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- 858 - Nova regra fiscal é recebida com alívio, preocupação e euforia pelo mercado
Com alívio, preocupação e uma boa dose de euforia, a nova regra fiscal foi recebida pelos agentes do mercado.
O alívio veio pelo tempo de espera e pela dúvida sobre qual seria o pensamento econômico prevalente: o de "gasto é vida", como no mandato de Dilma Rousseff, ou o que não separa responsabilidade social da responsabilidade fiscal. Acabou sendo uma mistura dos dois, pendendo pouco mais para o lado fiscalista.
A preocupação é sobre a eficácia do marco em controlar despesas e reduzir a dívida pública numa trajetória consistente. O desfecho ainda não está claro, porque, para dar certo, a regra depende mais de um aumento bilionário de receitas do que da contenção das despesas.
Pela proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os gastos vão aumentar sempre -- com ou sem crescimento da arrecadação ou do PIB. O sucesso da nova regra vai depender, em grande medida, da disposição e firmeza do governo para segurar o ímpeto gastador do governo e do Congresso Nacional.
Na quinta, prevaleceu a euforia com a ideia de que um capítulo tão aguardado foi superado. O Ibovespa fechou em alta de 1,89%, aos 103.713,45 pontos, e o dólar caiu para R$ 5,09.
Os juros futuros também recuaram -- e, por falar em juros, a compreensão mínima do novo arcabouço fiscal, junto à leitura do relatório trimestral de inflação do Banco Central, já dão uma conclusão clara: não há espaço para queda da taxa Selic tão cedo.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Fri, 31 Mar 2023 - 857 - Mercado espera apresentação de nova regra fiscal nesta quinta-feira
Começou a nascer a nova regra fiscal que vai substituir o teto de gastos.
Na quarta-feira, o governo federal antecipou alguns detalhes para preparar a recepção da proposta. A primeira impressão sobre o modelo escolhido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), é de que é bastante ousado, já que prevê fim do rombo nas contas públicas a partir do ano que vem.
Como não vale milagre, o equilíbrio só deve ser alcançado com aumento da carga tributária -- um dos detalhes que devem ser esclarecidos nesta quinta-feira (30), durante entrevista coletiva à imprensa para a apresentação do novo modelo.
Outra dúvida que paira é sobre as exceções. Na comunicação de bastidores, a equipe econômica diz que todas as despesas terão que seguir a nova regra. Resta saber se isso valerá para saúde, educação e emendas parlamentares, por exemplo.
Haddad precisará de muita autoconfiança para garantir celeridade e manutenção da proposta no Congresso Nacional, e, não menos importante, diante da conjuntura econômica, prevista de menor crescimento.
Também nesta manhã, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, fala com a imprensa praticamente no mesmo horário do anúncio de Haddad. Será um bom momento para testar a harmonia pretendida pelos dois na condução da economia brasileira.
No episódio desta quinta, o CNN Money ainda fala sobre a nova regra do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que, segundo economistas, pode aumentar o preço da gasolina em 11,45%.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Thu, 30 Mar 2023 - 856 - Governo volta atrás e aumenta juros do consignado do INSS
O governo voltou atrás, na terça-feira (28), e aumentou os juros do consignado do INSS.
A confusão criada pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), precisou ser desfeita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ficou com o ônus de ter que subir a taxa novamente depois da suspensão de operações, inclusive pelos bancos públicos.
A solução não agradou ninguém, mas foi o suficiente para permitir a volta das concessões no Banco do Brasil, Caixa e Bradesco -- e não acabou ainda. Um grupo de trabalho do governo estuda cutucar os bancos com um "Manual de Boas Práticas", conforme apurou o analista de política da CNN, Caio Junqueira.
O episódio se soma ao embate do governo com o Banco Central, na categoria de "crises autoimpostas". A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã de terça, não provocou reações acaloradas, a não ser de políticos sem cadeira no governo.
O BC receita "paciência e serenidade" para lidar com a inflação. Nada garante que os ataques vão cessar, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, escolheu brigar primeiro pelo anúncio da nova regra fiscal.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Wed, 29 Mar 2023 - 855 - BC divulga ata do Copom sob expectativa de moderação no tom
A comunicação é uma ferramenta importante da política monetária do Banco Central (BC) -- e a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã desta terça-feira (28), traz a autoridade buscando um equilíbrio na dose de alarde e acenos ao governo.
O BC, afinal, parece estar em uma sinuca de bico, na qual não pode se contradizer e, ao mesmo tempo, incendiar ainda mais a queda de braço com a equipe capitaneada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Enquanto a nova regra fiscal não for apresentada, porém, a cobrança de uma solução para os problemas econômicos vai continuar recaindo sobre a autarquia. A expectativa é que o anúncio da proposta aconteça nesta semana, com o adiamento da viagem de Lula à China por um diagnóstico de pneumonia leve.
No meio tempo, os mercados daqui e do exterior operam se recuperando das perdas da última semana -- oferecendo uma boa janela de oportunidade para entender o que será das contas públicas e dos rumos da política monetária do país.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Tue, 28 Mar 2023 - 854 - Viagem adiada de Lula à China acelera pendências no país; nova regra fiscal é principal ponto
Sem viajar à China por causa de uma pneumonia leve, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será pressionado a resolver logo o que está pendente aqui no Brasil. A primeira dúvida é se a regra fiscal vai ganhar status de prioridade no governo, depois de ter sido adiada para meados de abril. A ideia, segundo uma apuração da analista de política da CNN, Basília Rodrigues, é que a divulgação do substituto do teto de gastos ocorra nesta semana, o que deve pautar as movimentações do mercado. A maior barreira do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está no próprio Palácio do Planalto: a ala política do governo não quer acatar nada que limite os gastos públicos no curto prazo. Lula quer um crescimento acima de 2% neste ano -- um cenário improvável não só pelo quadro da economia brasileira, mas também pelas turbulências internacionais relacionadas à crise do sistema bancário global, que continua chacoalhando os mercados. Na terça-feira, o Banco Central deve divulgar a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu por manter a taxa de juros em 13,75% a.a. Resta saber se dela virá algum sinal de trégua com o governo. No episódio desta segunda-feira (27), o CNN Money ainda trata da comitiva de empresários que deve viajar à China, mesmo sem a presença do presidente Lula, e as expectativas para o encontro. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Mon, 27 Mar 2023 - 853 - Falas de Lula causam "efeito bumerangue" e Ibovespa cai abaixo de 100.000 pontos
A reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos políticos do partido contra Roberto Campos Neto, dirigente do Banco Central (BC), já era esperada.
O petista disse, na quinta-feira (23), que Campos Neto "não foi eleito pelo povo" ou "indicado pelo presidente", e atribuiu ao Senado a responsabilidade de "cuidar" dele. A nova rodada de ataques ocorre após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC em manter a taxa de juros em 13,75% a.a., um movimento repudiado pelo governo federal.
O que não estava no radar era o efeito bumerangue que as declarações de Lula trariam aos mercados. O presidente ainda descreditou o plano de integrantes do PCC para realizar ataques contra servidores públicos, que tinha o ex-juiz Sergio Moro como um dos alvos.
Se o BC errou, ou se já era esperada a animosidade de Lula contra a autoridade, virou tema de segundo plano. A Bolsa brasileira fechou, na quinta, abaixo dos 100.000 pontos – um patamar emblemático –, com um recado claro por parte dos investidores: se é assim que Lula irá governar, não dá para tomar risco no Brasil.
As resistências também apareceram em Brasília, à medida que a base aliada de Lula no Senado avisou que não vai acatar seus ataques a Campos Neto. Ao contrário, é capaz que os senadores reforcem a blindagem ao chefe do BC.
No episódio desta sexta-feira (24), o CNN Money ainda trata da eleição da ex-presidente Dilma Rousseff ao comando do Novo Banco do Desenvolvimento (NDB), apelidado "Banco dos Brics".
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Fri, 24 Mar 2023 - 852 - Briga entre BC e governo deve esquentar após recados duros na decisão da Selic
O Banco Central (BC) decidiu, na quarta-feira (22), manter a taxa Selic em 13,75% a.a. mais uma vez. O recado do comunicado, porém, não trouxe o comedimento que o mercado esperava, mas um tom pesado sobre as incertezas na economia brasileira, indicando que o juro não deve cair tão cedo.
O resultado é que, nos próximos 45 dias, até a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a disputa entre a autoridade e o governo federal deve esquentar, cada qual defendendo o que entende ser o melhor para a economia do país.
O BC cumpre à risca o livro-texto do sistema de metas para a inflação, que impõe juros altos quando as expectativas para o comportamento dos preços estão longe do objetivo, como é o caso agora.
Um ex-diretor do BC já chegou a dizer, certa vez, que política monetária é “70% arte e 30% matemática”. Ou seja, mesmo com a imposição do sistema, são os diretores que escolhem a banda de acomodação para os efeitos dos juros.
A literatura dos banqueiros centrais conta que a preferência é errar para cima, porque o custo de perder o controle inflacionário é mais alto do que promover um aperto maior no agora. Ainda assim, se a dose for forte demais, o desarranjo pode piorar além da conta.
Roberto Campos Neto e os demais diretores da autarquia decidiram esperar por mais evidências sobre a intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os gastos públicos e sobre a intensidade do arrocho no crédito, tanto aqui, quanto lá fora. E bancaram, literalmente, a independência que têm sobre o governo.
No episódio desta quinta-feira (23), o CNN Money ainda traz as repercussões do aumento de 0,25 p.p. dos juros norte-americanos, promovidos pelo Federal Reserve na última tarde. O dia ainda guarda a decisão do BC da Inglaterra, o Bank of England (BoE).
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Thu, 23 Mar 2023 - 851 - Sem mais informações sobre nova regra fiscal, BC decide sobre juros nesta quarta
Sem chances de saber qual será a nova regra fiscal, o Banco Central vai decidir nesta quarta-feira (22) o que fazer com a Selic com base nas informações concretas que já tem.
Pelo jeito que a banda toca, é provável que ela permaneça nos atuais 13,75% a.a -- e Roberto Campos Neto, presidente do BC, sabe que o governo não vai gostar do resultado. A comunicação, uma das principais ferramentas do BC, terá que ser boa o suficiente para convencer a política do país sobre a estratégia adotada.
Da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para cá, surgiram crises bancárias, pioras nas condições de crédito nos países ricos e uma dose considerável de incerteza.
A inflação arrefeceu, mas não sinaliza queda consistente. As expectativas para o Índice de Preços ao Consumir Amplo (IPCA) seguem acima da meta até 2026 -- outro ruído, já que a previsão leva em conta uma mudança nas metas, como quer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e não necessariamente um processo inflacionário fora de controle.
É motivo suficiente para, pelo menos, apagar do comunicado do BC a ameaça de manutenção da Selic alta por mais tempo.
Se quiser ancorar com firmeza a sua posição, Campos Neto precisará encontrar o equilíbrio perfeito -- ou quase -- entre o que tem e o que não tem de informação para fundamentar a decisão.
No episódio desta quarta, o CNN Money discute ainda o adiamento da apresentação da nova regra fiscal, que ficou para abril, após a viagem de Lula à China.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Wed, 22 Mar 2023 - 850 - BC inicia reunião sobre juros sem mais informações sobre nova regra fiscal
O Banco Central começa, nesta terça-feira (21), a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que irá definir a taxa de juros do país, a Selic.
A autoridade, porém, tem a mesma quantidade de informações sobre a nova regra fiscal -- um dos principais pontos de ancoragem de expectativas sobre a taxa de juros -- que quem vai aprovar a medida: ou seja, apenas um esboço do que ela pode ser.
Para preservar ao máximo a fórmula que encontrou para promover o equilíbrio das contas públicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), segura os detalhes, porque sabe que a principal oposição a uma regra que imporá um aperto de gastos públicos vem justamente dentro de casa, principalmente do próprio PT.
A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro percorre a praça dos Três Poderes em Brasília, deixando pistas de confetes sobre a estratégia que quer adotar na gestão dos cofres públicos.
O ponto mais sensível é que Haddad quer uma ferramenta para cortar gastos -- quase uma ofensa para ala política do governo.
Fica menos provável que um acordo sobre a proposta aconteça até amanhã, dia em que os diretores do Copom juntam tudo que sabem sobre a economia para decidir a taxa Selic.
Hoje, o menu do BC oferece uma pressão política fortíssima para redução dos juros, com ou sem detalhes do fiscal, e, ao mesmo tempo, a piora das expectativas de inflação para os próximos anos.
Diante da crise bancária internacional e a nova dose de incerteza que ronda as economias ricas, o BC brasileiro vai perdendo argumentos para segurar a Selic alta por mais tempo.
No episódio desta terça, o CNN Money ainda se volta ao dia de alívio nos mercados internacionais, com a percepção de que a primeira onda da crise bancária foi contida.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Tue, 21 Mar 2023 - 849 - Compra do Credit Suisse pelo rival UBS acirra temores de nova crise global
Uma turbulência de mercado ou uma nova crise global? É com essa indagação que a semana começa depois da compra do Credit Suisse pelo rival UBS, e o anúncio do plano de ação conjunta dos maiores bancos centrais do mundo para garantir alguma fluidez no sistema financeiro mundial.
A queda de 60% das ações do Credit Suisse e de 13% do UBS na pré-abertura dos mercados europeus indica que, mesmo que o banco tenha sido salvo com a venda, a dúvida sobre a real dimensão do desarranjo bancário na Europa e nos Estados Unidos é exponencialmente maior.
Tem uma regra clássica sobre crises financeiras: quando as autoridades se antecipam, como fizeram os bancos centrais no domingo anunciando um esforço de garantia de liquidez internacional, é porque o buraco pode ser maior e mais profundo do que a superfície indica.
O mercado também receia que nem os BCs sabem exatamente o que pode acontecer -- uma faísca perigosa num ambiente já fragilizado pelos impactos da pandemia, da guerra e da alta da inflação.
Aliás, essa é a outra dúvida que incomoda: como vai ficar o combate à inflação nos EUA? Esta semana tem a super quarta, com decisão dos juros pelo Fed e pelo nosso BC.
No episódio desta segunda-feira (20), o CNN Money também trata do debate sobre a nova regra fiscal do governo, que empacou na resistência do PT em criar qualquer restrição aos gastos no curto prazo.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Mon, 20 Mar 2023 - 848 - Lula e ala econômica discutem modelo de nova regra fiscal nesta sexta-feira
Está chegando o dia do país conhecer a nova regra fiscal para controlar gastos públicos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se senta, nesta sexta-feira (17), com a equipe econômica para discutir a proposta do Ministério da Fazenda para dar credibilidade à política fiscal do novo governo.
A fórmula está guardada sob forte blindagem, mas a essência do modelo vem sendo antecipada a conta gotas pelos ministros Fernando Haddad (PT) e Simone Tebet (MDB) em entrevistas à imprensa.
Enquanto Lula não quer amarras para gastos e investimentos, Haddad precisa de uma ferramenta que segure as despesas e evite o crescimento contínuo da dívida pública. O que atrapalha esse controle é a ideia de discricionariedade com pouco ou nenhum limite nas decisões -- ou seja, o que o governo de plantão decidir, vale.
Um dos desafios é ter a coragem política de gastar menos quando o país crescer mais, um princípio que não foi cumprido nos mandatos petistas.
Ao anunciar a nova regra, Lula e Haddad querem contar com a aprovação de aliados, do Congresso Nacional, do mercado financeiro e ainda com a benevolência do Banco Central na decisão dos juros na próxima quarta-feira. Não vai demorar muito para saber como essa novela vai acabar.
No episódio desta sexta, o CNN Money fala ainda da disputa pelo protagonismo na condução da política fiscal e das novas notícias envolvendo a crise de confiança no sistema bancário, após um grupo de 11 bancos dos EUA prometer injetar US$ 30 bilhões no First Republic Bank, que vinha enfrentando dificuldades desde as recentes quebras do Silicon Valley Bank e do Signature Bank.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Fri, 17 Mar 2023 - 847 - Crise do Credit Suisse impõe novos temores sobre sistema financeiro
Menos de uma semana depois da quebra de dois bancos norte-americanos do Vale do Silício, uma nova crise se impôs ao sistema financeiro.
Na última quarta-feira (16), o Credit Suisse viu suas ações despencarem em mais de 25% após seu principal acionista, o Saudi National Bank (SNB), afirmar que não daria nova ajuda financeira ao banco suíço. A notícia abalou bolsas do mundo todo -- inclusive a brasileira --, e a confiança dos investidores no sistema bancário foi dissolvida em incerteza.
A quinta-feira, porém, amanheceu com uma ponta de calmaria: o Banco Central da Suíça anunciou um empréstimo de US$ 54 bilhões para injetar liquidez no banco, que sofre um abalo de confiança sem precedentes em seus mais de 150 anos de história.
Como crise grande não chega sozinha, é possível que o colapso do Credit Suisse tenha sido culpa própria, mas acontece em um momento de fragilidade do mundo rico e em meio ao maior aperto global de juros das últimas décadas. A turbulência inclusive coloca em pauta as políticas monetárias da Europa e dos Estados Unidos, ainda que não tenham sido elas as culpadas diretas pela situação do banco suíço.
O Banco Central Europeu (BCE), aliás, deve anunciar a decisão sobre a taxa de juros para a zona do euro ainda nesta manhã. Não se sabe, porém, como a crise do Credit Suisse pode afetar o plano da presidente Christine Lagarde em manter o ritmo de 0,5 p.p. de alta.
O fim dos tempos de dinheiro barato coloca o sistema financeiro e o crédito em situação de vulnerabilidade. O empréstimo do BC suíço pode aliviar as perdas do mercado, mas está longe de pacificar o temor de um desarranjo no sistema financeiro internacional.
No episódio desta quinta, o CNN Money reflete sobre as repercussões do caso inclusive no Brasil, onde o mercado divide atenções entre o quadro internacional e a expectativa pelo pacote fiscal que está sendo gestado no governo.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Thu, 16 Mar 2023 - 846 - Colapso de bancos do Vale do Silício impulsiona debate sobre juros altos
O aperto nas condições financeiras provocada pela alta dos juros nos Estados Unidos foi um dos motivos para a derrocada do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank.
Outros motivos estão sendo analisados, a exemplo da regulação do sistema financeiro, mas os juros não vão escapar de levar a culpa pelos estragos já contabilizados -- e que ainda estão por vir -- na economia norte-americana.
No Brasil, o debate sobre o patamar dos juros cresce com a crise lá fora. O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, vai ao Senado no começo de abril para prestar contas sobre o atual patamar da taxa Selic, mas, antes disso, terá que anunciar a decisão de política monetária da próxima reunião, já na quarta-feira que vem.
O dia 22 de março guarda, também, a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre os juros dos EUA, dando à quarta-feira um apelido já conhecido: "Super Quarta".
Lá, a aposta de uma nova alta de 0,25 p.p. é majoritária. Aqui, a Selic não deve mudar, mas o Comitê de Política Monetária (Copom) pode preparar o terreno para uma queda da taxa nos próximos meses.
A comunicação é ferramenta do Copom e pode dar mais peso ao risco externo enquanto aguarda anúncio do novo arcabouço fiscal, que pode sai antes mesmo da reunião do dia 22.
A decisão do BC é sempre se precaver sobre o desenrolar dos fatos que não controla, seus desfechos e a interpretação dos agentes econômicos. Alguns momentos impõem mais risco. Agora, o pior deles pode ser não fazer nada.
No episódio desta quarta-feira (15), o CNN Money se aprofunda nos últimos desdobramentos do colapso dos bancos norte-americanos, além da reação dos mercados em mais um dia de repercussão do caso.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Wed, 15 Mar 2023 - 845 - Falência do Silicon Valley Bank desperta temores no mercado; juros seguem em pauta
Um sinal de alerta foi ligado depois da falência do Silicon Valley Bank (SVB), na última sexta-feira (10), e o mercado financeiro está extremamente cauteloso.
Em uma resposta rápida, o governo norte-americano garantiu que os contribuintes não vão financiar nenhuma das medidas de contenção de danos -- inclusive porque um novo choque econômico está entre as principais preocupações do presidente Joe Biden, que está prestes a anunciar sua candidatura à reeleição.
Na esteira do SVB, os reguladores dos Estados Unidos também fecharam o Signature Bank, outra instituição que ameaçava entrar em colapso. O Departamento do Tesouro garante que não há risco sistêmico para o sistema bancário, mas algumas dúvidas ainda persistem.
Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a ação do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de garantir os depositantes foi positiva, mas as informações ainda não suficientes para saber o tamanho do problema. Ele classificou a situação como "grave" e ainda revelou que está em contato com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, para avaliar os possíveis impactos no mercado de crédito brasileiro.
No meio tempo, as discussões sobre redução das taxas de juros tanto aqui, quanto nos EUA, cresceram. Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, falava em acelerar o ritmo de crescimento de juros e até aumentar mais do que o previsto, a depender do resultado de indicadores econômicos.
Nesta terça-feira (14), os dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos podem dar uma luz quanto ao caminho que a autoridade monetária pode seguir. Aqui, segue a expectativa em torno da divulgação do novo arcabouço fiscal, em meio a mais uma reunião de Haddad com parte da ala econômica -- dessa vez, incluindo o vice-presidente e ministro de Indústria e Comércio, Geraldo Alckimin (PSB).
Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Tue, 14 Mar 2023 - 844 - Mundo se volta à falência do Silicon Valey Bank, a maior desde a crise de 2008
A semana começa com os olhos do mundo voltados aos Estados Unidos, ainda repercutindo a maior falência de um banco norte-americano desde a crise de 2008.
Na última sexta-feira (10), o principal banco para startups de tecnologia dos EUA, o Silicon Valey Bank (SVB), se desfez rapidamente, deixando seus clientes e investidores no limbo. O colapso levou à aquisição da empresa por reguladores federais do Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), e ao temor de que a falência do banco poderia contagiar o sistema bancário.
Por isso, a expectativa nesta segunda-feira (13) é quanto ao discurso do presidente Joe Biden, depois que um segundo banco - o Signature Bank - foi fechado por reguladores de Nova York.
O governo norte-americano garantiu que os clientes do SVB terão acesso ao dinheiro de todos os depósitos a partir desta segunda. Segundo o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), o Departamento de Tesouro e o FDIC, a ideia é proteger a economia.
O SVB forneceu financiamento para quase metade das empresas americanas de tecnologia e saúde apoiadas por capital de risco. Fundado em 1983, ele é relativamente desconhecido fora do Vale do Silício, mas estava entre os 20 maiores bancos comerciais dos EUA, com mais de US$ 200 bilhões em ativos totais no ano passado.
Um dos motivos para a falência do banco pode ser explicado pelas altas taxas de juros, que restringiram as empresas de tecnologia, dificultaram a captação de recursos e reduziram os valores de ações do setor. Diante dos juros elevados, a perda de IPOs e a escassez de financiamento, os clientes do banco começaram a sacar o dinheiro.
A maior parte dos analistas, porém, garante que essa é uma questão isolada do SVB - não se tratando, ainda, de uma crise bancária.
No Brasil, faltando uma semana para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), a expectativa é que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apresente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o modelo do novo arcabouço fiscal ainda nesta semana.
Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Mon, 13 Mar 2023 - 843 - IPCA pode dar pistas sobre próximos passos do BC; discussão sobre arcabouço fiscal avança
O foco principal desta sexta-feira (10) é a inflação do mês de fevereiro, aferida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e divulgada às 9h da manhã.
O indicador pode dar uma pista em torno das apostas de queda da taxa Selic, tão cobrada pelo governo e por parte dos setores privados.
A discussão sobre o patamar da taxa de juros aqueceu nos últimos dias, e um documento divulgado na última quinta-feira pelo Banco Central (BC), no qual a autoridade reconhece um esfriamento no mercado de crédito, intensificou o debate.
Na outra ponta, também na última quinta, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que "o arcabouço fiscal vai agradar a todos, inclusive ao mercado".
A declaração foi dada após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ala econômica do governo, na qual o substituto do teto de gastos foi a principal pauta.
A expectativa continua, e o novo modelo pode ser apresentado antes da reunião do BC, que acontece entre os dias 21 e 22 de março -- ou seja, daqui a 10 dias. A leitura é que o arcabouço fiscal pode auxiliar na decisão sobre baixar ou não os juros por aqui.
Lá fora, os olhos se voltam para a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, um importante indicador para entender qual pode ser o tamanho do aperto monetário prometido pelo Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano).
Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Fri, 10 Mar 2023 - 842 - Haddad e Tebet discutem arcabouço fiscal; dados dos EUA acirram temores por alta de juros
A semana vai chegando ao fim e, com ela, aumenta a expectativa em torno da divulgação de indicadores econômicos importantes, tanto aqui no Brasil, quanto lá fora.
Para começar, esta quinta-feira (9) guarda a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostra a criação de empregos formais e a quantidade de demissões no país -- um dado que ajuda a montar o quebra-cabeça da economia de 2023.
A atenção, porém, está totalmente voltada para a reunião que começa às 12h30 entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) e outros membros da ala econômica. Em pauta? O novo arcabouço fiscal, que segue no radar do mercado.
Lá fora, começa a leitura do mercado de trabalho dos Estados Unidos de fevereiro, com as demissões anunciadas aferidas pelo número de pedidos de auxílio-desemprego. Este é mais um indicador que vai influenciar nas especulações em torno da definição da taxa de juros norte-americanos.
O departamento do trabalho dos EUA já começou a divulgar alguns dados na quarta, que mostram que a abertura de postos de trabalho por lá caiu para quase 11 milhões em janeiro -- uma queda de 6,5% em relação a dezembro.
Os resultados indicam que as condições econômicas do país continuam restritivas, abrindo caminho para que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) aumente os juros por mais tempo.
No episódio desta quinta, o CNN Money ainda fala do futuro do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), após sinalizações do Ministério da Educação de retomar o financiamento do ensino superior, e mais desdobramentos do caso Americanas.
Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Thu, 09 Mar 2023 - 841 - Powell traz dose de realidade ao mercado; debate sobre reforma tributária esquenta
A quarta-feira (8) começa com a expectativa de novas falas do presidente do Federal Reserve System (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, no Congresso norte-americano.
Se até ontem o mercado estava otimista em relação à maior economia do mundo, depois do discurso desta terça de Powell, todo mundo precisou colocar os pés no chão. Segundo ele, o ritmo do aumento dos juros americanos pode acelerar.
“Os dados econômicos mais recentes chegaram mais fortes do que o esperado, o que sugere que o nível final dos juros deve ser mais alto do que o previsto anteriormente”, disse Powell em comentários preparados para uma audiência perante o Comitê Bancário do Senado.
O Fed ainda está de olho nos dados do payroll, que saem nesta semana e apontam para a criação de vagas de trabalho por lá. Dependendo desse resultado e de outros indicadores econômicos, os juros podem subir ainda mais do que o esperado.
No Brasil, a quarta-feira guarda uma audiência pública do grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara com o secretário especial, Bernard Appy. Em conversa com a CNN, o economista afirmou que a proposta está sendo construída para manter a carga atual de tributos.
Propostas de Emenda à Constituição (PECs) da Câmara e do Senado serão debatidas na audiência desta quarta para que se chegue a um consenso. As duas medidas criam um imposto único para substituir uma série de tributos sobre o consumo, mas a do Senado prevê uma base de arrecadação para a União e outra para estados e municípios; a da Câmara, uma única base para as três instâncias.
No episódio de hoje, o CNN Money ainda discute as tentativas de regulação de big techs na Europa e nos Estados Unidos, além de trazer um compilado das carteiras de dividendos recomendadas para o mês de março.
Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Wed, 08 Mar 2023 - 840 - Mercado aguarda fala de Powell no Congresso dos EUA; arcabouço fiscal segue no radar
Os olhos do mundo inteiro estão voltados para a esperada fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve System (Fed, o banco central dos Estados Unidos), no Congresso norte-americano.
Por lá, a expectativa é que ele fale a partir do meio dia desta terça-feira (7) e seja sabatinado por parlamentares, depois de apresentar o relatório de política monetária ao comitê bancário do Senado dos EUA. Essa fala pode dar um sinal de se os juros vão ultrapassar o patamar especulado de 5,5%.
Também nesta semana, o país norte-americano ainda aguarda os dados do payroll, que traz o número de vagas de emprego criadas no mês de fevereiro.
Já no Brasil, as especulações em torno do novo arcabouço fiscal seguem no radar. A regra, que envolve um Projeto de Lei Complementar a ser aprovado pelo Congresso, começou a sair do papel e, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o texto será apresentado, agora, para outros ministérios que compõem a ala econômica. Depois, vai ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevistas recentes, Haddad tem defendido a adoção de um arcabouço "simples, objetivo e menos detalhado".
No episódio desta terça, o CNN Money ainda discute o avanço do programa do governo federal de refinanciamento de dívidas, o Desenrola, e a queda de 6,8% nas exportações da China nos últimos meses -- dado que indica um enfraquecimento da demanda global por produtos chineses.
Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Tue, 07 Mar 2023 - 839 - Agenda de indicadores pauta semana; China estabelece meta de crescimento "modesta"
A semana começa na expectativa de novos indicadores.
Por aqui, esta segunda-feira (6) guarda a divulgação do Boletim Focus, do Banco Central, documento que traz as projeções do mercado para os principais dados macroeconômicos do país e precisa ser monitorado de perto, à medida que as expectativas da inflação de médio prazo vem dando sinais de desancoragem nas últimas semanas.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também divulga os dados de produção e venda de veículos nesta segunda. Amanhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) publica os números da inflação medidos pelo IGP-DI, sigla para Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna.
Na quarta, também pela FGV, saem os dados de confiança do consumidor, enquanto, na quinta, o Caged traz as informações sobre o emprego no país. Encerrando a semana, os dados oficiais da inflação de fevereiro, aferidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), saem após um mês de janeiro pressionado pelo grupo de alimentação e bebidas.
No episódio desta segunda, o CNN Money traz as projeções do mercado e as expectativas sobre os novos dados, além da agenda de indicadores internacionais e a meta de crescimento chinesa, em 5%, entendida por especialistas como "modesta".
Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Mon, 06 Mar 2023 - 838 - Dados do PIB trazem preocupação com futuro; Prates chama PPI de "abstração"
Em uma semana de divulgação do PIB do Brasil, que fechou em alta de 2,9% em 2022, olhar no retrovisor traz uma preocupação com o futuro.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na última quinta-feira (2) que o desafio da pasta é reverter a desaceleração da economia -- que, para ele, acontece por causa do atual patamar da taxa de juros.
Na outra ponta, a Fazenda afirmou que pretende concluir o novo arcabouço fiscal ainda nesta semana, para depois apresentar ao Ministério do Planejamento e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista a jornalistas, Haddad chegou a mencionar que é possível que a proposta seja entregue antes da reunião do Comitê de Política Monetária, prevista para 21 e 22 de março.
Olhando para a Petrobras, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse em entrevista coletiva na quinta que o Preço de Paridade Internacional (PPI) "não é o único parâmetro na hora de definir o preço". A autoridade afirmou que não vai descumprir a regra, mas que outras referências podem ser usadas pela Petrobras.
Trocando por miúdos, basicamente disse que a estatal definirá os preços "como achar melhor", e chamou o PPI de "abstração".
No episódio desta sexta-feira (3), o CNN Money ainda se volta à expansão da atividade da China nos últimos meses após o fim da política Covid-zero, ao mesmo tempo em que a economia dos Estados Unidos tensiona em torno de temores de elevação da taxa de juros após dados de inflação.
Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Fri, 03 Mar 2023 - 837 - Mercado volta atenções para divulgação do PIB de 2022; Petrobras tem lucro recorde
A quinta-feira (2) começa com os olhos do mercado voltados para o desempenho do PIB nacional do quarto trimestre de 2022 e o resultado anual consolidado.
No começo do ano passado, as projeções falavam em crescimento anual próximo do zero. Agora, a expectativa é que fique na faixa dos 3%.
Um olhar mais atento aos últimos desempenhos trimestrais, porém, mostra que uma tendência de desaceleração da economia, também com chances de recessão técnica, pode estar se desenhando.
Enquanto os dados não saem, o mercado segue tentando digerir as recentes mudanças envolvendo a Petrobras, em especial a sugestão do Conselho de Administração da estatal de criar uma "reserva estatuária" -- uma espécie de nova política de dividendos que reteria parte da remuneração dos acionistas, mas que ainda precisa ser aprovada.
A companhia registrou o melhor resultado financeiro da história no último ano, segundo balanço divulgado na quarta-feira (1.º). O lucro líquido da Petrobras ficou na casa dos R$ 200 bilhões, marcando um salto de 77% em relação a 2021.
O desempenho da estatal, porém, foi alvo de críticas da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, que defendeu no Twitter que a distribuição de dividendos da empresa é "indecente".
No episódio desta quinta, o CNN Money também se volta à omissão da diretoria da Americanas sobre operações que podem ter causado o rombo milionário na empresa, segundo informado por uma auditoria interna.
Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Thu, 02 Mar 2023 - 836 - Impostos sobre combustíveis voltam a incidir nesta quarta; Haddad desagrada petrolíferas
Nesta quarta-feira (1.º), começa a valer oficialmente a reoneração dos combustíveis -- ou seja, já podem ser cobrados os impostos federais sobre a gasolina, em R$ 0,47 por litro, e o etanol, em R$ 0,02.
A questão é que, na terça-feira (28), a Petrobras anunciou a redução de R$ 0,13 da gasolina. Com esse desconto, o saldo líquido deve ser de R$ 0,34 por litro.
Mas, essa recomposição é parcial, e, segundo o Ministério da Fazenda, não será o suficiente para chegar à arrecadação total dos impostos sobre os combustíveis, prevista em R$ 28 bilhões neste ano.
Diante do imbróglio, a Fazenda decidiu taxar a exportação do petróleo em 9,2%, com previsão para durar quatro meses até a recomposição total de PIS/Cofins, segundo o ministro Fernando Haddad. Depois disso, caberá ao Congresso definir a continuidade, ou não, da nova taxação.
A indústria do petróleo, porém, não recebeu a notícia bem. Segundo apuração da CNN, a novidade muda a rentabilidade de diversos projetos para empresas do setor e coloca em risco a continuidade da exploração. As petrolíferas, além disso, entendem que essa medida pode causar instabilidade no mercado de petróleo e falam até mesmo em quebra de contrato.
Uma fonte da indústria lembrou que a medida está longe de afetar só a Petrobras ou as grandes multinacionais, que operam em campos de petróleo no Brasil: o país tem cerca de 40 produtores independentes, e a indústria ao todo gera mais de 45 mil empregos diretos.
No episódio desta quarta-feira (1.º), o CNN Money ainda destaca a cobrança direta por parte de Haddad ao Banco Central (BC) para abaixar os juros. O ministro chegou a dizer que fez a "lição de casa" no fiscal e espera, agora, a redução da Selic.
Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Wed, 01 Mar 2023 - 835 - Haddad confirma volta de impostos sobre combustíveis; Petrobras age em paralelo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), confirmou que os impostos federais sobre os combustíveis voltarão a ser cobrados.
O anúncio ainda não foi feito de forma oficial, e não há muitos detalhes sobre como a reoneração vai ser feita. O que se sabe até agora é que a gasolina será mais tributada que o etanol, em aceno à transição energética de combustíveis fósseis para renováveis, de menor impacto no meio ambiente.
Haddad deixou claro que, mesmo que a cobrança seja feita de forma diferente sobre cada combustível, os R$ 28 bilhões previstos da arrecadação serão mantidos em 2023.
Isso não quer dizer, porém, que só a ala econômica está sendo contemplada nesta decisão: existe uma preocupação política, e o governo espera uma queda no preço da gasolina pelas refinarias da Petrobras já nos próximos dias, em paralelo à reoneração.
O objetivo final é minimizar o impacto da volta dos impostos. A preocupação do governo, agora, é não transparecer qualquer tentativa de interferência política na Petrobras e deixar claro que esse movimento já estava previsto.
Para o ministro da Fazenda, há "um colchão" que permite diminuir ou elevar os valores. Interlocutores da Petrobras ouvidos pela CNN, porém, garantem que esse colchão não existe e que, se forem feitas mudanças, respeitarão a política atual.
Nesta terça-feira (28), o mercado também fica de olho na taxa de desemprego da PNAD, que será divulgada às 9h pelo IBGE, e a resolução da União Europeia e do Reino Unido sobre o Brexit.
Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Tue, 28 Feb 2023 - 834 - Discussão sobre desoneração de combustíveis abre semana agitada na agenda econômica
A semana começa com a necessidade de decisões importantes por parte do governo federal -- a começar pela desoneração de impostos sobre os combustíveis.
A medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao tomar posse no dia 1.º de janeiro deste ano, vence amanhã (28), o que significa que os tributos sobre a gasolina e o etanol devem voltar a ser cobrados já em 1.º de março.
Para esta segunda-feira (27), está prevista uma reunião entre Lula, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e os ministros Fernando Haddad e Rui Costa. A decisão sobre a prorrogação -- ou não -- da isenção de impostos sobre os combustíveis marca um dos maiores dilemas para o governo federal até agora.
Se, por um lado, a ala econômica quer o fim da desoneração, a ala política teme uma queda da popularidade do governo com o provável aumento no valor dos combustíveis. Segundo estimativa da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina deve subir em R$ 0,69, e do etanol, em R$ 0,24.
Por outro lado, fontes do Ministério da Fazenda afirmaram à CNN que o impacto previsto aos cofres públicos chega a R$ 30 bilhões ao ano se a medida for mantida -- o que pode comprometer investimentos sociais futuros.
As atenções também se voltam para as discussões do grupo de trabalho da reforma tributária. Nesta segunda, a cúpula começa a se reunir para dar início aos trabalhos no Congresso, justamente para aprovar a reforma, prioridade do governo federal.
E amanhã expira o mandato do diretor de política monetária do Banco Central, Bruno Serra, e Lula já foi alertado por interlocutores do Palácio do Planalto e do Congresso de que a escolha precisa ser de alguém pró-mercado.
Já a quinta-feira guarda a divulgação do PIB do quarto trimestre de 2022.
Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Mon, 27 Feb 2023 - 833 - Guerra na Ucrânia completa um ano; na Índia, Campos Neto e Haddad almoçam juntos
A invasão russa da Ucrânia completa um ano nesta sexta-feira (24).
A guerra provocou centenas de milhares de mortos e feridos, milhões de refugiados, uma crise econômica sem precedentes em décadas e rodadas de sanções nunca antes vistas pelo Ocidente à Rússia.
O conflito ainda parece estar longe do fim. A novidade, agora, é que Brasil e China resolveram entrar em tentativas de negociação de algum acordo de paz entre os países. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja ao gigante asiático no final de março, com a ideia de fomentar o que vem chamando de "Clube da Paz".
A China, importante parceira do Brasil e da Rússia, pode criar pontes em busca de um caminho mais diplomático na solução da guerra.
Enquanto isso, também do outro lado do mundo, um evento pequeno, mas de simbologia enorme, tomou curso nesta manhã: na Índia, Fernando Haddad e Roberto Campos Neto almoçaram juntos, sozinhos, por mais de 1h30.
O encontro foi acertado durante a reunião dos ministros de finanças e banqueiros centrais do G-20, conforme apurou a CNN. O almoço não estava agendado, mas seria até natural em um ambiente de fomento a relações institucionais e complementares entre o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central. Não é o caso do Brasil.
O almoço a dois reforça que ninguém espera uma animosidade entre eles por causa dos ataques do presidente Lula e do PT a Roberto Campos Neto. Ele e Haddad já tinham construído uma boa relação, e imagens do encontro mostram que a convivência entre eles está longe de ser protocolar -- para o bem da economia do país, que precisa de moderação e racionalidade.
Resta ver se os pactos firmados do outro lado do mundo vão se manter quando os dois voltarem para o Brasil.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Fri, 24 Feb 2023 - 832 - Mercado precifica meta maior de inflação; nos EUA, ata do BC eleva temor de recessão
O longo prazo importa -- mesmo que o Brasil ainda não tenha aprendido a lidar com ele ou a se preparar para chegar melhor no futuro.
O imediatismo da política já comprometeu as perspectivas de inflação deste e dos próximos três anos. E o mais preocupante: o aumento das previsões do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até 2026 praticamente não mexeu nas estimativas para os juros.
Isso quer dizer que uma mudança para cima nas metas de inflação já está dada -- é só uma questão de tempo. Então, se a meta de inflação subir, os juros não precisam acompanhar.
Se faz sentido ou não rever o objetivo do Banco Central agora, a questão está no que é preciso fazer para que o convívio com uma inflação mais alta seja o mais breve possível -- uma premissa que parece estar sendo empurrada para segundo plano.
Se prevalecer a canetada e não o dever de casa, ou seja, ajustes no orçamento federal e controle das contas públicas, o Brasil voltará a viver sob o regime "um pouco mais de inflação não faz mal".
A inflação é um desafio mundial, e, nos Estados Unidos, o Federal Reserve System (Fed, o banco central norte-americano) ainda terá que subir mais os juros para lidar com a maior alta dos preços em 40 anos. Em meio à repercussão da ata da autoridade monetária ontem, um dirigente do Fed lembrou de uma máxima do trabalho dos BCs neste combate: é melhor fazer mais agora do que correr o risco de conviver com uma inflação alta por mais tempo.
No episódio desta quinta-feira (23), o CNN Money ainda se volta aos impactos possíveis da estratégia do Fed e como isso afeta outros países, inclusive o Brasil.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Thu, 23 Feb 2023 - 831 - Na volta do Carnaval, calendário pressiona governo por agenda econômica assertiva
O Brasil volta do Carnaval sob o pesadelo da destruição e das mortes no litoral de São Paulo e um ambiente mais alarmista no cenário internacional, com a escalada de tensões entre a Rússia e o restante do mundo.
Se é verdade que o ano só começa agora, o calendário pressiona por uma agenda mais assertiva do novo governo e do Congresso Nacional, para evitar uma perda mais acentuada do ritmo da economia.
Os dois primeiros meses do novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se foram, e boa parte desse período foi perdida com debates atrapalhados e desnecessários -- ao menos na forma. Os ataques ao BC e o voluntarismo sobre os juros e a meta de inflação consumiram tempo demais.
Para os próximos dias, o governo precisa anunciar os indicados para assumir duas diretorias do Banco Central (BC), cujos mandatos terminam já na próxima semana. O programa de negociação de dívidas, Desenrola, e a medida que ajusta a tabela de isenção do Imposto de Renda também devem ser apresentados.
Correndo por fora, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), já começou a discussão sobre a reforma tributária, antes que o governo apresentasse sua própria versão.
Da outra ponta, a decisão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), de antecipar a nova regra de controle dos gastos públicos sinaliza que a agenda do governo pode, quem sabe, engatar em um trilho mais eficiente e estável.
No episódio desta quarta-feira de cinzas (22), o CNN Money ainda trata do ponto de vista de quem tem pressa para ver o país mais equilibrado -- no caso, famílias endividadas e inadimplentes --, e o desempenho das ações do varejo, que perdem em bloco neste ano.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Wed, 22 Feb 2023 - 830 - À CNN, Lula diz que Brasil não tem inflação de demanda; entenda o que puxa preços no país
"Se eu não posso conversar sobre a taxa de juros, se eu não posso influir para reduzir a taxa de juros, e se eu não posso conversar sobre emprego, então o que eu vou conversar?" A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dada com exclusividade à CNN na manhã de ontem, se refere a um diálogo com o atual presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, alvo de críticas do governo petista nos últimos dias sobre o patamar da taxa Selic e da meta de inflação. Nos seus primeiros mandatos, no começo dos anos 2000, Lula conversava -- e reclamava -- com Henrique Meirelles, então mandatário do BC, toda vez que ele subia a taxa de juros. Sem a proteção da lei para a sua autonomia, Meirelles driblava os protestos do presidente e seguia decidindo tecnicamente sobre como lidar com a inflação. Na entrevista exclusiva à âncora da CNN, Daniela Lima, Lula insistiu no diagnóstico de economistas heterodoxos que o assessoram, dizendo que "não há inflação de demanda no país" -- portanto, dentro dessa lógica, o juro básico não precisa nem subir, nem ficar alto demais. No episódio desta sexta-feira (17), o CNN Money recebe o ex-diretor de política econômica do BC, Fabio Kanczuk, para entender qual é a natureza da inflação brasileira e como a autoridade monetária pode combater o processo inflacionário atual. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Fri, 17 Feb 2023 - 829 - Anúncio de novo arcabouço fiscal para março mata dois coelhos com uma cajadada só
Depois de um mês e meio de novo governo, o debate do dia deixou de ser os ataques ao Banco Central (BC) e à taxa de juros. Venceu a necessidade de discutir o que realmente interessa para a governança do país: as reformas.
Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, tirou a mudança de meta da inflação da frente ao anunciar que a proposta de um novo arcabouço fiscal será apresentada já agora em março. A antecipação foi bem recebida, porque acerta dois alvos de uma única vez.
O primeiro, e mais óbvio, é aprovar o substituto do teto de gastos -- a tarefa mais urgente do novo governo para assentar a expectativa pelo equilíbrio das contas e da dívida pública.
O segundo tem um fundamento político: esvaziar a tentativa de Aloizio Mercadante de ser um protagonista no debate fiscal, tendo em vista que o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se meteu na seara do ministro como quem não quer nada.
De quebra, a resposta de Haddad também isola a gritaria do PT contra o BC e devolve Mercadante ao quadrado dele. E, mais importante, mostra que Haddad ainda tem ascendência sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afinal, são 45 dias de governo.
Se nenhum desvio ruidoso aparecer os próximos dias, o debate em torno das reformas pode prevalecer sobre as bravatas pelas canetadas na economia.
No episódio desta quinta-feira (16), o CNN Money ainda fala sobre a disposição do Congresso Nacional em ajudar o governo -- desde que não apareça nada muito "radical" nas propostas, como sinalizou Arthur Lira (Podemos), presidente da Câmara dos Deputados -- e as expectativas para a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), a primeira do terceiro mandato de Lula.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Thu, 16 Feb 2023 - 828 - PT mantém ofensiva contra chefe do BC, mesmo após esforços de reconciliação
O Partido dos Trabalhadores (PT) não gosta de "dar uma vaca para não entrar numa briga", como diz um antigo ditado. O PT, na verdade, chega logo com a boiada para não sair dela tão cedo.
O inimigo número 1 do partido do governo é Roberto Campos Neto, e não tem bandeira branca capaz de estancar a guerra declarada ao Banco Central (BC) e seu presidente.
Se for verdade que quem cala, consente, o silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o BC ou a taxa de juros na última terça-feira (14) valida os ataques petistas renovados, mesmo após as falas em tom conciliador de Campos Neto.
Se equilibrando em cima do muro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), atua como uma linha frágil, mas constante, para manter alguma institucionalidade na relação entre governo e autarquia. O mercado já estava fechado, com a fatura do risco já acionada, quando Haddad afirmou que a meta de inflação não está na pauta da reunião do Conselho Monetário Nacional (CME), que reúne as principais autoridades econômicas do país e acontece amanhã.
Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado Federal, apareceu de árbitro, aplaudindo Campos Neto e avisando Lula que a independência do BC é sólida. O recado geral do senador foi que o presidente da República, quer goste ou não, terá que conviver com a meta de inflação e buscar uma solução "inteligente".
Por enquanto, a postura das lideranças do PT faz mais barulho -- e só o tempo vai dizer se é apenas uma birra de criança no shopping ou se é uma escolha do novo governo.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Wed, 15 Feb 2023 - 827 - Campos Neto prega harmonia com governo, mas rechaça mudança da meta de inflação
Mexer na meta de inflação agora terá o efeito contrário ao desejado. Foi o que disse Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), na noite de ontem, enquanto era entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura.
"A meta não é instrumento de política monetária", reforçou ele, como quem diz que não é mexendo nela que os juros vão ceder.
Para Campos Neto, o elevado patamar da taxa Selic atual, em 13,75% a.a., é consequência de problemas estruturais, como gastos públicos elevados e baixa produtividade na economia. Sobre a mudança na meta para forçar uma queda de juros, Campos Neto negou que tenha sugerido a alteração e admitiu apenas que o BC discute um "aprimoramento do sistema", sem dar detalhes.
Desde que foi adotado no país, o sistema de metas convive com praticamente dois problemas que comprometem sua eficiência: o calendário anual, e não aquele que acomoda o chamado "horizonte relevante" para detectar o efeito dos juros na economia, e o índice usado como referência -- o IPCA, medidor oficial da inflação no país --, que não reflete totalmente o processo inflacionário.
Pregando harmonia, diálogo e aproximação com o governo, o chefe do BC tentou tirar a capa de vilão que o debate político lhe impôs. "Eu, como figura, sou irrelevante", disse ele, tentando despersonificar sua posição sem, contudo, apagar o fato dele ser o único remanescente do mandato de Bolsonaro com poder e blindagem no novo governo.
No episódio desta terça-feira (14), CNN Money fala dos requisitos para um debate racional sobre as metas de inflação, além de dar um giro pelas bolsas globais.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Tue, 14 Feb 2023 - 826 - Metas de inflação podem ser alvo de debate em reunião do CMN nesta semana
O brasileiro já aprendeu muito com inflação e acompanha de perto as decisões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC), o Copom.
Agora, vai ter que voltar sua atenção para reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), um colegiado que pouquíssima gente até então conhecia.
O CMN se reúne nessa semana e pode debater mudanças na meta de inflação, objetivo que guia as decisões do BC sobre a taxa Selic. Desde que adotou o sistema de metas, em 1999, o governo faz uma reunião anual, todo mês de junho, para olhar para os anos à frente.
Dessa vez, a decisão pode ser antecipada para mexer nas metas já definidas até 2025. A anomalia na agenda nacional é sintomática, já que revela que o país convive com inflação e juros acima do normal, e não consegue se livrar do tema.
O CNN Money ouviu economistas com posicionamentos diferentes sobre a possível alteração, com fundamentos técnicos considerando o perfil da economia e o custo de se combater o processo inflacionário na canetada e na bravata política -- e sem que haja um controle efetivo dos gastos públicos.
Em um país estável política e economicamente, decidir a meta de inflação depende do bom senso, da premissa de proteção da moeda e da normalidade institucional. Nenhum desses requisitos está presente no debate nacional.
No episódio desta segunda-feira (13), o CNN Money fala das expectativas para a meta de inflação, os fatores envolvidos na possível alteração e das consequências da escolha do governo.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Mon, 13 Feb 2023 - 825 - Lula viaja para encontro com Biden em meio a escalada de atritos com BC
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontra nesta sexta-feira (10) com o chefe do Executivo dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington.
A pauta brasileira – que vai de meio ambiente a possíveis negociações com a Ucrânia – vai disputar espaço com a crise entre os EUA e a China, deflagrada por causa de um balão que os norte-americanos afirmam ser um "espião" chinês.
O presidente deixa por aqui um conflito criado por ele próprio, e que não afeta em nada a geopolítica e a economia mundial.
O estrago causado pelos ataques de Lula e aliados ao Banco Central (BC) fica só no Brasil, e a conta em dólares já está mais cara: a moeda norte-americana já subiu 4% agora em fevereiro, reagindo à escalada da insensatez.
O PT e sua porta-voz contra o BC, a deputada Gleisi Hoffmann, repetem que não faz sentido o juro da economia estar em 13,75% ao ano – sem apresentar fundamento técnico.
A cada conto, a taxa aumenta um ponto, como efeito de um ambiente de incerteza crescente.
A informação de que Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária, toparia aumentar a meta de inflação foi o gatilho de ontem para que o dólar subisse 1,47%, mas a tensão vai continuar alimentando a crise.
Qual a melhor estratégia? Estancar a sangria e mexer logo na meta? E após avançar algumas casas sobre o BC, Lula vai se dar por satisfeito?
O que surpreende é a capacidade do novo governo em conflagrar, sozinho, uma crise que ele próprio terá que lidar.
Até aqui, a única razão que faz sentido é ter na manga a chance de responsabilizar o BC por tudo que eventualmente der errado no país.
No episódio desta sexta, o CNN Money ainda fala de Arthur Lira (Progressistas), que tirou da frente a chance de revisão da independência do BC no Congresso Nacional.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Fri, 10 Feb 2023 - 824 - Lula baixa tom contra BC, mas aliados sobem; estrangeiros seguem entrando na Bolsa
A batalha do governo contra o Banco Central continua em Brasília.
Apesar de o presidente Lula ter baixado o tom contra a instituição, seus aliados subiram. Tem ideia para todo lado: "Juros tem que ir para 7%, 8%", disse um senador.
"O presidente do BC não é imexível", disse a líder do PT. "Pedir queda de juros não é política, é técnica", assegurou um deputado petista.
De saída no final do mês, Bruno Serram, diretor de política monetária do BC resumiu e lembrou que o Banco Central é uma instituição de Estado, não de governo.
Apuração do analista da CNN Caio Junqueira, revela que o PT quer alguém como André Lara Resende no lugar de Serra. O economista chamou recentemente de histeria o alarde sobre o risco fiscal.
Alexandre Padilha, ministro das relações institucionais, apareceu de bombeiro novamente para descartar conflitos ou qualquer discussão sobre o fim da autonomia da autoridade monetária.
O ministro promoveu alívio nos mercados, pelo menos em um dia.
O CNN Money de hoje fala da repercussão internacional desse atrito com o BC, e a entrada de estrangeiros na Bolsa brasileira, que segue forte.
Mas quanto isso representa na careteira dos fundos internacionais? O Brasil é relevante ou não na alocação dos recursos?
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Thu, 09 Feb 2023 - 823 - "Aceno amigável" de BC a Lula dura pouco; meta de inflação deve ser alterada?
Não há razão, ou sensibilidade, que convença o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a desistir de atacar o Banco Central (BC).
O que começou como uma bravata eleitoreira caminha para uma crise institucional de desfecho imprevisível, à medida que Lula não cede terreno ao diálogo e não parece ter compreensão do custo de esvaziar a credibilidade da autoridade monetária.
A escalada chegou ao ponto do petista questionar a lealdade dos ministros Fernando Haddad (PT) e Simone Tebet (MDB) na relação com o BC e, para completar, incitar o Congresso a responsabilizar Roberto Campos Neto, presidente da autarquia, pelos problemas do país.
No vácuo da institucionalidade, Aloizio Mercadante (PT) surpreendeu ao anunciar que ele mesmo, presidente do BNDES, vai apresentar uma proposta para a nova regra fiscal, um mês antes do prazo assumido por Haddad -- o ministro formulador de política econômica do governo.
Esse atropelo entre as cadeiras e as atribuições começa muito cedo em um governo que chegou há menos de quarenta dias.
Em meio a tanto burburinho, um ex-integrante de equipes econômicas de governos passados disse à âncora do CNN Money, Thais Herédia: é a "marcha da insensatez".
A expressão também nomeia um livro da historiadora Barbara Tuchman, que trata da insistência de governantes em adotar políticas contrárias a seus próprios interesses -- que parece ser o caso agora.
No episódio desta quarta-feira (8), o CNN Money fala também das metas de inflação, que, nesse contexto de disputa entre Lula e BC, gera a pergunta: ela deve, ou não, ser alterada?
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Wed, 08 Feb 2023 - 822 - Inimizade pública de Lula com Campos Neto, do BC, vira enigma político
Há um enigma em torno do presidente do Banco Central (BC): Roberto Campos Neto virou um inimigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) porque mantém os juros altos e alerta sobre os riscos da política de gastos do novo governo, ou porque é herança de Jair Bolsonaro (PL) e nunca disfarçou sua aproximação com o ex-mandatário?
A irritação de Lula e Fernando Haddad com o tom adotado por Campos Neto para justificar os juros altos era uma informação de bastidor. Não é mais.
O presidente da República e o ministro da Fazenda admitiram, em alto e bom som, que se sentem traídos e provocados diretamente por Campos Neto. Para Lula, a comunicação do "cidadão" do BC é uma vergonha; para Haddad, é injusta, porque não considera o que já foi apresentada por ele e os compromissos assumidos.
Enquanto não aparece uma resposta racional para o enigma político, o pragmatismo econômico vai se impor, com juros futuros em alta e o momento de abaixar a taxa básica da economia cada vez mais distante.
O governo alimenta alguma esperança de que o chefe do BC diminua a fervura na ata do Comitê de Política Monetária, divulgada na manhã desta terça-feira (7).
Uma trégua, porém, não pode comprometer a credibilidade do BC em cumprir seu mandato, garantir a estabilidade da moeda e não acomodar políticas públicas do governo.
No episódio desta terça, o CNN Money ainda se volta às expectativas para o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve System (Fed, o banco central dos Estados Unidos), após os dados de emprego da maior economia do mundo.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Tue, 07 Feb 2023 - 821 - Mercadante toma posse no BNDES sob temores de reprises do passado
Aloizio Mercadante (PT) toma posse nesta segunda-feira (6) no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Estarão lá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) -- ambos representantes do que foi a gestão do banco de fomento nos governos petistas. Foram centenas de bilhões de reais do Tesouro gastos para bancar crédito com juros abaixo da Taxa Selic para setores eleitos como "campeões nacionais", além de financiamentos externos.
O resultado? Aumento da dívida pública, queda na taxa de investimentos de calote dos países.
Mercadante já se comprometeu a não mexer na Taxa de Longo Prazo (TLP), criada em 2017 e mecanismo que impede o banco de adotar uma taxa menor do que aquela definida pelo Banco Central (BC). Ao mesmo tempo, quer oferecer juros mais baixos e voltar a financiar projetos fora do país, como é o caso do gasoduto na Argentina.
Qualquer que seja a escolha sobre o papel do BNDES, o governo Lula terá que prever o custo das operações no Orçamento Federal -- o mesmo que pretende cobrir uma longa lista de gastos públicos já anunciados.
Geraldo Alckimin (PSD) também estará na posse de hoje. Como ministro da Indústria e Comércio, o vice-presidente da República é, supostamente, o chefe direto de Mercadante -- um que passou anos com uma visão oposta (e crítica) ao que fez o banco no passado.
É sob este quadro político e muita dúvida sobre o que esperar da nova gestão do futuro presidente do BNDES que Mercadante tomará posse.
No episódio desta segunda, o CNN Money ainda pincela o balão "espião" chinês nos Estados Unidos, que tem aumentado a tensão diplomática entre os países.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Mon, 06 Feb 2023 - 820 - Lula volta a atacar BC e coloca percepção de risco do país à prova
Parece reprise, mas não é.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não desistiu de atacar o Banco Central (BC), os juros e o patamar atual das metas de inflação. Em entrevista à RedeTV! na noite da última quinta-feira (2), o petista subiu o tom e disse que vai "esperar esse sujeito terminar o mandato para avaliar o que significou a independência do BC".
O sujeito em questão é Roberto Campos Neto.
Lula também quer saber se os chefes do Legislativo estão felizes com o presidente do BC, porque, afinal, eles deveriam imaginar que a autonomia da autarquia faria a economia crescer.
O presidente da República dá ao BC um poder que ele não tem e transfere para a autoridade monetária a responsabilidade sobre o fracasso das escolhas do governante. A oratória política é boa nisso: compartilhar erros, e não avanços.
A inflação herdada por Lula tem choques das crises recentes e, mais ainda, efeitos da gastança promovida por Jair Bolsonaro. O novo governo quer seguir só com a gastança, e não quer o estrago que ela causa -- ou melhor, quer culpar o BC pelos efeitos dela.
A nova rodada da cantilena petista pode -- ou não -- provocar uma mudança na percepção de risco sobre o Brasil, e essa reação vai dizer muito sobre o quanto vale a palavra do presidente da República.
No episódio desta sexta-feira (3), o CNN Money ainda discute a alta da inadimplência no país e os resultados das big techs, que viram seus lucros em queda livre no último trimestre.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Fri, 03 Feb 2023 - 819 - BC alerta para piora na perspectiva de inflação; nos EUA, Fed pisa no freio
Enquanto o governo "brinca" de ter inflação mais alta à espera de mais crescimento, o resultado é o visto na noite da última quarta-feira.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu pela manutenção da taxa Selic em 13,75% a.a. -- e, embora o número seja o mesmo, o efeito é de piora na economia.
O desarranjo econômico, provocado pelas cutucadas do governo à independência do BC e ao atual patamar da inflação, já pode ser visto no longo prazo.
No comunicado divulgado ontem, o Copom praticamente desenhou o tamanho da conta, e as expectativas para o comportamento da inflação pioraram até onde a vista do BC alcança: os quatro anos de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Enquanto houver debates despropositados e incertezas sobre régua fiscal e as regras fiscais, não há chance de redução de juros. Para conseguir cumprir a meta de inflação -- já definida e reiterada pelos diretores do Copom --, o cenário alternativo apresentado para o IPCA exige que a taxa não seja alterada até meados do ano que vem.
No episódio desta quinta-feira (2), o CNN Money também traz os reflexos da decisão de política monetária dos Estados Unidos, onde o Federal Reserve System (Fed, o banco central norte-americano) já começou a soltar a corda, com alta de juros em 0,25 p.p.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Thu, 02 Feb 2023 - 818 - "Super quarta" tem decisões do BC e Fed; na política, Senado elege novo presidente
Uma "super quarta" não poderia ser mais "super" do que esta.
O apelido, que marca a coincidência na decisão sobre os juros dos bancos centrais daqui e dos Estados Unidos, fica mais "super" com a posse do novo Congresso Nacional e, principalmente, a eleição para a presidência do Senado Federal, marcada pela disputa entre o candidato à reeleição, Rodrigo Pacheco (PSD), e Rogério Marinho (PL-RN), da ala bolsonarista.
Do lado da economia, o Comitê de Política Monetária (Copom) tem a missão de lidar com o processo inflacionário e com todo tipo de ruído que tem vindo no caminho. Os mais barulhentos têm vindo do Palácio do Planalto e da Esplanada dos Ministérios -- dia sim, dia também, tem alguém de lá atacando o patamar da taxa Selic em 13,75% a.a.
Além de garantir a queda da inflação, o BC de Roberto Campos Neto terá de aparecer com uma barricada institucional, tendo em vista a situação esdrúxula imposta: mesmo prevista em lei, vê sua independência sendo contestada pelo novo governo.
A dúvida é se a comunicação vai dar conta de convencer a sociedade e os mercados que esta lei vai pegar no Brasil. Campos Neto precisa encontrar um tom certo para proteger sua credibilidade e, ao mesmo tempo, não vazar para a política -- uma contaminação indesejável para qualquer banqueiro central, ainda mais o nosso.
No episódio desta quarta, o CNN Money ainda se volta às expectativas para a decisão do Federal Reserve System (Fed, o BC dos EUA), que já mexe com os mercados, e para a posse do novo Congresso Nacional.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Wed, 01 Feb 2023 - 817 - Em sinal de unidade, equipe econômica toma café com banqueiros na Febraban
Depois de receber a visita de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), e atravessar a Avenida Paulista para encontrar empresários da indústria na Fiesp, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estará na Faria Lima nesta terça-feira (31) com os maiores banqueiros do país.
E não estará sozinho. Junto dele, Simone Tebet, do Planejamento, Esther Dweck, da Gestão, Carlos Fávaro, da Agricultura, e Aloizio Mercadante, do BNDES, estarão no café da manhã na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo.
Não é coincidência de agenda, é estratégia -- e uma boa estratégia, como dito por executivos do setor financeiro à âncora do CNN Money, Thais Herédia.
A presença dos ministros demonstra prestígio e esforço de firmar pontes e diálogos com agentes econômicos. E logo com banqueiros, tão criticados por dirigentes petistas, a começar pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
É a segunda vez que Haddad vai à sede da Febraban em poucos meses. Em novembro do ano passado, o ex-prefeito de São Paulo nem era confirmado como ministro ainda, mas já falava como tal, e, diante dos representantes da Febraban, se comprometeu com responsabilidade fiscal e reforma tributária.
Agora, a expectativa é por uma demonstração de unidade de propósito entre os fortes da equipe econômica. Não é segredo que há divergências entre eles, o que reforça o gesto num ambiente que não esconde mau-humor com as bravatas políticas do PT.
O espírito geral dos dois lados é de ouvidos abertos, colaboração e consonância sobre as prioridades do país.
No episódio desta terça, o CNN Money se volta aos temas que devem ser tratados nesse encontro -- entre eles, a reforma tributária --, e as perspectivas dos mercados quanto à economia global, considerando previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e as decisões de juros dos principais BCs do mundo.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Tue, 31 Jan 2023 - 816 - Decisões de juros pautam "Super Semana", com expectativa de recados do BC a Lula
Indicadores econômicos, balanços empresariais e decisões dos principais bancos centrais do Ocidente.
Essa é a agenda desta "super semana", com os mercados de olho, principalmente, nas decisões de política monetária diante de uma possível recessão global.
Entram na conta o Federal Reserve System (Fed, banco central dos Estados Unidos), Banco da Inglaterra (BoE) e Banco Central Europeu (BCE), além do BC brasileiro -- alvo dos holofotes desde a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência pela terceira vez.
Depois de quase um mês ouvindo reclamações e críticas, chegou a vez do BC falar. A primeira reunião de política monetária do ano nesta segunda-feira (30), com um BC independente em um governo Lula, atrai atenção não só pela decisão da taxa de juros, que deve ficar em 13,75% a.a., mas pelos recados que o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, vai passar à gestão petista.
Para não perder o caráter institucional, o BC deve expressar preocupação com decisões arriscadas sobre gastos públicos e debates fora de propósito, que atrapalham a derrubada da inflação e, portanto, dos juros.
Entre os alvos do Comitê de Política Monetária, pode estar a volta dos bancos públicos como indutores de crescimento, não só do Brasil, mas dos países vizinhos da América Latina. Questionar a credibilidade do BC ou do sistema de metas da inflação também deve aparecer como fonte de risco para a economia.
Mesmo abusando do "economês", Campos Neto precisa mostra que não se intimida com discurso político. Esse vai ser o grande teste do BC independente na troca de governo.
Lá fora, o desafio começa a mudar de cara, de combate à maior inflação em décadas ao risco de recessão nos países ricos.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Mon, 30 Jan 2023 - 815 - Crise da Americanas escala com suspeitas de fraude; Petrobras espera indicados de Prates
Duas empresas distintas têm atraído atenção -- e preocupação -- no Brasil e no exterior.
A gigante varejista Americanas não é mais apenas uma história mal contada de um rombo financeiro. O caso subiu algumas escalas com bancos querendo provar que houve fraude na gestão da companhia.
A pedido do Bradesco, a Justiça determinou busca e apreensão de e-mails de executivos dos últimos dez anos. A ação do banco -- o maior credor da Americanas -- procura respostas que todos os credores, acionistas e clientes querem: os bilionários, donos da varejista e ícones do capitalismo, sabiam dessa "contabilidade criativa" adotada há anos? Eles serão responsabilizados pelo prejuízo?
A outra empresa é a Petrobras. O senador petista Jean Paul Prates é o novo presidente da estatal e chega sob uma enorme desconfiança sobre seus planos e o grau de interferência política que a companhia voltará a ter no governo PT.
Acionistas locais e estrangeiros não esqueceram os escândalos de corrupção da gestão petista, nem os rombos bilionários causados pela ingerência na Petrobras, que chegou a ter a maior dívida corporativa do mundo.
Os dois casos são emblemáticos sobre as escolhas que o Brasil fez e fará para fomentar um ambiente confiável que incentiva o mercado de capitais e o investimento em setores importantes, a exemplo de varejo e energia.
No episódio desta sexta-feira (27), o CNN Money avalia os últimos capítulos do caso Americanas e das expectativas sobre a Petrobras. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Fri, 27 Jan 2023 - 814 - Dólar tem menor cotação em quase 3 meses e reflete interesse estrangeiro no país
Se o ruído político não estivesse tão alto no Brasil, será que o dólar já poderia estar abaixo dos R$ 5?
Atualmente em R$ 5,08, na menor cotação em quase três meses, a moeda norte-americana em queda gera essa indagação que agora corre no mercado. A resposta é: depende de quem responde.
Para os estrangeiros, o Brasil é a bola da vez entre os emergentes -- até por se tratar do país com o maior juro real do planeta, com a Selic em 13,75% a.a. A situação melhora ainda mais se os juros nos Estados Unidos não subirem muito mais, como é o cenário previsto agora.
Isso é relevante, mas não é só.
O país tem a faca, o queijo e até a goiabada na mão para liderar uma onda de investimentos em energia limpa e de redistribuição da cadeia produtiva global. Os gringos acreditam nisso, mesmo considerando o rol de reformas necessárias e o equilíbrio fiscal, também crucial para o Brasil.
Os investidores locais, por outro lado, respondem mais com o fígado, e penam acompanhando o viés passadista do novo governo.
O que separa os dois grupos é a preferência política, que, aqui, nunca foi por Lula.
Na bolsa, os estrangeiros entram e os brasileiros saem. Agora, a contenda está na moeda norte-americana. Se o dólar cair para menos de R$ 5, vence o benefício da dúvida de que o Brasil vai passar bem pelo ano em que o mundo vai entrar em recessão.
No episódio desta quinta-feira (26), o CNN Money reflete as agendas do mercado, e também se volta à posse de Aloizio Mercadante no BNDES e a de Jean Paul Prates na Petrobras. O podcast também traz um estudo inédito da Fundação Getulio Vargas (FGV) sobre uma categoria que cresceu muito no país nos últimos anos: a do trabalhador por conta própria.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Thu, 26 Jan 2023 - 813 - IPCA-15 atesta resistência da inflação; Big Techs enfrentam demissões em massa
Sem nenhum discurso ou ideia inquietante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a última terça-feira (25) foi dia de olhar com mais atenção para o que está acontecendo com a inflação brasileira.
Em alta de 0,55% na primeira quinzena de janeiro, o IPCA-15, considerado a prévia oficial da inflação do país, deixou claro que ninguém mais duvida que está em curso uma desancoragem de expectativas para o comportamento do indicador ao longo dos próximos meses, e que todos os dados à mesa atestam que o atual processo inflacionário está mais enraizado, espalhado e, portanto, mais resistente.
Banqueiros centrais sabem que a inflação mais tinhosa de abaixar é aquela que não dispara, nem cai, mas se alimenta de ajustes e incertezas ao longo do caminho -- dois itens que não faltam na agenda econômica brasileira.
O debate sobre a mudança na meta da inflação que o governo quer fazer, assumindo um pedaço da política monetária que não é de sua alçada, foi adiado, pelo menos na prática. A data prevista para definir o alvo do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central é junho, e antecipar o calendário pode ser uma provocação além da conta à previsibilidade mínima sobre o mandato do BC.
Diante desse quadro, a taxa Selic deve permanecer onde está, no elevado patamar atual de 13,75% a.a., por mais tempo.
No episódio desta quarta-feira (25), o CNN Money passa pelo rol de riscos e eventos que podem dificultar a queda da inflação, além do que está acontecendo com as Big Techs internacionais, que fazem demissões em massa, perdem bilhões no mercado e preocupam até investidores brasileiros, que direcionaram capital às empresas mais bem consolidadas do mundo da tecnologia.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Wed, 25 Jan 2023 - 812 - Lula cria novo ruído com volta do BNDES a posto de financiador de países vizinhos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer colocar o pobre brasileiro e os amigos estrangeiros no Orçamento federal.
Depois de esclarecer a confusão -- ou tentar -- sobre uma suposta moeda comum, o presidente arranjou um novo ruído para colocar no lugar: a volta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como indutor do crescimento em outros países.
Da Argentina em sua primeira viagem internacional do terceiro mandato, e acreditando no ditado que diz que "brasileiro tem memória curta", Lula refaz a aposta na engenharia brasileira executada nos países vizinhos como fonte de crescimento da nossa economia.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), continua no esforço de ser uma tecla "SAP" do que diz o presidente. O ex-prefeito de São Paulo legitimou o debate sobre um ajuste da meta de inflação com "tranquilidade", e, sobre as medidas anunciadas em Buenos Aires, Haddad garantiu que "dessa vez vai ser diferente", já que os bancos públicos vão financiar os importadores argentinos e obras no exterior com garantias reais de um país em crise aguda,
Não demora, e a equipe econômica vai precisar de uma secretaria do garantir -- alguém que arrume dinheiro o suficiente para resolver os problemas do Brasil e dos parceiros externos eleitos por Lula.
No episódio desta terça-feira (24), o CNN Money traz ainda um levantamento da analista de economia Raquel Landim, que mostra que o Brasil ainda tem alguns bilhões de reais a receber de operações do BNDES feitas com países latinos durante os mandatos petistas, e a desancoragem das expectativas para o IPCA-15, divulgado ainda nesta manhã.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Tue, 24 Jan 2023 - 811 - Lula viaja à Argentina em meio a ruídos sobre moeda comum
"Países não têm amigos, têm interesses." A máxima, que baliza a relações internacionais há décadas, nunca foi marca do governo petista e, ao que tudo indica, não será no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente está na Argentina, na primeira viagem internacional de seu governo. A chegada acontece sob forte ruído sobre uma intenção de criar uma moeda comum entre os dois países, que têm uma forte relação comercial. Enquanto os argentinos liam um artigo defendendo a ideia, assinado por Lula e o presidente Alberto Fernández em um jornal local, os interlocutores do governo brasileiro tentavam dispersar a boataria, como quem diz: "Focinho de porco não é tomada." Segundo disserem analistas à âncora do CNN Money, Thais Herédia, ninguém quer criar um euro latino. É um projeto de longo prazo, a semente de um instrumento que pode fortalecer e aumentar a eficiência comefcial entre os dois países. A ideia peca pela falta das premissas básicas para o debate: a Argentina não tem nem moeda, nem fundamento fiscal, para ser uma contraparte estável para o Brasil, sem falar no timing, que sinaliza dispersão das prioridades daqui do Brasil. Entre elas, assegurar a credibilidade do Banco Central depois da confusão armada pelo próprio governo sobre a meta de inflação, que também nem deveria estar na agenda nacional. No episódio desta segunda-feira (23), o CNN Money trata dos riscos da criação de uma moeda comum entre Brasil e Argentina, além do comportamento dos mercados internacionais e o novo capítulo da crise da Americanas. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Mon, 23 Jan 2023 - 810 - BC rebate críticas de Lula com diplomacia; Americanas entra em recuperação judicial
Foi com diplomacia e institucionalidade que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, respondeu às provocações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a independência da autarquia e o patamar da meta de inflação. Sem deixar de ser categórico, disse: "A independência do BC foi aprovada pelo Congresso e chancelada pelo STF." Depois de acesa a fogueira dentro de casa, o ministro que cuida das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), apareceu como um bombeiro nas redes sociais e disse: "Não há nenhuma predisposição por parte do governo de fazer qualquer mudança na relação com o Banco Central." Lula pode empolgar com discursos e gastar capital político à toa, mas não joga palavra, e nem ideia, fora. Ele pode, sim, alterar a rota da política monetária aumentando a meta de inflação, inclusive como fez a ex-presidente Dilma Rousseff. É difícil acreditar, porém, que o presidente não entenda que estará quebrando o termômetro apenas porque não gosta da temperatura que ele marca. Em resposta, Campos Neto sinalizou que o BC independente vai continuar buscando a estabilidade da moeda por meio de um diagnóstico realista, mesmo que em um ambiente mais volátil. No episódio desta sexta-feira (20), o CNN Money ainda se volta ao escândalo da Americanas, que teve o pedido de recuperação judicial aprovado na véspera, e a greve geral na França contra a reforma da Previdência, sugerida pelo presidente Emmanuel Macron. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Fri, 20 Jan 2023 - 809 - Em fala sobre inflação e juros, Lula ressuscita um dos maiores equívocos do PT
O Brasil está diante de um dilema que parecia estar superado: conviver com um pouco mais de inflação para ter mais crescimento.
O debate ressurge a partir do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando, em entrevista na noite da última quarta-feira (18) ao canal GloboNews, questionou a independência do Banco Central (BC), o atual patamar da taxa Selic e a meta de inflação abaixo de 4,5%, "como era no nosso tempo".
Lula traz de volta à tona um dos maiores equívocos do último mandato do PT, ainda sob gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. Na época, o BC não tinha qualquer independência e aceitou que o pais convivesse com uma inflação bem mais alta que os ditos 4,5%, que, aliás, só não foi porque houve controle de preços. Deu no que deu.
Ao revelar o desejo de mudar a meta de inflação, o presidente Lula corrobora um receio que já rondava: como ele não consegue interferir no BC e não demonstra convicção sobre a responsabilidade fiscal, o governo pode mudar a meta do IPCA -- indicador que mede a inflação oficial do país -- da casa dos 3%, onde está hoje.
A inflação que a autarquia combate, hoje, ainda é fruto dos choques da pandemia, combinados à gastança desenfreada dos último dois anos de Jair Bolsonaro (PL) na cadeira presidencial. A lógica seria combater as causas e, assim, tirar o país da fragilidade fiscal. Não parece ser essa a determinação do presidente.
No episódio desta quinta-feira (19), o CNN Money ainda traz o debate em torno do aumento do salário mínimo, assuntado pelo presidente Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nos últimos dias.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Thu, 19 Jan 2023 - 808 - Política econômica de Lula se mostra mais afinada; nos EUA, recessão bate à porta
A condução da política econômica do novo governo segue na base do discurso. Ainda assim, há duas mudanças sutis com forte efeito. A primeira delas reside no fato de que apenas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), têm falado sobre economia -- alinhados e, ao mesmo tempo, cada um no seu quadrado. O segundo é que o rumo da prosa está na direção correta, e com força o suficiente para mostrar uma intenção real de reverter a fragilidade das contas públicas. Esses dois fatores confirmam que funcionou a bronca do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos ministros que pregam mais radicalismo, e Haddad conseguiu apaziguar, ao menos por enquanto, as expectativas sobre seu trabalho. Mas a política não dorme, e nem sua agenda. Esta quarta-feira (18) será marcada pela tentativa de emplacar uma mudança no valor do salário mínimo e na política de reajustes do piso. Lula encontra as centrais sindicais em Brasília e vai ouvir delas uma longa defesa pelo aumento do valor dos atuais R$ 1.302, que cabem nas contas públicas. No episódio desta quarta, o CNN Money mostra os argumentos dos sindicatos e os riscos que a sedução populista impõe -- não só à gestão pública, mas ao crescimento econômico caso a adoção de uma política de reajuste do salário mínimo promova aumentos acima da produtividade brasileira. Nos Estados Unidos, os balanços trimestrais de grandes bancos mostram que a redução da atividade econômica por lá já é uma realidade, dando sinais de que uma recessão se aproxima. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Wed, 18 Jan 2023 - 807 - Crise da Americanas se agrava; reajuste do salário mínimo volta ao debate
O desfecho da crise da Americanas parece estar muito longe de acontecer, à medida que mais peças deste quebra-cabeça desencontrado parecem surgir de todos os lados, todos os dias. Os bancos estão na linha de frente dessa briga, tentando derrubar a liminar que protege a gigante varejista de credores por 30 dias. O BTG Pactual foi o primeiro a tomar uma ação na Justiça e teve seu pedido negado, enquanto outras instituições, expostas ao risco da Americanas, se perguntam qual será, afinal, o tamanho dessa fatura, ainda mais ao considerar a possibilidade de recuperação judicial. Na última segunda-feira (16), a agência classificadora de risco S&P Global rebaixou a nota da Amerianas para "D", de "Default" (calote, em inglês), e outras, como a Fitch Ratings e a Moody's, também devem seguir o mesmo caminho. Diante das turbulências do dia, as ações da varejista despencaram 38% na segunda, cotadas a R$ 1,94. No pregão anterior ao anúncio sobre os problemas fiscais, na última quarta-feira (11), os papéis da Americanas valiam R$ 12. Do lado político, o episódio desta terça-feira (17) do CNN Money ainda se debruça sobre a batalha pelo aumento do salário mínimo, que voltou a ganhar espaço com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), na Suíça para o Fórum Econômico Mundial. As centrais sindicais ressuscitaram o aumento do mínimo a R$ 1.342, que pedem desde o ano passado, ao passo que a ala política do governo quer emplacar ao menos R$ 1.320. O custo fiscal desse aumento varia de R$ 7 bilhões a R$ 17 bilhões, provando uma contradição dos programas sociais do país: o valor é baixo para quem recebe e alto para quem paga. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Tue, 17 Jan 2023 - 806 - Caso Americanas avança com briga de peixe grande; Fazenda quer reforma tributária em 2023
A briga envolvendo o escândalo da Americanas entrou em um novo capítulo envolvendo a empresa, seus acionistas e seus credores -- e um nada amigável. No final de semana, o BTG Pactual tentou suspender a decisão da Justiça, divulgada na sexta-feira (13) com o mercado já fechado, que blindava a varejista de bloqueios de bens e cobranças antecipadas da dívida bilionária de R$ 40 bilhões, conforme assumida pela empresa. A petição do banco de investimentos, um dos maiores credores da Americanas, acusa os três maiores acionistas da empresa -- Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, do grupo 3G -- de fraude e má-fé, para dizer o mínimo. O pedido deve ser apreciado nesta segunda-feira (16) pela Justiça do Rio de Janeiro. A Americanas respondeu acreditar que a proteção será mantida e que em breve irá apresentar sua equipe de negociação com credores. Com a agenda de indicadores esvaziada, o escândalo contábil da Americanas, já apontado como o maior do país, deve provocar volatilidade no mercado e uma batalha de gente grande, com bilionários conhecidos aqui e lá fora. Uma briga de "foice afiada", como disse um gestor à CNN. No episódio desta segunda, o CNN Money também se volta à determinação da equipe econômica de aprovar a reforma tributária ainda neste ano e ao diálogo que a Fazenda mantém com o Banco Central. Em Davos, na Suíça, a analista Priscila Yazbek volta ao podcast para contar das expectativas para o primeiro dia do Fórum Econômico Mundial, cujos olhos deverão se voltar ao Brasil após os ataques aos Três Poderes no domingo passado (8). Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Mon, 16 Jan 2023 - 805 - Plano "improvável" de Haddad agrada mercado; Americanas vive ressaca após "terremoto"
O anúncio de medidas econômicas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ocupou um espaço na agenda do novo governo para falar do país, e não da gestão da crise política instalada depois dos ataques aos Três Poderes no último domingo (8). A iniciativa foi bem recebida, como uma atuação pragmática da equipe econômica. O plano de Haddad agradou, mesmo que não tenha surpreendido pelo peso maior na arrecadação de receitas, e não na redução de despesas: a possibilidade de acabar com o rombo de mais de R$ 230 bilhões esse ano conta com apenas R$ 50 bilhões na ponta de corte de gastos. O sucesso das medidas é possível, porém improvável, como o próprio ministro admitiu. Ele já vai se dar por satisfeito se terminar o ano entregando um déficit abaixo de 1% do PIB - o que é bem factível, segundo analistas. Como o diabo mora nos detalhes, há muita incerteza sobre o alcance das medidas. A seta do roteiro apresentado por Haddad aponta para o lado correto, na visão de muita gente que inclusive já esteve em uma equipe econômica. Chegar no destino, porém, é outra história. Sem resistir ao apelo que sua fala produz, Haddad também deu mais uma cutucada com vara curta no Banco Central (BC) em seu discurso na última quinta-feira (12). No episódio desta sexta-feira (13), o CNN Money se debruça sobre alguns dos detalhes do plano de Haddad e traz uma primeira leitura de analistas sobre o pacote anunciado, além da repercussão do "terremoto Americanas", que causou efeitos não só no mercado, mas na confiança sobre a governança de varejistas brasileiras. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Fri, 13 Jan 2023 - 804 - Contenção de novas ameaças em Brasília leva mercado ao 6º dia seguido de altas
Quatro dias após os ataques aos Três Poderes que chocaram o país, a resposta de Brasília à provocação de grupos bolsonaristas diante de ameaças de novos atos criminosos foi mais rápida e contundente. Com a percepção de que o risco de uma nova rodada de vandalismo antidemocrático está contido, o mercado financeiro engatou no sexto dia de viés positivo, com bolsa em alta e dólar e juros em queda. Líderes na fila de compras, os investidores estrangeiros ainda não voltaram com o mesmo apetite do ano passado, mas já é o suficiente para a condução dos negócios para o azul. Mas nem tudo são flores nos jardins da Faria Lima: nesta quinta-feira (12), o mercado terá que lidar com a surpresa da saída-relâmpago de Sergio Rial, presidente da Americanas, depois da descoberta de um rombo de R$ 20 bilhões no balanço da empresa, uma das maiores varejistas do país. Além disso, o episódio desta quinta do CNN Money ainda traz um levantamento exclusivo da corretora Avenue, que mostra que milhares de brasileiros acham que a grama do mercado internacional é bem mais verde que a da Faria Lima. Segundo os dados divulgados, a abertura de contas no exterior está três vezes acima do período pré-eleição. O dia ainda guarda o que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), deve anunciar como o primeiro pacote econômico do governo Lula, e as expectativas para o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que começa na próxima semana e promete assentar mais um capítulo da discussão sobre o que vai ser da economia global no pós-pandemia. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Thu, 12 Jan 2023 - 803 - Escalada de tensão 3 dias após barbárie em Brasília fragiliza percepção de normalidade
Esta quarta-feira (11) já começa sob ameaças de uma nova onda de atos criminosos e protestos violentos. O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, confirmou à CNN que há um esquema de reforço acionado na segurança nacional. Essa escalada de tensão acontece três dias depois da barbárie que vimos acontecer no domingo (9) em Brasília. Convocação feita nas redes sociais por grupos bolsonaristas mostra algumas coisas: primeiro, que a união entre instituições democráticas, mostradas ainda no domingo e durante toda segunda-feira, pode não ser barreira suficiente para conter essas ameaças criminosas e antidemocráticas. Na terça-feira, tivemos a derrubada de torres de transmissão de energia no Paraná e em Rondônia. Ou seja, a resposta do governo também não está garantindo a normalidade. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Wed, 11 Jan 2023 - 802 - Com cenário controlado após ataques em Brasília, mercado mira em riscos de médio prazo
A reação do mercado financeiro aos atos criminosos de domingo em Brasília foi de apenas uma suave correção de preços. Aquele assombro com a destruição do patrimonio público acabou sendo superado por uma demonstração cabal da união dos Três Poderes, todos vítimas do vandalismo visto na capital federal. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Tue, 10 Jan 2023 - 801 - Reunião ministerial nesta sexta (6) é oportunidade de ouro para alinhar discursos
O ruído promovido pelo novo governo abaixou nesses últimos dois dias e pode ser minimamente contido na primeira reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vai acontecer na manhã desta sexta-feira (6). Em seu discurso de posse, Simone Tebet (MDB) encontrou a palavra que resume o porquê de tanta turbulência em poucos dias de governo: divergência. A nova ministra do Planejamento falava da diferença de pensamento que tem com seus pares da equipe econômica, mas, no final, foi capaz de identificar a divergência de alguns dos nomeados por Lula com a realidade do país como o problema maior. No encontro que o presidente terá com os ministros nesta sexta, urge uma inversão da direção apontada até agora por muitos dos aliados que querem mudar o passado, em vez de preparar o futuro com os avanços feitos até aqui. Corrigir muitas distorções, sim, mas sem criar tantas outras no caminho. O maior desejo do terceiro mandato de Lula é colocar os mais pobres no Orçamento, onde a batalha por recursos não se dá apenas entre os ministérios. Com tantos discursos pregando por mais gastos sem combinar com o Congresso Nacional, que hoje é dono de uma boa fatia do cofre, o governo estanca. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Fri, 06 Jan 2023 - 800 - Lula aciona freio de arrumação para conter falatório desencontrado de ministros
"Se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro." O ditado popular está na ordem do dia depois do falatório desencontrado dos novos ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cujas 72 horas de governo foram marcadas por um dia de bombas e outro de desmentidos. O esforço disperso de consertar as bravatas ideológicas dos nomaeados por Lula custou ao novo governo a primeira crise de confiança e, ao país, perdas bilionárias na Bolsa de Valores e o aumento do custo do crédito com a alta dos juros futuros. Um dos principais ativos que o presidente não pode se dar ao luxo de perder tão cedo é a gestão sobre a comunicação de seu governo -- e, acima de tudo, sobre o quê comunicar, quem vai falar e em que momento. Ansiedade e busca por protagonismo político marcaram o início do terceiro mandato de Lula. O freio de arrumação, acionado na última quarta-feira (4), funcionou: a reunião convocada para sexta-feira deve colocar cada ministro em sua devida cadeira e função. O descontrole percebido até agora intensifica a cobrança por um plano mais claro sobre qual será o fio condutor da política econômica nos próximos quatro anos. Afinal, como diz outro ditado, a credibilidade cai da janela e sobe de escada. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Thu, 05 Jan 2023 - 799 - Primeiros dias do governo Lula escancaram falta de coordenação entre ministros
Os primeiros dias do novo governo oferecem um festival de declarações de ministros. De revisão da Reforma da Previdência ao patamar dos juros do consignado, os escolhidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se posicionam sem considerar as consequências. Até a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, discursou em uma posse de ministro, prometendo rever a Reforma Trabalhista. O mercado corrige os preços, porque muito do risco percebido até a posse não era considerado real. Na visão dos operadores, a falta de coordenação entre os ministros não parece uma boa estratégia para engatar um novo governo, e o resultado é a geração de ainda mais instabilidade no cenário econômico. O poder de Fernando Haddad (PT) se dilui por fogo-amigo e por ele mesmo. Na última terça-feira (3), ele qualificou a taxa de juros como uma "anomalia fora de propósito", e, embora sua fala tenha sentido ao olhar o patamar da Selic a 13,75% a.a., descumpriu uma regra básica: ministro da Fazenda não fala de juros. Na sequência, seu número 2, Gabriel Galípolo, disse que não dá para ter controle de gastos com gatilho pela dívida pública. Tem muito economista que concorda -- ainda mais porque o debate sobre a política fiscal não é simplista --, mas Galípolo quebrou outra regra do cargo: não gastar palavra com o que não vai fazer, porque sugere a ausência de decisão sobre o que fazer. Não são regras escritas e tabuladas em cláusula pétrea, mas orientações que prezam pelo bom-senso e pela promoção de previsibilidade, coesão e, mais do que tudo, clareza sobre os rumos do governo. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Wed, 04 Jan 2023 - 798 - Haddad diz ser "patinho feio da Esplanada" e reforça temores de submissão a Lula
Logo no primeiro dia como ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) apresentou a descrição no seu novo crachá: "patinho feio da Esplanada".
Em uma fala de improviso no discurso de posse, por ato falho ou por graça, o ex-prefeito de São Paulo confirmou o que se temia sobre sua posição de isolamento e submissão ao comando político do governo.
A reação do mercado veio forte, e a queda de mais de 3% do Ibovespa foi também uma correção sobre tudo que aconteceu desde a última sexta-feira (30), quando não houve pregão devido ao período de recesso de final de ano. Quem reclama da reação da Faria Lima argumenta que nunca foi segredo de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria o "super-ministro" de seu próprio governo.
A surpresa está na pressa com que a ala petista assumiu a tomada de decisões, e o esforço de moderação de Haddad foi contido (ou está sendo) antes que ele convencesse a todos de que ela existe.
Na conta da derrocada da Bolsa, ainda teve o tombo de 6,45% da Petrobras e a piora nas expectativas para a inflação de 2023, o que pode afetar a credibilidade do Banco Central (BC).
No episódio desta terça-feira (3), o CNN Money ainda traz um levantamento exclusivo sobre a derrota do governo na prorrogação da desoneração dos combustíveis, que vai custar R$ 25 bilhões aos cofres públicos.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Tue, 03 Jan 2023 - 797 - Em discurso de posse, Lula revela como será a política econômica de seu governo
Em poucas e contundes frases no discurso de posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou que o eixo central da política econômica de seu governo será uma reedição misturada entre o que foi seu segundo mandato, de 2007 a 2011, e a gestão de Dilma Rousseff, com indução pública do setor produtivo, intervenção nas estatais, aumento real dos gastos e forte presença de bancos públicos. Ele assegurou a revisão de reformas de modernização do país feita nos últimos anos e a revogação do teto de gastos -- uma "estupidez", segundo ele. A despeito das expectativas positivas pro Meio Ambiente, Educação, Saúde, Cultura e setor externo, o diagnóstico de Lula sobre a economia parece ignorar o cenário atual do Brasil e do mundo. Lula inicia seu terceiro mandato com riscos contratados de baixo crescimento, inflação pressionada e recessão internacional, um ambiente que evoca responsabilidade e eficiência, e não uma meta com premissas do passado. Não deu certo lá trás, quando o mundo era mais estável e previsível, e não funcionou para o Brasil, que enfrentou a pior recessão do século e perdeu investimentos. Para além do discurso político, a primeira medida econômica do novo governo é também a primeira derrota política de Fernando Haddad, o ministro da Fazenda. No primeiro episódio do ano, o CNN Money vai falar sobre os efeitos do discurso de Lula e também das expectativas de 2023 para bolsa brasileira, enquanto mercados dos Estados Unidos, Europa e Ásia seguem fechadas por causa do feriado do Ano Novo. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Mon, 02 Jan 2023 - 796 - Governo Lula anuncia nesta sexta nomes para Petrobras, BB e Caixa; o que esperar em 2023
Os nomes para presidência da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Petrobras devem ser anunciados pelo governo Lula nesta sexta-feira (30). Na véspera, o presidente diplomado da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou 16 ministros. O podcast CNN Money de hoje fala das expectativas que rondam as indicações e faz um fechamento de como foram os mercados aqui no Brasil em 2022. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Fri, 30 Dec 2022 - 795 - Lula acomoda centrão no governo; Haddad sinaliza que descontrole fiscal pode sair caro
Depois de muito "estica e puxa", o presidente eleito Lula parece ter conseguido acertar um tabuleiro político para acomodar os partidos do centrão em seu terceiro mandato. Na divisão das cadeiras, o PT pegou os ministérios que ficam na vitrine política, com orçamentos gigantes. O centrão ficou com as pastas de menos pompa, mas que têm caixa considerável e capilaridade política. Até agora, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem sido ouvido quando diz que vai arrumar a casa e evitar estouro dos gastos públicos. Acabar com a isenção dos combustíveis corrobora essa promessa. Ele sinaliza que sai mais caro lidar com inflação pelo descontrole fiscal do que pela correção de uma queda artificial dos preços, como aconteceu com os combustíveis. Ainda assim, há uma dissonância cognitiva entre Lula e o mercado. Esse descompasso ainda aparece nos preços dos ativos. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Thu, 29 Dec 2022 - 794 - Tebet será ministra de qual Planejamento? Tesouro lança título inédito
Simone Tebet deve mesmo ser ministra do Panejamento. Mas de qual Planejamento? Enquanto não há uma resposta, não é possível avaliar o tamanho da influência que ela terá na condução da política econômica do governo petista. A negociação para dar um lugar à emedebista é mais um capítulo da dificuldade politica de lula em compor nomes e atribuições. A três dias do fim do ano, 15 pastas seguem sem confirmação. O CNN Money de hoje também vai falar sobre a desistência da prorrogação da desoneração de impostos federais sobre combustíveis, que ajudou a derrubar o preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha em 2022. O programa desta quarta-feira também fala sobre o lançamento do RendA+, título do Tesouro específico para aposentadoria. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Wed, 28 Dec 2022 - 793 - Os investimentos mais promissores para 2023
O CNN Money desta terça-feira (27) vai falar dos investimentos mais promissores para 2023. No ano que chega, o cenário previsto ainda é de juros e inflação elevados, inclusive com as perspectivas subindo, como mostrou o Boletim Focus na véspera. O relatório do Banco central mostrou revisão das expectativas da inflação para 2023, 2024 e 2025. O mercado também elevou a expectativa para taxa Selic de 2023 a 12%, de 11,74% no cálculo anterior. Veja o que isso significa para os seus investimentos. Apresentado por Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Tue, 27 Dec 2022 - 792 - Nome para Planejamento é foco da semana; ações nos EUA caminham para pior desempenho desde 2008
Dezesseis ministérios do novo governo serão definidos nesta última semana do ano. Na economia, o grande impasse segue com a pasta do Planejamento. Com Fernando Haddad na Fazenda e nomes mais políticos do que técnicos nos principais cargos da economia, o mercado esperava que o Planejamento pudesse equilibrar um pouco a composição do novo time e dar um ar menos petista e uma cara mais de frente ampla à gestão econômica do governo Lula. Quem que seja o escolhido, deve ter dificuldades de tomar decisões mais ao centro. O CNN Money de hoje fala sobre as expectativas para a semana e também fala sobre o mercado de ações nos Estados Unidos, que caminha para ter o seu pior desempenho desde 2008. O S&P, por exemplo, já acumula uma queda de 6% em dezembro e caiu quase 20% no acumulado do ano. O Nasdaq, índice que reúne ações de empresas de tecnologia, também acumula queda, com recuo de quase 34% no ano. Apresentado por Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Mon, 26 Dec 2022 - 791 - Equipe econômica de Lula mostra cara mais de petista que de frente ampla
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou no dia anterior 16 novos nomes que estarão à frente de ministérios do seu próximo governo. Entre eles, alguns ligados à gestão econômica. Segundo especialistas, o balanço geral dos nomes anunciados mostra que a equipe econômica de lula tem cara mais petista do que de frente ampla. Apresentado por Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Fri, 23 Dec 2022 - 790 - Congresso aprova reajuste para ministros do STF em meio à promulgação da PEC do Estouro
O Congresso promulgou a PEC do Estouro no dia anterior, depois que o Senado aprovou a proposta em segundo turno. O texto também passou pela Câmara, mas com alterações, como a redução do prazo de vigência da proposta para um ano. No mesmo dia em que a PEC foi promulgada, o Congresso concedeu reajuste de 18% a ministros do STF, um dia depois de também autorizar reajustes de quase 40% a políticos. Especialistas em contas públicas avaliam os aumentos salariais em meio às discussões de corte de gastos e alocação de recursos para o orçamento do próximo ano. Apresentado por Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Thu, 22 Dec 2022 - 789 - Redução de prazo da PEC anima mercado; por que as passagens não param de subir?
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (20), o texto-base da PEC do Estouro, viabilizando a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 mensais a cada beneficiário por meio da expansão do teto de gastos em R$ 145 bilhões no próximo ano. Apresentado por Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Wed, 21 Dec 2022 - 788 - Juros futuros pressionados com indefinição da política econômica de Lula
A semana entra em um dia decisivo para a PEC do Estouro, que deve ser votada e pode ter uma parte do caminho do orçamento do próximo ano definido. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe avaliam os movimentos a serem tomadas em meio à decisão de Gilmar Mendes sobre o Bolsa Família e a derrubada do orçamento secreto pelo STF. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Tue, 20 Dec 2022 - 787 - Decisão do STF sobre Bolsa Família fora do teto preocupa o mercado
O ministro do STF Gilmar Mendes permitiu que o pagamento do Bolsa Família seja feito via crédito extraordinário, por meio de Medida Provisória. Isso significa que os benefícios destinados a garantir uma renda mínima aos brasileiros podem ser excluídos do teto de gastos, o que deixa o mercado atento e preocupado em relação ao cenário fiscal do país. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Mon, 19 Dec 2022 - 786 - Alta de juros no mundo traz reversão de expectativas; PEC empaca no congresso
A semana trouxe uma reversão de expectativas para o mercado. Na última quarta-feira (14), o Federal Reserve System (Fed, o banco central dos Estados Unidos) elevou a taxa de juros de referência em 0,5 p.p., depois de quatro elevações seguidas de 0,75 p.p. -- portanto, trazendo uma desaceleração no ritmo de alta. Na quinta-feira (15), zona do euro, Reino Unido, Suíça, Dinamarca, Noruega, México e Taiwan subiram suas taxas de juros, mostrando que, de fato, quando os Estados Unidos sobem a régua, o mundo todo tem que seguir a esteira. Olhando com uma lupa, os bancos centrais de algumas das principais economias do mundo -- EUA, Reino Unido e zona do euro -- contrariam uma expectativa que viria como um presente de Natal para os investidores. Enquanto o mercado esperava uma sinalização de que, a partir do ano que vem, as taxas de juros iriam estacionar ou começar a cair, as autoridades monetárias disseram que ainda não é o momento de pisar no freio. Tanto o Banco Central Europeu (BCE) quanto o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) subiram os juros também em 0,5 p.p, com declarações apontando para a necessidade de continuar elevando as taxas de referência em um ritmo menor, mas contínuo. No cenário doméstico, a PEC do Estouro empacou na Câmara dos Deputados, com o Centrão desagradado com o mapa político dos ministérios desenhado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No Senado, a Lei das Estatais também empacou, com Rodrigo Pacheco trazendo uma bem-vinda dose de moderação e zelo para analisar o marco regulatório que trouxe estabilidade na gestão de empresas públicas do país. No episódio desta sexta-feira, o CNN Money analisa os movimentos de altas de juros da semana e o que esperar do cenário político-econômico do país daqui para frente. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Fri, 16 Dec 2022 - 785 - Petrobras perde "uma Ambev" em valor de mercado com mudança na Lei das Estatais
As ações ordinárias da Petrobras despencaram em quase 10% no pregão encerrado na última quarta-feira (14), com uma perda estimada em mais de R$ 30 bilhões em valor de mercado. A queda só não foi maior que a registrada em 22 de fevereiro de 2021, quando a saída de Roberto Castello Branco acirrou os rumores de uma possível interferência política do governo Jair Bolsonaro (PL) no cerne da estatal. Desde o pico de R$ 520,6 bilhões em valor de mercado no último dia 21 de outubro, a Petrobras perdeu mais de R$ 219 bilhões -- o equivalente a praticamente uma Ambev inteira, que, considerada a cotação de fechamento de suas ações na quarta, vale hoje R$ 238 bilhões. A justificativa para o tombo recai na volta do fantasma da interferência política nas empresas públicas, aflorado pela mudança relâmpago na Lei das Estatais na noite da última terça, na Câmara dos Deputados. Por causa da indicação de Aloizio Mercadante para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), parlamentares aprovaram a mudança no chamado período de quarentena de 36 meses para 30 dias -- o que, na leitura de analistas de mercado, é entendido como um enfraquecimento da Lei das Estatais. Apesar das alterações ainda precisarem passar pelo Senado, a movimentação já traz uma sinalização muito ruim aos investidores, à medida que acirra temores de uma postura intervencionista de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na maior empresa do país. No episódio desta quinta-feira, o CNN Money se debruça sobre as causas e consequências do tombo histórico da Petrobras, além de repercussões da alta de juros pelo Federal Reserve System (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em 0,5 p.p. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Thu, 15 Dec 2022 - 784 - Brasil vive meme de "expectativa e realidade" com anúncios da equipe econômica
Se um meme fosse capaz de traduzir o Brasil, pelo menos na última terça-feira (14), seria o "Expectativa x Realidade". O novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), fez um discurso moderado em sua primeira coletiva após a nomeação. Ao confirmar Bernard Appy como secretário especial para reforma tributária, enaltecer o mercado de capitais, prometer equilíbrio entre responsabilidade fiscal e social e se comprometer a entregar o quanto antes sua proposta para o novo arcabouço fiscal, o ex-prefeito de São Paulo fez jus ao seu apelido de "o mais tucano dos petistas". Esse é o lado da "expectativa". Do lado da "realidade", a Câmara dos Deputados aprovou, no final da noite de terça, uma mudança na Lei das Estatais que permite que Aloizio Mercadante assuma a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A manobra do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), antecipa um arranjo político azeitado desde já para o próximo governo. Depois de confirmar que Mercadante no BNDES era fato, e não boato, Lula bradou que as privatizações acabaram. No campo da realidade, já em prática, o Banco Central registrou seu alerta sobre os riscos que uma reversão de reformas, como a de ontem, e o uso de bancos políticos, como o esperado de Mercadante no BNDES, tenha um desfecho certeiro: a alta da inflação, e não o crescimento da economia. No episódio desta quarta-feira (14), o CNN Money analisa o perfil que vai se formando na equipe econômica e a reação do mercado financeiro ao arranjo do novo governo. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Wed, 14 Dec 2022 - 783 - Especulações de Mercadante em cargos públicos acirram riscos em semana agitada
A semana começou com uma série de riscos que provocaram correções fortíssimas nos preços do mercado. Os rumores de uma possível ida de Aloizio Mercadante à presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e, na tarde da última segunda-feira (13), da Petrobras, afetaram os ativos brasileiros em cheio. O Ibovespa fechou o dia em queda de 2,02%, a 105.343,33 pontos, menor patamar de fechamento desde 3 de agosto. Antigo aliado do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Mercadante fez muitos favores ao petista no passado, e existe uma ideia de que uma possível indicação do ex-ministro ao "segundo escalão" da equipe econômica seria uma espécie de recompensa aos quadros históricos do PT. A ida de Mercadante ao BNDES ou à Petrobras alimentam impressões de um governo gastador, menos responsável do ponto de vista fiscal, e também aponta para uma tendência de sobrepor política à técnica. Os rumores vêm na esteira da indicação de Fernando Haddad (PT) ao Ministério da Fazenda, na última sexta-feira. A análise feita por especialistas é que, apesar do mercado não ser favorável à indicação do ex-prefeito de São Paulo ao cargo, ele seria uma espécie de meio termo entre nomes políticos e técnicos. Coube a ele, inclusive, baixar a temperatura quanto a especulações de que Lula estaria estudando mudar a Lei das Estatais. Haddad disse que os rumores não procediam e acalmou os ânimos, em uma semana que já engatou agitada. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Tue, 13 Dec 2022 - 782 - Haddad na Fazenda e rumores de Mercadante no BNDES agravam incerteza nos mercados
A escolha de Fernando Haddad (PT) para o Ministério da Fazenda seria capaz de conter a incerteza sobre a gestão econômica do próximo governo -- não fosse tão carregada de política. A lealdade ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevaleceu sobre seu título de mestre em Economia, sinalizando mais influência do petista na condução da pasta. Por isso, a dúvida sobre quem vai compor toda a equipe econômica e qual será seu novo organograma mantém a incerteza em alta. O nome de Aloizio Mercadante é dado como certo para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) -- um péssimo sinal sobre a gestão do banco que foi o maior instrumento de crédito subsidiado nos mandatos petistas. Mercadante, intervencionista clássico, já deu pistas de que quer esvaziar o Planejamento, considerado estratégico para a gestão do Orçamento, e de que quer o BNDES sob o guarda-chuva do Ministério da Indústria e Comércio, que será recriado. Numa economia onde o setor de serviços representa quase 70% do Produto Interno Bruto (PIB), a equação não faz sentido. Quando enfrentou as manifestações de junho de 2013 na Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad sabia que a onda de protestos nunca foi pelos 20 centavos a mais na tarifa de ônibus. Da mesma forma, sabe que sua nomeação não será redentora, ou fiadora, de uma gestão responsável do terceiro mandato de Lula. No episódio desta segunda-feira (12), o CNN Money discute ainda as expectativas de novos anúncios de ministros e da diplomação de Lula e Geraldo Alckmin, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Mon, 12 Dec 2022 - 781 - Mercados começam sexta-feira à espera de anúncio sobre ministros de Lula
Esta sexta-feira (9) guarda grandes expectativas. Fora as quartas de final entre Brasil e Croácia, na Copa do Mundo, a data reserva um importante capítulo para a economia e a política do país. Como antecipado ontem, o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve começar a anunciar alguns de seus ministros -- e o petista Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, deve ser nomeado à Fazenda. A escolha, segundo analistas consultados, tem a ver com o fato de ser um ministério midiático, ideal para lançar um possível sucessor de Lula, que, aos 77 anos, diz não pretender concorrer à reeleição em 2026. Haddad é praticamente dado como certo, embora dúvidas pairem no segundo escalão da economia, como quem vai estar à frente do Tesouro Nacional, Receita Federal, BNDES, Caixa Econômica, Banco do Brasil, além dos nomes para Planejamento e Indústria e Comércio, que não devem ser indicados hoje. Economistas consideram que Haddad fez uma boa gestão fiscal na Prefeitura de São Paulo e, por isso, não esperam que o petista ignore por completo a sustentabilidade das contas públicas. Há riscos, porém, de um Estado maior, com aumento de tributação para fazer frente aos gastos pretendidos com a PEC e outras mudanças estruturais. Com um governo mais gastador, Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde, resume bem o que o mercado pensa: o Brasil pode voltar ao modelo em que o governo federal acelera, e o Banco Central breca. Além dos ministérios, pairam no ar incertezas sobre a PEC. A expectativa é de maior resistência na Câmara por conta da pressão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o orçamento secreto. Omar Nascimento (União Brasil), pode ser o relator e diminuir o prazo do texto para um ano, além de eliminar penduricalhos com risco de atrasar a tramitação da proposta. No episódio desta sexta, o CNN Money traz o que esperar do provável novo ministro da Fazenda, e o que a economia do governo Lula pode reservar para o futuro. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Fri, 09 Dec 2022 - 780 - BC mantém Selic em 13,75%, mas alerta para possíveis novas altas; PEC avança
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve, na última quarta-feira (8), a taxa Selic em 13,75% a.a., como esperado. No comunicado que sucedeu à reunião, o Copom, porém, deu um claro recado de que, a depender de como os gastos públicos com a PEC se desenrolarem, um novo aperto monetário pode acontecer, ou os juros permanecerem no elevado patamar por mais tempo. Em análises da quarta-feira, foi quase unanimidade que a redução da Selic, esperada para meados do ano que vem, deve ser deixada em segundo plano. Com o país em um nível de endividamento alto, a tendência é de mais inflação, o que pode forçar o BC a reiniciar o ciclo de altas da taxa de juros, mantendo a economia resfriada por mais tempo. A PEC do Estouro -- aprovada no plenário do Senado ontem -- está avançando a passos largos, de forma a atestar governabilidade ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, ao mesmo tempo, reforçar as preocupações quanto à dívida pública. Embora a espinha dorsal do texto tenha sido reduzida de R$ 175 bilhões para R$ 145 bilhões, o dispositivo que prevê recursos para investimentos diante de uma arrecadação extraordinária, como a de 2022, foi mantido em R$ 23 bilhões -- um "penduricalho" que pode complicar as contas do país. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo. *Publicado por Tamara Nassif
Thu, 08 Dec 2022 - 779 - "Super quarta" envolve decisões sobre PEC, orçamento secreto e Selic
A economia brasileira reserva uma "super quarta-feira" para hoje, com decisões que devem mexer com os mercados. Enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide sobre a taxa Selic, a PEC do Estouro vai a plenário no Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar o orçamento secreto. Começando pelo assunto que tem pautado os noticiários nos últimos dias, a PEC do Estouro passou pela primeira etapa na última terça, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, e sofreu alterações importantes. O Bolsa Família, por exemplo, foi mantido dentro do teto de gastos, com a criação de um espaço adicional dentro da regra fiscal para acomodação do programa. Só isso já impulsionou a Bolsa e mais ganhos são esperados nesta quarta, à medida que investidores digerem a redução do valor final da PEC para R$ 168 bilhões, em vez dos R$ 198 bilhões da proposta original. O julgamento do orçamento secreto no STF também guarda grande expectativa. Se o Supremo julgar que o Centrão não deverá ter mais direito às emendas de relator, o sequestro do Orçamento pelo Legislativo diminui -- mas o governo Lula pode perder parte de seu poder de barganha. A depender da decisão do STF, pode ser que o apoio dos parlamentares ao presidente eleito sofra um baque, e parte da verba pública destinada a negociações com o Congresso seja afetada. Esta quarta-feira ainda reserva a decisão do Copom sobre a taxa Selic. Embora a expectativa seja de manutenção dos juros em 13,75% a.a., o comunicado após a reunião decisiva pode trazer duros recados ao mercado, inclusive renovando as possibilidades de novas altas por causa do aumento do risco fiscal. No episódio de hoje, o CNN Money discute as perspectivas dessa "super quarta" e analisa o que está em jogo nas decisões que devem pautar os mercados daqui para frente. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Wed, 07 Dec 2022 - 778 - PEC de R$ 200 bilhões deve ser votada nesta terça no Senado
A PEC da Transição avança depois de meses de discussões e falta de consenso. A proposta deve ser votada nesta terça-feira (6), às 9h30, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Mas, se por um lado a articulação caminha, por outro, a esperada desidratação do valor da PEC no Congresso ainda não veio. O texto que será votado ainda ficou em R$ 200 bilhões, o que desagrada o mercado, ainda que o prazo tenha sido diminuído de quatro para dois anos. A definição do relator -- Alexandre Silveira (PSD-MG) -- também não agradou, já que o escolhido é cotado para o Ministério da Infraestrutura por indicação do senador Davi Alcolumbre (União Brasil) e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). A avaliação é que Silveira poderia fazer concessões para a proposta chegar aos R$ 200 bilhões do texto original. Em meio ao risco fiscal de aumento de gastos, as projeções de juros vão subindo, e a expectativa é que a Selic fique alta por mais tempo. No exterior, indicadores seguem mostrando a economia dos Estados Unidos, forçando a régua mundial das taxas de juros para cima. No episódio desta terça, o CNN Money discute como os riscos locais se conectam com o cenário global ainda incerto, além de perspectivas sobre os ciclos de aperto monetário que seguem no radar. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Tue, 06 Dec 2022 - 777 - PEC da Transição terá semana decisiva; BC decide sobre Selic na quarta-feira
Começa mais uma semana decisiva para o novo governo. Membros do grupo de transição devem se reunir na manhã desta segunda-feira (5) com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Republicanos), para chegar a um consenso sobre o texto da PEC de Transição -- apelidada de PEC do Estouro. O prazo é apertado. O texto precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da Câmara, e pelo plenário do Senado Federal na terça e na quarta. Em seguida, deve seguir para a Câmara para que tudo esteja resolvido até o dia 16 de dezembro, prazo para a votação do Orçamento de 2023 e um dia antes do início do recesso parlamentar de final de ano. O atual governo também deve entrar nas discussões. Sem dinheiro para pagar sequer as despesas com Previdência deste ano, a gestão Bolsonaro pode precisar pegar carona na PEC para fazer o que seria o sexto furo no teto de gastos e fechar as contas no apagar de luzes de 2022. Para além de curiosa, a participação do atual governo nas conversas da equipe de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é indício de que o teto de gastos precisa, de fato, passar por uma reformulação estrutural. Na quarta-feira, está previsto o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o orçamento secreto, e a semana ainda guarda decisões sobre a taxa Selic e dados da inflação de novembro. Lá fora, o teto de US$ 60 imposto sobre o petróleo russo por potências ocidentais do G7, em represália à guerra na Ucrânia, começa a valer nesta segunda. A sanção traz enormes dúvidas quanto aos impactos em termos de fornecimento da commodity e preços no mundo todo. No episódio desta segunda, o CNN Money aborda as perspectivas para a cheia agenda da semana no noticiário político, econômico e internacional. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Mon, 05 Dec 2022 - 776 - Petrobras divulga plano estratégico a menos de 1 mês da posse de Lula; ações caem
A Petrobras apresentou seu plano estratégico para os próximos cinco anos na última quinta-feira (1.º). A empresa anunciou que deve fazer um investimento de US$ 70 bilhões de 2023 a 2027, e também comentou que o foco, daqui para frente, será na extração de petróleo. O plano não trouxe novidades e ficou dentro do que era esperado em termos de investimento e foco, mas, na quinta, as ações preferenciais da Petrobras caíram em um pouco mais de 4%, enquanto as ordinárias fecharam em queda de 3,75%. Isso porque, logo depois que o plano estratégico foi apresentado, já se tinha uma percepção de que estava velho e que deve mudar em menos de um mês, quando o governo eleito assumir. Falas do senador Jean Paul Prates (PT), nome mais cotado para assumir a presidência da Petrobras, ajudaram a corroborar com a perspectiva. Logo depois, bancos soltaram recomendações à empresa. O que fica é que a Petrobas, no governo Lula, deve ter uma gestão muito diferente da do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). No episódio desta sexta-feira (2), o CNN Money se debruça sobre as minúcias do plano estratégico. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Fri, 02 Dec 2022 - 775 - Centrão se fortalece em discussão sobre PEC; Lira articula orçamento secreto
Em meio às discussões sobre a PEC do Estouro, o Centrão tem demonstrado sua força. Depois de se reunir com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Arthur Lira (Progressistas), presidente da Câmara dos Deputados, disse que o texto da PEC não passa como está. É provável que o prazo de retirada do Bolsa Família do teto de gastos seja menor que os quatro anos previstos no texto, além de uma desidratação no valor de R$ 198 bilhões. Em resposta, a Bolsa subiu e o dólar caiu, com investidores comprando a versão de que o Congresso vai segurar os gastos do governo. Mas, como dizem os economistas, o mercado é míope e imediatista, e aparenta não colocar na conta o fortalecimento do fisiologismo sobre as contas públicas. Ao mesmo tempo em que o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) bloqueou recursos do Orçamento Secreto, em resposta à aliança de Lira com PT, o presidente da Câmara já se articula para colocar a previsão de liberação das chamadas emendas do relator deste ano para dentro da PEC da Transição, e ainda tenta blindar as verbas do Orçamento Secreto do ano que vem. Segundo apuração do analista de política da CNN, Caio Junqueira, uma emenda seria apresentada ao texto da PEC, que permitiria a liberação de recursos ainda em 2022. Em troca, Lira libera a PEC. Mais dinheiro para o Centrão significa mais dinheiro para os projetos políticos de partidos em seus redutos eleitorais, e, como o cobertor é curto, menos verba para o resto. No episódio desta quinta-feira (1.º), o CNN Money discute as previsões para a PEC da Transição e o empoderamento do Centrão no Orçamento. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Thu, 01 Dec 2022 - 774 - Rumores de novos nomes para Fazenda e desidratação da PEC animam mercados
No desfecho da última terça-feira (29), os mercados foram dormir animados.
Em reação a rumores ventilados por notícias envolvendo o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quase todas sinalizando uma mudança de postura quanto às principais pautas da transição na economia, a Bolsa subiu em quase 2% e o dólar caiu a R$ 5,29.
A maior delas é que Lula teria voltado a cogitar outros nomes para o Ministério da Fazenda, em especial o do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). Segundo apurado pelo site Poder360, a ideia é que Fernando Haddad (PT) -- até ontem o principal cotado para a pasta -- vá para o Ministério do Planejamento, que deve ser recriado a partir de 2023.
Outros nomes também foram citados para a Fazenda, segundo o Estadão Brodcast: Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, e Josué Gomes, da Fiesp. O rumor aponta que o setor do empresariado também poderia ser contemplado, aliviando investidores que temiam um modus-operandi mais heterodoxo na nova gestão econômica.
Ainda na terça-feira, petistas e aliados teriam admitido que a PEC da Transição, apelidada de PEC do Estouro, poderia ser desidratada no Congresso, principalmente na redução do valor de R$ 198 bilhões e do prazo de 4 anos de vigência do texto. A proposta já recebeu mais do que as 27 assinaturas necessárias para começar a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal e deve ser discutida em breve.
O analista de política da CNN, Caio Junqueira, ainda apurou que o presidente eleito teria se reunido por mais de 5 horas com economistas do grupo de transição, em encontro no qual Lula mais ouviu do que falou. A leitura geral é que o teto de gastos não existe mais, na prática, e deve ser substituído -- mas não só por uma nova regra, e sim mais de uma, configurando a necessidade de um arcabouço fiscal.
No episódio desta quarta-feira, o CNN Money traz as expectativas da transição de governos na economia e análises sobre os nomes recém-cotados para as principais pastas do governo Lula.
Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Wed, 30 Nov 2022 - 773 - A R$ 198 bilhões, PEC é protocolada no Senado; Haddad se aproxima da Fazenda
A PEC da Transição, que propõe mudar a Constituição para viabilizar o Bolsa Família em R$ 600 no ano que vem, foi protocolada no Senado Federal pelo governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O texto manteve a proposta original de tirar R$ 175 bilhões do teto de gastos e deixar uma gordurinha de R$ 23 bilhões para investimentos, totalizando R$ 193 bilhões. Ainda assim, interlocutores do novo governo falam em discutir valores menores, de R$ 150 bilhões ou menos, e ainda considerar a proposta do senador Tasso Jereissati (PSDB), que não tira o Bolsa Família do teto, mas abre espaço de R$ 80 bilhões no teto.
Entre diferentes valores e propostas, o fato concreto é que já se passaram 3 semanas sem avanços da PEC. O PT chegou a achar que a negociação seria mais fácil, mas o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), está praticamente reeleito ao cargo, diminuindo a necessidade de apoio do partido.
Diante desse cenário, é provável que o mercado continue refletindo essa indefinição, subindo ou descendo conforme o valor da PEC aumenta ou diminui.
No entanto, outra incerteza pode se dissipar em breve: o nome de quem vai ocupar o Ministério da Fazenda. Na noite da última segunda-feira (28), Fernando Haddad (PT) disse que vai passar a integrar a equipe de transição na Economia a pedido de Lula, confirmando seu favoritismo ao cargo.
O ex-prefeito de São Paulo também disse que irá conversar com Gabriel Galípolo e Guilherme Melo, economistas à frente das discussões econômicas do novo governo. Em aceno às preocupações que dominam os mercados desde que a discussão sobre a PEC começou, Haddad também disse que quem pilotar a Fazenda terá de se apropriar da questão fiscal.
No episódio desta terça-feira (29), o CNN Money discute o novo texto da PEC e as perspectivas daqui para frente, inclusive se essa novela pode ter um desfecho próximo ou não.
Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.Tue, 29 Nov 2022 - 772 - Expectativas sobre detalhes da transição de governo na economia embalam semana
A semana começa com grandes expectativas sobre mais detalhes da transição de governos na economia. O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já recuperado da cirurgia na laringe, desembarcou em Brasília no último domingo à noite (27) acompanhado de Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo e principal nome cotado ao Ministério da Fazenda. Em meio às reuniões previstas com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (Progressistas) e Rodrigo Pacheco (PSD), respectivamente, além de outros parlamentares, espera-se que o novo governo dê mais informações sobre a PEC da Transição, também chamada de PEC do Estouro, e talvez sobre quem de fato será o ministro da Fazenda. Na última sexta-feira, Haddad participou do almoço com banqueiros organizado pela Febraban. Seu discurso foi considerado genérico e não trouxe detalhes sobre os planos do governo Lula para pagar o Auxílio Brasil, que volta a se chamar Bolsa Família a partir do ano que vem, em R$ 600. Para críticos, a avaliação foi que a falta de preparo de Haddad para o evento reflete como seria uma possível gestão do petista na pasta econômica. Já apoiadores, por outro lado, dizem que o ex-prefeito fez o que pode, já que ainda não é ministro da Fazenda, não está por dentro das discussões e foi escalado para o almoço de última hora. A Bolsa brasileira -- que subiu na quinta-feira com a possível dobradinha de Haddad com Pérsio Arida, um dos pais do Plano Real -- devolveu os ganhos na sexta com as indefinições. No final de semana, o evento promovido pelo grupo Esfera, no Guarujá (SP), contou com Floriano Pesaro (PSDB), coordenador executivo da equipe de transição de Lula. Ele justificou os impasses em Brasília dizendo que "estamos trocando o CEO da empresa chamada Brasil". Emídio de Souza, deputado estadual do PT, completou dizendo que até uma empresa funcionar redonda, demora. Já os empresários, em resposta, falaram sobre o diálogo entre setores público e privado, e a importância de unir um país dividido para avançar em pautas que podem levar ao crescimento econômico. No episódio desta segunda-feira (28), o CNN Money discute os caminhos possíveis para o avanço da economia em meio às incertezas, e as expectativas que a semana guarda. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Mon, 28 Nov 2022 - 771 - Possível dobradinha de Haddad e Pérsio Arida na economia traz alívio ao mercado
Uma palavra resume o espírito desta reta final da semana: alívio. O Brasil passou bonito pela estreia da Copa do Mundo, e, na economia, a possível dobradinha de Fernando Haddad e Pérsio Arida no ministério da Economia animou os mercados, com a Bolsa subindo quase 3% e o dólar em queda, a R$ 5,31. Segundo apuração da âncora do CNN Money, Priscila Yazbek, a frente ampla diminui a chance do PT ficar com a Fazenda e o Planejamento. Se Haddad de fato for nomeado ao comando da primeira pasta, Pérsio Arida seria a indicação do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), para o Planejamento. A dúvida que fica é se Arida, que já foi presidente do Banco Central e é um dos pais do Plano Real, toparia uma cadeira abaixo da de Haddad. Por enquanto, nada segue definido, mas, pela primeira vez em algum tempo, este foi o primeiro sinal de que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode fazer uma gestão econômica mais ao centro, com Arida levantando a bandeira da responsabilidade fiscal. Algumas dúvidas também podem ser dissipadas nesta sexta-feira (25). Alckmin, Gleisi Hoffman, Wellington Dias e Jaques Wagner viajam a São Paulo e podem definir alguns detalhes da PEC do Estouro com Lula. Também nesta sexta, Haddad foi escalado para participar do tradicional almoço da Febraban, reforçando ser um nome forte para a Fazenda. Há ainda outro ponto que vale menção: Arthur Lira (Progressistas) conseguiu apoio do União Brasil para se reeleger à presidência da Câmara dos Deputados, e isso dificulta o surgimento de outro candidato viável. A leitura é que Lira, agora, vai precisar menos do PT para se manter no cargo, o que pode reduzir o custo da PEC. No episódio desta sexta, o CNN Money vai falar dos novos episódios da transição de governos na economia, e, olhando para o exterior, sobre as perspectivas para o inverno europeu, com a União Europeia ultrapassando a meta de reserva de gás natural em meio à guerra na Ucrânia. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Fri, 25 Nov 2022 - 770 - BC volta a falar em subir Selic em meio a indefinições da PEC do Estouro
O terceiro adiamento do texto da PEC do Estouro mostra a complexidade de se chegar a um consenso sobre tamanho e prazos. O governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda deve batalhar para que a proposta seja apresentada até o dia 2 de dezembro e votada ainda neste ano, a menos de um mês do início do recesso dos parlamentares. Diante desse cenário, a solução para aumentar os gastos via Medida Provisória vem ganhando força -- uma saída para manter o Bolsa Família em R$ 600, já que MPs dependem apenas do Executivo para serem editadas e têm força de lei assim que publicadas. Nessa toada de incertezas, o Brasil volta a discutir a taxa Selic. Se era motivo de comemoração o fato dos juros terem parado de subir aqui enquanto o resto do mundo ainda ajusta as taxas para cima, agora o cenário se inverte. Antes das discussões da PEC, a previsão era que a Selic começasse a cair a partir do meio do ano que vem, mas o Banco Central já tem sinalizado que, a depender da política econômica do novo governo, pode ser que ela volte à trajetória de subida. Na última quarta-feira (23), a palavra "inflexão" foi enfatizada nas declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que ecoou as perspectivas de economistas sobre um aperto na política monetária brasileira. Em paralelo, os juros futuros chegaram a 15%, o maior nível desde 2016. O movimento aconteceu exatamente no mesmo dia que o Federal Reserve System (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deu fortes sinais que vai começar a reduzir os juros da maior economia do mundo a partir de meados do ano que vem. O que se vê é que o Brasil flerta com seu velho padrão de andar na contramão do mundo. Para economistas, não é só a PEC, mas a dinâmica de tudo que tem sido falado pelo novo governo, de Petrobras e oposição de fiscal com social aos nomes aventados para o Ministério da Fazenda. O cenário aponta para um aumento de gastos, juros altos e esfriamento da economia -- e, se acaso se concretizar, não será só o mercado que terá de ter paciência, mas toda a atividade econômica do país. No episódio desta quinta-feira, o CNN Money discute a trajetória da taxa de juros do Brasil e as perspectivas pouco animadoras para a economia. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Thu, 24 Nov 2022 - 769 - PEC do Estouro sem contraproposta para regra fiscal agrava quadro de incerteza
Incerteza é o nome do jogo. A PEC da Transição, ou PEC do Estouro, deve ser protocolada nesta quarta-feira (23) no Senado Federal, mas estão indefinidos valores, prazo para manter o Bolsa Família fora do teto e a moeda de troca que o Centrão muito provavelmente irá pedir para que a proposta passe. Uma quarta indefinição coroa o quadro e começa a incomodar tanto quanto as outras, se não mais: o texto deve ser apresentado sem que uma nova regra fiscal apareça no pacote. Ou seja, a PEC de Transição deve enterrar de vez o teto de gastos, e sem trazer nenhuma outra no lugar. O entendimento é que o novo governo quer deixar a "parte chata" para depois. Além disso, tanto o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), quanto Aloizio Mercadante, fundador do PT e coordenador dos grupos técnicos do processo de transição, falam em discutir as novas regras fiscais fora da Constituição por meio de uma Lei Complementar, que exige maioria simples dos parlamentares - 41 senadores e 257 deputados. O comentário dos economistas é que, se já está fácil para a classe política gastar dinheiro precisando de maioria qualificada, de 308 deputados e 49 senadores, a maioria simples pode abrir ainda mais caminho para que as regras do jogo sejam mudadas. No episódio desta quarta, o CNN Money se debruça sobre os riscos que o quadro fiscal desenhado no processo de transição de governos traz à economia do país. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Wed, 23 Nov 2022 - 768 - Após minuta de R$ 200 bi, novo texto da PEC do Estouro deve ser apresentado hoje
O texto da PEC da Transição -- apelidada de PEC do Estouro -- deve ser apresentado nesta terça-feira (22) pela equipe de transição do governo. A minuta inicial previa um estouro no teto em R$ 200 bilhões, mas o número causou tanto ruído que, agora, os integrantes já discutem uma redução em torno de R$ 100 bilhões. Tem quem diga que a primeira proposta pode ter sido, na verdade, um balão de ensaio -- ao enviar um valor mais alto, o governo esperava colher um intermediário. Fato é que o Congresso Nacional quer colocar freios nos valores, e duas propostas alternativas, com cifras inferiores a R$ 100 bilhões, foram apresentadas pelos senadores Alessandro Vieira e Tasso Jereissati, ambos do PSDB. Além dos valores, os prazos não são consenso. O governo, por exemplo, quer tirar o Bolsa Família do teto de gastos de forma permanente -- coisa que o Congresso recusa, para não entregar o pedido de bandeja e perder poder de barganha ano a ano. E, para o aperto de mãos entre parlamentares e governo acontecer, o custo pode ser alto. O centrão já articula a institucionalização do Orçamento Secreto e inclusive negocia o aumento do valor destinado às emendas de relator já em 2022. Ao mesmo tempo, enquanto as discussões sobre o ano que vem seguem acaloradas, o governo Bolsonaro deve divulgar, também nesta terça, um relatório sobre despesas e receitas da União, o que pode trazer um novo bloqueio de recursos. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Tue, 22 Nov 2022 - 767 - Expectativas para nomeação de ministro da Fazenda dobram com retorno de Lula
A semana passada foi marcada por altos e baixos. Se, por um lado, as falas na última quarta-feira (16) do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a pauta ambiental foram elogiadas na COP27, na quinta-feira os questionamentos sobre responsabilidade fiscal assustaram economistas. O desfecho da semana, porém, deu uma acalmada nos ânimos: Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff, deixou o grupo de transição do governo, e o presidente eleito disse que irá aceitar conselhos "se forem bons", em referência à carta escrita por Pedro Malan, Armínio Fraga e Edmar Bacha. Nela, os economistas disseram compartilhar da preocupação de Lula com a pobreza, mas defenderam que o desafio é tomar providências que não criem problemas maiores do que aqueles que se quer resolver. Com Lula de volta ao Brasil, a semana começa com a expectativa que o nome do novo ministro da Fazenda seja anunciado, o que pode reduzir o nível de incerteza. Mas, a depender de quem for o indicado ao comando da economia e dos próximos passos da PEC do Estouro, o pessimismo pode aumentar. De concreto, o que se tem até agora são promessas de mais gastos, embora não haja detalhes ainda sobre como a conta será paga e em que pé estarão as novas regras fiscais. Em resposta, os alertas ao descontrole das contas públicas vêm se multiplicando. A Instituição Fiscal Independente (Ifi), órgão vinculado ao Senado Federal, mostra que o quadro atual aponta para um aumento do endividamento do país e contas públicas no negativo até 2031. No episódio desta segunda-feira (21), o CNN Money vai tratar das expectativas para a transição do governo Lula na economia, bem como o que esperar da semana que se inicia. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Mon, 21 Nov 2022 - 766 - Falas de Alckmin e saída de Mantega colocam panos quentes sobre "risco Lula"
Contrariando a aliança que se formou em seu entorno agora, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem evocado a lembrança do chamado "risco Lula" de 2002. A nostalgia não é de boas lembranças -- deveria, aliás, ter servido de aprendizado, coisa que ainda não apareceu no discurso do petista. Coube a Geraldo Alckmin (PSB), ex-tucano, ex-adversário e agora voz apaziguadora no entorno da Presidência, estancar, com alguma paciência, a profecia profetizada de Lula sobre o efeito de sua fala "a Bolsa vai cair, o dólar vai subir, paciência". Assim aconteceu. Com a fragilidade de uma promessa de campanha, Alckmin disse à CNN que a discussão sobre uma nova regra fiscal e corte de despesas não é desse momento, mas virá. E dificilmente irão desistir de deixar o Bolsa Família fora dos limites fiscais. De tom assertivo e professoral, os economistas Pedro Malan, Armínio Fraga e Edmar Bacha escreveram a Lula dizendo que o desafio não é criar problemas maiores do que aqueles que se quer resolver, sob pena do "povo tomar na cabeça outra vez". A demonização do mercado também foi combatida por muitas vozes que apoiaram Lula, mas a saída de Guido Manteg, ex-ministro da Fazenda dos governos petistas, da equipe de transição foi o que acabou reduzindo o estrago no final do dia. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Fri, 18 Nov 2022 - 765 - Discurso de Lula na COP27 reforça incertezas após minuta da PEC da Transição
O discurso do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta quinta-feira (17), colocou mais pressão sobre um mercado já pressionado. Diretamente da COP27, no Egito, Lula voltou a criticar o teto de gastos e a antagonizar responsabilidade social com responsabilidade fiscal. "Quando você coloca uma coisa chamada teto de gastos, tudo o que acontece é você tirar dinheiro da saúde, da educação, da cultura", disse o petista. As críticas ao mecanismo do teto de gastos, bem como aos "ganhos de especuladores", prometem mais um dia difícil para o mercado financeiro, na esteira da apresentação da Proposta de Emenda à Constituição apresentada na última quarta pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). A PEC apresentada pela equipe de transição, acaba, em quatro anos, com o que a Reforma da Previdência deveria economizar em dez. Prevaleceu a pior ideia do ponto de vista mercadológico: Lula quer quase R$ 200 bilhões por ano fora dos limites dos gastos, e sem prazo definido. O cheque em branco vai sair caro, à medida que a expectativa pela redução dos juros a partir de meados do ano que vem saiu do cenário. A taxa dos contratos de janeiro de 2024 fechou em 14%, acima da atual Selic, e a dívida pública deve subir rapidamente com gastos liberados e sem regras fiscais. Na visão do mercado, o plano de Lula transforma necessidades reais em risco e incerteza. No episódio desta quinta-feira, o CNN Money vai analisar as minúcias do discurso de Lula, além de detalhes da PEC apresentada ao Congresso Nacional. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Thu, 17 Nov 2022 - 764 - Política fiscal de Lula segue no centro do debate em meio a tensões geopolíticas
"No Brasil, nada é tão permanente quanto um programa de gastos temporário." A frase é de Pérsio Arida, que está na equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De Nova York, onde participam de um evento com empresários brasileiros, Arida, Henrique Meirelles e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), fizeram coro aos riscos sobre a falta de transparência, credibilidade e responsabilidade fiscal em meio às discussões sobre a PEC de Transição, enquanto Lula atende à COP27, no Egito. Os mercados brasileiros seguem atentos às movimentações da política econômica do governo eleito, ainda tateando no escuro, ao mesmo tempo em que a geopolítica da guerra na Ucrânia ganhou uma nova camada de tensão na última terça-feira (16): dois mísseis caíram numa área rural da Polônia, a 5 km da fronteira com a Ucrânia, e mataram ao menos duas pessoas. Foi a primeira vez em quase nove meses de guerra que um país da Otan foi atingido, levantando hipóteses sobre um possível envolvimento no conflito de outras potências ocidentais, baseado no Artigo 5º da Carta da aliança. Especialistas em temas militares poloneses duvidam que tenha sido um ataque intencional, e, nesta quarta, as discussões sobre a autoria dos projéteis já trouxeram algum alívio quanto a temores de uma escalada na guerra. Também segue no radar a inflação ao consumidor do Reino Unido, que, em 11,1% em outubro, superou as expectativas do mercado e o patamar anterior, de setembro. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Wed, 16 Nov 2022 - 763 - Opção considerada menos radical para Orçamento de 2023 alivia mercados
A informação de que a mudança no orçamento federal pode não ser tão radical segurou o mercado brasileiro nesta segunda-feira (14). A contraproposta à PEC de permanência dos gastos fora dos limites é mais conservadora, com previsão de R$ 130 bilhões, com valores definidos para cada despesa e validade de apenas um ano e não de quatro, ou mesmo para sempre. O quarteto encarregado de formular a espinha dorsal da política econômica do governo Lula não fala oficialmente. O CNN Money de hoje fala também sobre a 17ª reunião de cúpula do G20, grupo com as vinte maiores economias do mundo, que começa nesta terça-feira (15). Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Tue, 15 Nov 2022 - 762 - Enquanto Lula vai à COP27, "bombeiros" do PT tentam sinalizar racionalidade à PEC
O Brasil tem feriado amanhã, com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajando para a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP 27), no Egito, onde será uma das estrelas, já que a Amazônia está no centro do debate climático no mundo. Enquanto ele estiver falando em Sharm el Sheikh, aqui no Brasil, os "bombeiros" do PT e do entorno do governo de transição tentam sinalizar alguma racionalidade na construção da PEC que vai mudar o orçamento do próximo ano. A reação dos mercados na semana passada acionou receio do exagero na liberação fiscal, com a possibilidade de retirada permanente dos benefícios sociais do teto de gastos. O CNN Money de hoje fala também da expectativa pela chegada de lula na COP27 e do encontro dos presidentes americano e chinês, Joe Biden e Xi Jinping no G20 — que, aliás, não vai contar com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Mon, 14 Nov 2022 - 761 - Bolsa tem perda bilionária com temores sobre descontrole fiscal após fala de Lula
A reação dos mercados na última quinta-feira (10) provocou outras tantas reações de tudo quanto é tipo. Em resposta ao discurso do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Bolsa brasileira descolou do exterior, mas não da forma positiva como até então vinha fazendo. Pelo contrário: enquanto os mercados internacionais disparavam com otimismo em relação aos juros dos Estados Unidos, o Ibovespa registrou a maior queda diária desde 7 de setembro do ano passado, e o dólar subiu para quase R$ 5,40, um movimento brusco que não acontecia desde março de 2020, com o estouro da pandemia. A queda acentuada ocorreu desde a abertura do mercado, às 10h, mas foi intensificada após as falas de Lula pela manhã. O petista questionou a concentração do debate econômico em torno de temas como a estabilidade fiscal e afirmou que há gastos do governo que precisam ser observados como investimento. A frase "É preciso ter teto de gastos?" arrepiou a espinha de investidores. A leitura é que Lula, ainda vestido de bravatas de campanha, rechaçou o controle das contas públicas e separou responsabilidade fiscal de responsabilidade social, provocando perdas bilionárias em valor de mercado. O medo virou pânico quando o nome do ex-ministro Guido Mantega foi confirmado na equipe de transição, no grupo que vai recriar o Ministério do Planejamento, guichê do Tesouro Nacional e quem executa o Orçamento. Mantega, que foi ministro de Lula e Dilma, foi apontado como o responsável pela adoção da nova matriz econômica que colocou o Brasil na pior crise em décadas, em 2015 e 2016. O episódio do CNN Money desta sexta-feira (11) coloca em perspectiva o tamanho e a intensidade das perdas do mercado na última quinta, inclusive do ponto de vista de pessoas físicas e investidores menores. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Fri, 11 Nov 2022 - 760 - "Crash" das criptomoedas adiciona mais tensão a mercados internacionais
O mercado internacional vive um momento de incerteza latente, mas, como demonstrado na última quarta-feira (9), há sempre espaço para mais tensão. Em questão de horas, bilhões de dólares evaporaram, à medida que uma crise sistêmica no ecossistema das criptomoedas acionou um alerta ruidoso para os investidores. O bitcoin, o maior ativo do setor, já operava em forte queda durante o ano, mas, na quarta-feira, sofreu um novo baque e voltou ao mesmo patamar de dois anos atrás. O apelidado "crash das criptomoedas" aconteceu devido a um negócio cancelado entre duas das maiores corretoras cripto do mundo, a Binance e a FTX. A primeira tinha se disposto a comprar a segunda, que vive uma intensa crise de liquidez e beira a quebradeira. A Binance, porém, desistiu em menos de um dia após uma análise de risco mais cuidadosa. A reação dos mercados foi gigantesca e o movimento de realocação de recursos preponderou, somado às incertezas quanto às regulações do mundo cripto, que pairam há meses. O banco norte-americano JP Morgan disse, em análise, que essa queda recente é muito mais preocupante que as anteriores, visto que o ecossistema das criptomoedas está mais frágil e comprometido diante da quebra da FTX. A crise sistêmica adiciona mais tensão ao mercado internacional, que, além de todas as outras incertezas acumuladas ao longo do ano, também lida com as eleições de meio de mandato dos Estados Unidos e a divulgação do índice de inflação ao consumidor norte-americano, que deve sair na manhã desta quinta. A expectativa é que a inflação dos EUA reduza até 7,9% -- uma queda em ritmo muito lento, elevando expectativas de maiores aumentos de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Thu, 10 Nov 2022 - 759 - Lula tenta agradar a gregos e troianos com economistas indicados para transição
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em Brasília pela primeira vez desde que venceu a disputa, cumprindo uma agenda de encontros com os chefes de poderes: Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pachedo, do Senado, Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) e Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas o que o mundo quer saber é aquilo que Lula guarda a 7 chaves: quem será seu ministro da Fazenda e como ele irá garantir o cumprimento das promessas de campanha antes de assumir o cargo. Na última terça-feira (8), porém, foram divulgados os nomes escolhidos para atuar na transição de governos. Falando especificamente da equipe econômica, a união de Pérsio Arida, André Lara Resende, Nelson Barbosa e Guilherme Melo diz muito sobre a tentativa do líder petista de agradar a gregos e troianos: são economistas que não têm a mesma formação, tampouco o mesmo pensamento, mas unidos para a mesma finalidade. Enquanto Pérsio Arida e André Lara Resende assinaram juntos o Plano Real e têm um perfil mais pró-mercado, Nelson Barbosa e Guilherme Melo têm as digitais da nova matriz econômica, diretriz adotada por Dilma Rouseff (PT) em seu segundo mandato que, além de ter levado o país à pior crise em décadas, continua a reverberar na fragilidade e desafio fiscal que o Brasil enfrenta até hoje. Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda mais longevo e controverso da história, também apareceu na terça como uma espécie conselheiro do governo de transição. No episódio desta quarta-feira (9), o CNN Money vai tratar do processo de passada de bastão e a reação do mercado financeiro quanto aos nomes indicados para a equipe de transição, bem como à própria eleição de Lula, que contrariou expectativas e resultou em pregões positivos por dias. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Wed, 09 Nov 2022
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