • 203 - Luísa Freire: "Escrever poesia é um recolhimento para fora."

    Luísa Freire nasceu em Castelo Branco, em 1933. É licenciada em Filologia Germânica e mestre em Literaturas Comparadas pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa, a mesma onde integrou o Instituto de Estudos sobre o Modernismo, e onde investigou a obra pessoana, sobretudo a poesia inglesa de Fernando Pessoa, que publicou e traduziu. Publicou este ano Atravessar o Frio, o primeiro de 2 volumes de poesia inédita, pela Assírio & Alvim.

    Considera que escrever poesia é uma forma de se conhecer melhor, de pensar as coisas, e sente-se "absolutamente filha de Álvaro de Campos", heterónimo de Fernando Pessoa.

    Além de continuar a escrever poesia, continua a pintar. Para Luísa Freira "a poesia é uma forma de poema" e quando pinta sente que está a escrever.


    Poemas:

    Álvaro de Campos/ Fernando Pessoa: Não estou pensando em nada

    Bashô: Nada a sugerir

    Buson: De pé, em silêncio –

    Issa Kobayashi: Floresce a ameixeira:

    Shiki: Aqui e ali

    Sophia de Mello Breyner Andresen: Movimento

    António Ramos Rosa: As palavras dizem os arcos do mar

    Eugénio de Andrade: No teu ombro respiro

    Albano Martins: Crepúsculo de Agosto

    Carlos de Oliveira: Espaço/ para caírem/ gotas de água

    Fernando Guimarães: Vens de longe. Mais perto de ti encontras

    Pedro Tamen: Suspendo a mão entre o A e o B,

    Gastão Cruz: Variação

    Fri, 08 Nov 2024 - 1h 27min
  • 202 - Carlos Vaz Marques (II):"O Cesariny é uma figura que teve importância na minha imaginação, na relação com a poesia, ao ponto de eu ter tido um cão chamado Cesariny."

    Segunda parte da conversa com Carlos Vaz Marques, jornalista, editor e tradutor.

    Conversamos sobre alguns dos poemas de que mais gosta, e reflectimos sobre os que os poemas sugerem. Por exemplo, a ideia de cair ou não "verticalmente no vício" de que fala Mário Cesariny, ou a ideia de entrar ou não resignado "nessa noite tranquila", de que nos fala Dylan Thomas.

    Para livro de não poesia, o nosso convidado escolheu o Livro do Desassossego, e até sugeriu uma espécie de jogo que cada um de nós pode fazer on-line, para criar a sua própria edição deste livro de Fernando Pessoa.


    Poemas segunda parte:

    Camilo Pessanha - Singra o navio

    Álvaro de Campos - Olha, Daisy, quando eu morrer

    Cesário Verde – De Tarde

    Mário Cesariny – Pastelaria

    Não Entres Resignado Nessa Noite Tranquila, de Dylan Thomas (tradução de Carlos Vaz Marques)


    Livro:

    Livro do Desassossego

    Fri, 01 Nov 2024 - 1h 14min
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