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Semanalmente, em média, damos-lhe conta da actualidade desportiva. Destaque para o desporto lusófono, nomeadamente em África, diáspora e a França.

384 - Douglas Augusto e Aurélio Buta procuram receita para regressarem aos triunfos na Liga francesa
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  • 384 - Douglas Augusto e Aurélio Buta procuram receita para regressarem aos triunfos na Liga francesa

    A décima terceira jornada da primeira divisão de futebol masculino em França ficou encerrada com o triunfo do Marselha por 2-1 perante o Mónaco. Os parisienses lideram, isolados, a liga francesa com 33 pontos, à frente do Marselha e do Mónaco.

    O Paris Saint-Germain, que conquistou dez dos últimos 12 campeonatos,ocupa o primeiro lugar após 13 jornadas nesta temporada 2024/2025da Ligue 1 McDonald´s.

    O PSG empatou a uma bola frente ao Nantes num jogo que decorreu no Parque dos Príncipes, em Paris, a capital francesa.

    O Paris Saint-Germain está na liderança, isolado, com 33 pontos, mais sete do que o Marselha e o Mónaco. Quanto ao Nantes está na 17ª e penúltima posição com 11 pontos.

    Em entrevista exclusiva à RFI, o médio brasileiro Douglas Augusto admitiu estar feliz no Nantes apesar da equipa estar a passar por uma situação complicada, mas antes disso o futebolista de 27 anos analisou o empate frente ao líder da Liga francesa, o PSG.

    Douglas Augusto, médio brasileiro do Nantes, já vestiu as camisolas do Fluminense, do Corinthians e do Bahia no Brasil, bem como do PAOK na Grécia.

    Os marselheses venceram os monegascos por 2-1 no Estádio Vélodrome. Com esta derrota, a terceiro em 13 encontros, os monegascos caíram para o terceiro lugar com 26 pontos, em igualdade pontual com o Marselha, que, no entanto, subiu para a segunda posição devido a uma melhor diferença de golos.

    Continuamos a descer na classificação até ao nono lugar ocupado pelo Stade de Reims que perdeu em casa por 0-2 frente ao Lens nesta 13ª jornada.Os golos foram apontados pelo francês Adrien Thomasson e pelo angolano M’Bala Nzola para a equipa do Norte da França.

    A RFI falou com o defesa luso-angolano do Reims, Aurélio Buta.

    Em entrevista à RFI, o lateral de 27 anos analisou esta derrota, afirmando que a equipa não esteve bem.

    Aurélio Buta, defesa do Reims, também já representou o Benfica em Portugal, o Royal Antwerp na Bélgica, e o Eintracht Frankfurt na Alemanha.

    Para o Reims é o segundo jogo consecutivo sem vencer, e pela segunda vez em casa no Estádio Auguste Delaune.

    O Reims ocupa actualmente o nono lugar com 18 pontos, enquanto o Lens subiu para o sétimo com 20 pontos.

    A décima quarta jornada da liga francesa de futebol masculino decorre entre 06 e 08 de Dezembro.

    Passamos para o futebol sul-americano,

    O Botafogo, clube onde actua o internacional angolano Bastos,venceu pela primeira vez na sua história a Libertadores,a Liga dos Campeões da América do Sul,por 3-1 frente ao Atlético Mineiro, num duelo 100% brasileiro.

    Em entrevista à RFI, Douglas Augusto, médio que actua em França no Nantes, afirmou que foi uma conquista merecida para o Botafogo e também reconheceu que neste momento o futebol brasileiro domina a Libertadores.

    Douglas Augusto, médio brasileiro do Nantes, foi formado no Brasil e vestiu a camisola de três clubes no país natal: Fluminense, Corinthians e Bahia.

    De notar que pela sexta edição consecutiva, o vencedor da Libertadores é brasileiro: o Flamengo em 2019 e em 2022, o Palmeiras em 2020 e em 2021, o Fluminense em 2023 e o Botafogo em 2024.

    Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.

    Mon, 02 Dec 2024
  • 383 - Basquetebol: Macachi Braz e Luis Faial procuram triunfar em Portugal

    A temporada 2024/2025 da primeira divisão de basquetebol masculino em Portugal já está em andamento. Neste fim-de-semana vai decorrer a sexta jornada.

    O Benfica lidera a classificação com cinco triunfos em cinco jogos, à frente do Sporting CP, FC Porto, Oliveirense e Ovarense. 

    Os encarnados venceram os três últimos títulos de Campeão, e têm realizado um bom arranque de temporada.

    Isto ao contrário da AD Galomar, clube madeirense fundado em 2000, e que chegou à primeira divisão em 2023.

    Pela segunda época no principal escalão do basquetebol português, a Associação Desportiva Galomar contratou três internacionais angolanos: Teotónio Dó, Macachi Braz e Luis Faial.

    Neste momento, após cinco jornadas, a AD Galomar ocupa a 11ª posição, num campeonato com 12 equipas,com apenas um triunfo e quatro derrotas.

    O último desaire foi na deslocação ao terreno do CD Póvoa por 81-72 no Pavilhão Fernando Linhares de Castro na Póvoa de Varzim.

    A RFI aproveitou essa oportunidade para falar com dois dos três internacionais angolanos:Macachi Braz e Luis Faial.

    Em declarações à RFI, Macachi Braz, que terminou o jogo com cinco pontos e três ressaltos, revelou-nos as razões que o levaram a escolher a AD Galomar, ele que representava o 1° de Agosto em Angola.

    Para além de também abordar a selecção angolana, o atleta começou por analisar a derrota frente à equipa poveira.

    Macachi Braz, internacional angolano de 23 anos, representou o 1° de Agosto até ao início desta temporada.

    Igualmente em declarações à RFI, Luis Faial, que acabou o encontro com dois pontos, analisou a derrota frente ao CD Póvoa e o início de época com a AD Galomar, isto para além de abordar os outros desafios com a selecção angolana.

    Luis Faial, internacional angolano de 24 anos, já representou o CA Queluz, o Galitos, o Portimonense e o Vitória Sport Clube - Vitória de Guimarães, em território português.

    De referir que neste fim-de-semana, no sexto jogo da temporada, a AD Galomar desloca-se ao terreno da Ovarense, enquanto o líder da prova, o Benfica, mede forças com a Oliveirense.

    Recorde-se que os dois últimos classificados descem ao segundo escalão do basquetebol português, enquanto os oito primeiros apuram-se para os play-offs que vão definir o Campeão de Portugal.

    De notar que o Campeonato Africano das Nações, o AfroBasket, organizado em 2025 por Angola, decorre de 12 a 24 de Agosto. Angola já está apurada para a prova, enquanto Cabo Verde está na fase de apuramento, no que diz respeito às selecções lusófonas, visto que Moçambique foi substituído por Marrocos devido ao contexto político no país.As três primeiras jornadas do Grupo de Moçambique ocorreram de 22 a 24 de Novembro de 2024, em plena crise politica no pais. Neste contexto, a Federação Moçambicana decidiu retirar-se da fase de qualificação.

    Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.

    Fri, 29 Nov 2024
  • 382 - João Neves, Ismaily e Aurélio Buta lutam pelos lugares cimeiros na Liga francesa

    A 12ª jornada da primeira divisão do campeonato francês de futebol masculino decorreu no passado fim-de-semana. O Paris Saint-Germain lidera com 32 pontos, à frente do Mónaco com 26 e do Marselha com 23.

    O Paris Saint-Germain venceu por 3-0 o Toulouseno Parque dos Príncipes, na capital francesa, triunfando pela décima vez nesta temporada 2024/2025 da liga francesa.

    Os tentos foram apontados pelo brasileiro Lucas Beraldo, e pelos portugueses Vitinha e João Neves.

    Um triunfo que permite ao PSG continuar isolado na liderança da provacom seis pontos de vantagem em relação aos monegascos.

    Em entrevista à RFI, João Neves, médio português do Paris Saint-Germain, afirmou que a equipa está a praticar um bom futebol e que tem que continuar dessa maneira na Liga dos Campeões europeus onde os parisienses vão defrontar os germânicos do Bayern Munique numa prova em que o PSG não tem tido o mesmo sucesso.

    João Neves, médio luso de 20 anos, foi formado nos portugueses do SL Benfica antes de ingressar durante o Verão europeu no Paris Saint-Germain a troco de cerca de 60 milhões de euros.

    Desde a sua chegada, João Neves marcou dois tentos e também acumula seis passes decisivosem 16 partidas realizadas com os parisienses.

    Recorde-se que o PSG lidera a Ligue 1, mas na Liga dos Campeões europeus está na 25ª posição com quatro pontos neste novo formato em que há um único grupo de 36 equipas.

    Voltando à Ligue 1, o Mónaco segue no segundo lugar com 26 pontosapós o triunfo por 3-2 frente ao Brest, enquanto o Marselha está na terceira posição com 23 pontosapós a vitória por 1-3 na deslocação ao terreno do Lens.

    No quarto posto está o Lille com 22 pontos. O clube do Norte da França venceu por 1-0 o Rennes, em casa no Estádio Pierre Mauroy, com o único tento a ser apontado pelo kosovar Edon Zhegrova.

    A RFI falou com Ismaily, defesa brasileiro de 34 anos do Lille que tem regressado às escolhas do treinador francês Bruno Genesio desde a sua grave lesão que o afastou vários meses.

    Ismaily, que iniciou a sua terceira época no Lille,admitiu que os resultados têm sido positivos para o clube que procura sempre atingir os lugares cimeiros que dão acesso à Liga dos Campeões.

    Ismaily, lateral esquerdo de 34 anos, já representou o Estoril, o Olhanense, e o Sporting de Braga em Portugal, bem como o Shakhtar Donetsk na Ucrânia durante 10 temporadas onde conquistou 6 títulos de Campeão ucraniano, 4 Taças e 3 Supertaças.

    De referir queo Lille participa esta temporada na Liga dos Campeões e está no 14° lugar com sete pontos, defrontando esta semana os italianos do Bolonha.

    Continuamos a descer na tabela classificativa da Liga francesa, saltando directamente para a oitava posição ocupada pelo Stade de Reims com 18 pontos, a apenas um ponto do sexto lugar, que pertence actualmente ao Lyon e que dará acesso às competições europeias no fim da temporada.

    No passado fim-de-semana, o Reims empatou a uma bola frente ao Lyon, em casa no Estádio Auguste Delaune. O tento do Lyon foi da autoria do francês Rayan Cherki, enquanto o golo da equipa da casa foi apontado pelo marfinense Oumar Diakité.

    A RFI falou com o defesa luso-angolano do Reims, Aurélio Buta.

    Em entrevista à RFI, o lateral de 27 anos, que entrou no decorrer da segunda parte frente ao Lyon,afirmou que este empate foi positivo neste campeonato competitivo.

    Aurélio Buta, defesa do Reims, também já representou o Benfica em Portugal, o Royal Antwerp na Bélgica, e o Eintracht Frankfurt na Alemanha.

    O Reims ocupa actualmente o oitavo lugar com 18 pontos, um ponto à frente do Lens que tem 17 pontos. Estas duas equipas defrontam-se na 13ª jornada da Liga Francesa que arranca na sexta-feira 29 de Novembro com este duelo.

    Passamos às selecções lusófonas de futebol,

    Na Europa, Portugal apurou-se para os quartos-de-final da Liga das Nações terminando no primeiro lugar no grupo 1 com 14 pontos, defrontando agora a Dinamarca na próxima fase da prova.

    De notar que a França vai medir forças com a Croácia, a Alemanha vai defrontar a Itália, enquanto a Espanha vai jogar frente aos Países Baixos nos quartos-de-fnal.

    No continente africano, já são conhecidas as 24 nações apuradas para o Campeonato Africano das Nações, nas quais encontramos duas lusófonas, Angola e Moçambique, ficando de fora Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

    Em entrevista exclusiva à RFI, Aurélio Buta, defesa luso-angolano do Reims,analisou o apuramento da selecção das Quinas e da selecção angolana.

    De referir que os quartos-de-final da Liga das Nações decorrem em Março de 2025, enquanto a fase final do Campeonato Africano das Nações vai ser disputada de 21 de Dezembro de 2025 a 18 de Janeiro de 2026.

    Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.

    Mon, 25 Nov 2024
  • 381 - Angola e Moçambique na Taça das Nações Africanas 2025

    No magazine desportivo desta sexta-feira falamos da Taça das Nações Africanas 2025, em Marrocos. A prova vai contar com duas seleções lusófonas: Angola e Moçambique. A Selecção de Moçambique venceu esta terça-feira, 19 de Novembro, a Guiné-Bissau por 2-1, garantindo a qualificação para a fase final da CAN.

    Pelo segundo ano consecutivo, a selecção de Moçambique alcança a fase final da CAN. O internacional moçambicano, Manuel Bucuane, conhecido por Tico-Tico, realça a importância do apuramento. Para o antigo jogador da selecção de Moçambique esta qualificação deve-se ao "espírito de união de grupo"e ao facto de a"selecção moçambicana estar a crescer".

    Penso que a união do grupo é a mesma desde que Chiquinho entrou. A equipa está a crescer a olhos vistos. Antes, tínhamos muitas dificuldades em ganhar jogos fora de casa, um empate era uma vitória para nós. Com este grupo é diferente, conseguem arrancar pontos fora de casa. A equipa é coesa e regular. Tem subido bastante no ranking nos últimos tempos. O Chiquinho já foi nomeado, por duas vezes, como um dos melhores treinadores da África.

    O internacional Tico-Tico descreve a selecção moçambicana como uma equipa que tem conquistado o apoio do público, destacando o espírito de luta de jogadores como Reinildo, que joga no Atlético de Madrid, e que transmite energia tanto à equipa como aos adeptos.

    Na defesa temos o Reinildo, que joga no Atlético de Madrid, é um jogador com muita garra e quando ele joga aqui, em Maputo, o público vibra com a entrega dele. É um jogador que não se poupa. Isso transmite uma certa energia na equipa e também ao público. Na equipa temos, ainda, Dominguez que já está com 41 anos, que é o nosso capitão. Já não tem a mesma energia, a mesma estrutura física, mas é muito aclamado pelo público e quando ele joga traz alegria.

    A selecção moçambicana tem mostrado um bom desempenho, embora tenha enfrentado dificuldades nas competições passadas. Segundo Tico-Tico, a aposta na parte psicológica da equipa foi evidente, com jogadores mais jovens a  acreditar que podem competir com as melhores selecções africanas.

    Quero acreditar que neste próximo ano Moçambique vai conseguir aquilo que nunca conseguiu antes, que é uma vitória, pelo menos na competição e - até mesmo - passar para outra fase, porque não? Vai depender da sorte no sorteio. Estou em crer que no próximo ano, continuando com esse crescimento, termos uma equipa que possa trazer mais alegrias, ganhar um jogo, porque nunca ganhamos um jogo a esse nível. 

    A Alemanha apurou-se para as meias-finais da Taça Davis em ténis, ao eliminar o Canadá em dois encontros de singulares, e defronta os Países Baixos na primeira meia-final desta sexta-feira, 22 de Novembro. Os Países Baixos, que afastaram a Espanha na despedida de Rafael Nadal. José Morgado jornalista e comentador de tenis está em Málaga a acompanhar a Taça Davis, onde acompanhou o último encontro de Rafael Nadal e a cerimónia de despedida.

    Foi especial, comovente e emocionante. Se foi a altura? Não sei. Tenho sempre muitas dúvidas em relação a isso porque acho que era difícil fazer uma despedida à altura de Nadal. Foi um pouco ingrato porque, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, com Roger Federer, quando Federer se retirou, sabia-se exactamente qual era o dia. Foi possível convidar e ter lá as pessoas presentes. Achei que o Nadal estava um pouco sozinho no campo. Achei que deviam ter permitido que a família dele entrasse em campo. A família estava nas bancadas e ele pareceu-me um pouco isolado de tudo e, obviamente, faltaram-lhe alguns elementos fundamentais. Faltaram os seus rivais Novak Djokovic e Roger Federer.

    Com 92 títulos conquistados, entre eles 22 Grand Slams, Rafael Nadal inscreveu o seu nome na história do ténis. Os 14 títulos em Roland-Garros são um feito único, um recorde absoluto que lhe garantiu o título de "rei da terra batida". Mais do que números e troféus, a história de Nadal fica marcada pela perseverança, pela paixão pelo ténis e pelo respeito que conquistou tanto dentro como fora dos cortes.

    Acho que é um exemplo a seguir e não apenas no ténis, mas há milhares de miúdos que começaram a jogar ténis por vê-lo a jogar desde pequenos. Conheço alguns exemplos, até de atletas portugueses conhecidos. Por exemplo, temos um futebolista português, o André Horta, internacional, que joga no Sporting de Braga, que tem a cara de Nadal tatuada na perna. O capitão da selecção portuguesa de hóquei em patins é um dos maiores fãs de Nadal que eu conheço. Ele é uma inspiração não apenas enquanto atleta, mas enquanto no modo de estar na vida. E isso é o melhor que se pode pedir quando se questiona que legado é que determinada pessoa deixa. O ténis não é só números, mas 14 títulos em Roland Garros é quase inacreditável - só de ser dito é uma coisa completamente impensável e completamente irrepetível na história da modalidade. Só participar em Roland Garros 14 vezes já é difícil para qualquer jogador, significa que se tem que estar 14 anos ao mais alto nível. Imagine-se o que é ganhar 14 vezes este facto inacreditável.

    As meias-finais desta sexta-feira e sábado põem frente a frente a Alemanha com os Países Baixos e a Itália e a Austrália. José Morgado conta-nos o que se pode esperar desta Taça Davis.

    A Itália é favorita. Ontem, passou por dificuldades perante a Argentina, por isso, obviamente, não vai ser fácil. A Austrália tem uma equipa muito forte. Vamos ver como corre a outra meia-final porque está tudo muito em aberto. Os Países Baixos, como dissemos, surpreendeu a Espanha. Estou em crer que eles são ligeiramente favoritos entre a Alemanha. A Alemanha não tem Zverev, mas ainda assim ganhou ao Canadá. Vai ser uma eliminatória interessante. Se tivesse que arriscar, arriscaria na Itália.

    Fri, 22 Nov 2024
  • 380 - Cabo Verde falha qualificação para CAN 2025

    Cabo Verde foi eliminado na fase das qualificações do Campeonato Africano das Nações 2025, depois de perder dois jogos, incluindo um em casa, contra o Botswana. O analista desportivo cabo-verdiano, Cardoso da Silva, elogia o desempenho d' Os Tubarões Azuis e aponta um"erro psicológico e táctico" nos jogos frente ao Botswana. Angola já está qualificada para a CAN25. A Guiné-Bissau enfrenta Moçambique esta terça-feira, 19 de Novembro. Apenas uma das duas selecções vai conseguir o apuramento.

    RFI: Cabo Verde foi eliminado depois de ter chegado aos quartos-de-final do Campeonato Africano das Nações de 2023, na Costa do Marfim. O que é que aconteceu?

    Cabo Verde está num bom patamar e não ter ido à CAN é um percalço e obviamente que todos os cabo-verdianos estamos tristes. O futebol tem destas coisas e eu continuo a defender que Cabo Verde só não vai para o CAN porque perdeu com a equipa que, a priori, todos estávamos a contar que era a equipa mais fácil do grupo. Não vou dizer que os jogadores se  mostraram arrogantes e não pensaram no jogo, longe de mim, mas Cabo Verde não podia perder dois jogos, inclusivamente em casa, com o Botswana, que na altura não tinha nenhum ponto. Foram dois jogos seguidos e vem na sequência da parte psicológica: Cabo Verde perdeu em casa e depois contra o Botswana.

    Foi excesso de confiança?

    Eu não acredito que tenha sido excesso de confiança porque os jogadores já têm uma certa experiência, os jogadores já conhecem a CAN, sabem que qualquer jogador quer estar na montra, neste caso concreto do futebol cabo-verdiano porque nós passamos de Cabo Verde para a África e, obviamente, os jogadores ganham um estatuto a nível da própria selecção cabo-verdiana e depois vão para CAN. A partir daí, acredito piamente que todos os jogadores da selecção de Cabo Verde estão tristes porque já não tem hipótese de estar nesta montra do futebol africano, onde existem vários empresários que vão ver os jogadores numa grande competição. A equipa talvez esteja convencida que jogando com o Botswana em casa poderia ser um jogo extremamente fácil. Isto não quer dizer que os jogadores desprezaram o adversário, mas os jogadores deviam ter outra postura contra o Botswana porque quando o adversário marcou o golo - a partir daí, os jogadores saíram à procura de tentar pelo menos empatar e ganhar. Aqui começa a parte psicológica e os jogadores começam a ter aquele nervoso miudinho, começam a ter falta de clarividência e a partir daí as coisas ficaram muito mais difíceis.

    Depois Cabo Verde joga contra o Egipto, que é uma seleção fortíssima durante toda a primeira parte, temos de ser honestos, a equipa do Egipto fez tudo que queria da selecção de Cabo Verde. Na segunda parte, foram feitas alterações do treinador e não critico porque não estou com eles, não estou a treinar com eles, não estou a acompanhá-los, mas de qualquer maneira, aquela equipa que jogou na segunda parte, devia ter jogado a primeira parte porque aqueles jogadores deram outra dinâmica à equipa, marcámos o golo do empate, tentámos tudo para tentar contrariar o favoritismo que a equipa do Egipto trazia para Cabo Verde. Ficou provado que se nós jogássemos a primeira parte, como jogamos a segunda parte, possivelmente o resultado poderia ter sido outro. Nós já sabíamos que o Botswana tinha empatado com a Mauritânia e a partir daí já havia sete pontos para a equipa adversária e nós tínhamos que obrigatoriamente vencer o Egipto e depois tentar vencer a Mauritânia porque nós estávamos em desvantagem em relação ao Botswana, que tinha duas vitórias sobre Cabo Verde. Aí tornou-se ainda muito mais difícil para a selecção cabo-verdiana porque nós já sabíamos o resultado do Botswana - Mauritânia e não nos convinha pelo menos empatar, quanto mais perder, tínhamos que ganhar. Por vezes quando existe obrigatoriedade de vencer um jogo e já sabem que existe a parte psicológica, que às vezes o treinador não controla essa.

    É preciso que a seleção cabo-verdiana trabalhe a parte psicológica. Dizia que os jogadores estão desiludidos, os adeptos decepcionados. O que é que faltou?

    Um estádio com cerca de 15.000 pessoas quase vazio e diminui a capacidade de resposta dos próprios jogadores porque é um desânimo total. Ninguém gosta de jogar numa sala de espetáculos, como é o caso do Estádio Nacional, praticamente vazio, e a partir daí afecta um pouco os jogadores. Ninguém pode fugir disso. A partir daí, o público não tem vindo a acreditar nos últimos tempos. Quanto mais depois da derrota frente a Botswana em casa. A partir daí, quase que houve um divórcio - a hora não era convidativa, porque 15h00 muita gente trabalha - mas eu continuo a defender quando a selecção está a jogar bem, quando a selecção tem o público ao seu lado, o público corre atrás da selecção e isto dá uma sensação que afetou um bocadinho os jogadores. Eles foram sérios, foram honestos, foram profissionais, lutaram muito, principalmente na segunda parte porque nós não podemos fugir: o Egipto foi uma equipa totalmente diferente para melhor em relação a nós. Durante toda a primeira parte trocou a bola muito bem, até aquele estilo carrossel. Havia no lugar certo um jogador do Egipto.Não podemos discutir porque o Egipto tem um estatuto. O Egipto tem uma performance em África, tem outros jogadores, tem outro nível e a partir daí nós temos que respeitar.

    Mas existe um pequeno divórcio entre o público e os jogadores, isso é evidente por uma razão muito simples: Cabo Verde perdeu dois jogos seguidos e ficou mais ou menos na corda bamba para tentar passar para a CAN. Com o empate com o Botswana e Mauritânia, as coisas ficaram muito mais difíceis e muito mais complicadas. Quando nós vamos competir com a máquina de calcular na mão, os jogadores sentem isso porque são humanos e, se a equipa tivesse uma vantagem pontual em relação ao segundo lugar, obviamente que o estado psicológico dos jogadores era totalmente diferente. Não era o caso porque Cabo Verde estava a jogar contra vários factores que não são bons para o próprio futebol. A equipa já sabia que tinha que vencer, a equipa não estava a funcionar psicologicamente durante largos períodos e tecnicamente, fisicamente.

    O divórcio que existe entre o público e os jogadores, o receio de não irmos para o CAN, que é uma prova a que nós estamos habituados a ir e no último ano nós tivemos uma prestação bastante positiva. A partir daí as coisas ficaram muito mais complicadas. Agora não me cabe a mim dizer o que o treinador e equipa técnica vai fazer aos jogadores; que estão afectados psicologicamente, estão, que precisam de um tratamento de choque, precisam, que os jogadores devem recuperar moralmente para encararem outras competições, inclusivamente as eliminatórias do Campeonato do Mundo, têm que fazer isso. Agora, se é difícil, se é fácil, eu não sei dizer, porque eu não trabalho com eles, não treino com eles, não conhece a capacidade física dos jogadores, não conheço a capacidade atlética dos jogadores, não conheço a capacidade mental dos jogadores e, partir daí é a responsabilidade total da equipa técnica.

    Guiné-Bissau e Moçambique têm encontro esta terça-feira. É uma partida crucial para garantir uma vaga no CAN Marrocos 2025. Apenas uma destas duas seleções passa à próxima fase. Angola já está qualificada para a fase final e espera-se que deste encontro, Guiné-Bissau e Moçambique, uma segunda selecção lusófona marque presença na edição do próximo ano da CAN.

    Quer Guiné-Bissau, quer Moçambique fazem parte da CPLP e obviamente, nós temos essa ligação umbilical através da língua e da história. Acho que essas duas equipas têm que dar o seu máximo, têm que fazer de tudo para tentarem colocar como foco principal o CAN. Não sei sinceramente qual delas está melhor, mas eu também tenho que pensar que os treinadores vão trabalhar a parte psicológica porque as duas equipas não podem perder, têm a ganhar por estar na CAN. Porque se nós formos analisar tudo aquilo que nós já dissemos em relação à selecção de Cabo Verde, se reparar a equipa de Angola que eu vi a jogar há dias, dá gosto e dá para ver, mas aquilo é trabalho. Ninguém pode esconder isso. Quando os treinadores trabalham bem, conseguem tirar o máximo dos jogadores, dá gosto e dá prazer ver qualquer adepto do futebol em ver um bom jogo. Eu acredito que os treinadores quer Guiné-Bissau, quer Moçambique, estão a incutir no espírito dos seus jogadores de fazerem o melhor, de darem o melhor porque têm um objectivo único chegar numa grande competição africana.

    O que é que se pode esperar do encontro de amanhã?

    É um jogo de cortar o coração. É um jogo que ninguém pode falhar. As coisas têm que correr tudo bem, tem que haver uma concentração competitiva, quer da Guiné-Bissau, quer de Moçambique, durante os 90 minutos e a compensação. Costumo dizer, os jogadores têm que ser adultos, os jogadores têm que ser experientes, os jogadores têm que pensar no jogo de uma forma bastante positiva, mas que a Guiné quer ganhar, Moçambique quer ganhar, os dois treinadores vão fazer de tudo para tentarem colocar em prática e colocar dentro do campo os argumentos para tentar vencer o adversário e estar na CAN. Mas é um jogo de cortar o coração e ninguém tem dúvidas. São duas boas selecções. Querem estar na CAN e a partir daí as coisas ficam muito mais complicadas para qualquer treinador. A equipa técnica é só na parte psicológica. Quem for mentalmente mais forte, quem for tacticamente mais forte, eu acredito que vencerá o jogo.

    Para se qualificar, a Guiné-Bissau precisa de vencer Moçambique no Estádio Nacional 24 de Setembro, em casa, em Bissau, por uma margem de duas bolas para se apurar para a Taça das Nações Africanas de 2025. Moçambique ocupa a segunda posição do grupo com oito pontos, enquanto a Guiné-Bissau, a terceira com cinco. Um empate é suficiente para garantir a vaga aos Mambas.

    Portugal apurado na fase de grupos da Liga das Nações

    A selecção portuguesa enfrenta esta segunda-feira, 18 de Novembro, a Croácia, no último jogo da fase de grupos da Liga das Nações. No último encontro da quinta jornada, Portugal venceu em casa, no Estádio do Dragão, por 5-1 à Polónia. No final do encontro Bernardo Silva comentou o jogo: 

    Parecem quase dois jogos diferentes, porque a primeira parte foi bastante má. A segunda prte foi muito boa e, portanto, muito felizes pela qualificação, muito felizes pelo primeiro lugar e por esta vitória. Sem dúvida que aquela primeira parte deixou a desejar e temos de fazer melhor, porque em alguns momentos jogando assim podemos ir para o intervalo com outro resultado, que faça com que as coisas sejam mais difíceis de dar a volta, mas estamos satisfeitos, principalmente pela resposta da equipa depois do mau momento. Estamos muito satisfeitos com os três pontos

    Cristiano Ronaldo marcou dois golos, somando um total de 910 golos na carreira.

    "Tudo depende do tempo que ele queira jogar futebol. É uma questão de tempo pela quantidade de golos que ele marca pela nossa selecção e no Al-Nassr, agora, vai sempre fazer golos porque é um jogador que mais jovem ou mais velho, a parte da finalização do trabalho dentro da área ele nunca vai perder, depende da disponibilidade dele, depende se ele quer jogar só mais dois anos, se calhar mais três, mais quatro são mais um, mas já não está nada mal. 910 não está nada mal."

    Ruben Amorim foi para o Manchester United. Bernardo Silva joga no clube rival, o Manchester City, abordou o tema. Falou também de Hugo Viana, director desportivo do Sporting, que no final desta temporada se vai juntar ao City.

    "É um bocadinho diferente porque não vai para o meu lado de Manchester. Fico feliz só pelo facto de termos mais um português a representar o nosso país ao mais alto nível, mas para mim é completamente indiferente, porque eu estou do outro lado e estou a lutar pelos meus objectivos. É muito bom ter uma representação tão forte como nós temos o melhor campeonato do mundo e termos agora mais um treinador e mais um dirigente, esse sim para o meu lado. Na próxima época, Hugo Viana Mais representação de portugueses e, portanto, muito orgulho. Sem dúvida um país que que é tão pequenino mas que é tão grande e ao mesmo tempo tem uma importância tão forte no futebol"

    O tenista italiano Jannik Sinner venceu o primeiro Masters frente ao norte-americano Taylor Fritz, pelos parciais de 6/4 e 6/4. Aos 23 anos, o número um do mundo soma o 18.º título, oitavo só na temporada de 2024.

    Mon, 18 Nov 2024
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