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- 384 - Douglas Augusto e Aurélio Buta procuram receita para regressarem aos triunfos na Liga francesa
A décima terceira jornada da primeira divisão de futebol masculino em França ficou encerrada com o triunfo do Marselha por 2-1 perante o Mónaco. Os parisienses lideram, isolados, a liga francesa com 33 pontos, à frente do Marselha e do Mónaco.
O Paris Saint-Germain, que conquistou dez dos últimos 12 campeonatos,ocupa o primeiro lugar após 13 jornadas nesta temporada 2024/2025da Ligue 1 McDonald´s.
O PSG empatou a uma bola frente ao Nantes num jogo que decorreu no Parque dos Príncipes, em Paris, a capital francesa.
O Paris Saint-Germain está na liderança, isolado, com 33 pontos, mais sete do que o Marselha e o Mónaco. Quanto ao Nantes está na 17ª e penúltima posição com 11 pontos.
Em entrevista exclusiva à RFI, o médio brasileiro Douglas Augusto admitiu estar feliz no Nantes apesar da equipa estar a passar por uma situação complicada, mas antes disso o futebolista de 27 anos analisou o empate frente ao líder da Liga francesa, o PSG.
Douglas Augusto, médio brasileiro do Nantes, já vestiu as camisolas do Fluminense, do Corinthians e do Bahia no Brasil, bem como do PAOK na Grécia.
Os marselheses venceram os monegascos por 2-1 no Estádio Vélodrome. Com esta derrota, a terceiro em 13 encontros, os monegascos caíram para o terceiro lugar com 26 pontos, em igualdade pontual com o Marselha, que, no entanto, subiu para a segunda posição devido a uma melhor diferença de golos.
Continuamos a descer na classificação até ao nono lugar ocupado pelo Stade de Reims que perdeu em casa por 0-2 frente ao Lens nesta 13ª jornada.Os golos foram apontados pelo francês Adrien Thomasson e pelo angolano M’Bala Nzola para a equipa do Norte da França.
A RFI falou com o defesa luso-angolano do Reims, Aurélio Buta.
Em entrevista à RFI, o lateral de 27 anos analisou esta derrota, afirmando que a equipa não esteve bem.
Aurélio Buta, defesa do Reims, também já representou o Benfica em Portugal, o Royal Antwerp na Bélgica, e o Eintracht Frankfurt na Alemanha.
Para o Reims é o segundo jogo consecutivo sem vencer, e pela segunda vez em casa no Estádio Auguste Delaune.
O Reims ocupa actualmente o nono lugar com 18 pontos, enquanto o Lens subiu para o sétimo com 20 pontos.
A décima quarta jornada da liga francesa de futebol masculino decorre entre 06 e 08 de Dezembro.
Passamos para o futebol sul-americano,
O Botafogo, clube onde actua o internacional angolano Bastos,venceu pela primeira vez na sua história a Libertadores,a Liga dos Campeões da América do Sul,por 3-1 frente ao Atlético Mineiro, num duelo 100% brasileiro.
Em entrevista à RFI, Douglas Augusto, médio que actua em França no Nantes, afirmou que foi uma conquista merecida para o Botafogo e também reconheceu que neste momento o futebol brasileiro domina a Libertadores.
Douglas Augusto, médio brasileiro do Nantes, foi formado no Brasil e vestiu a camisola de três clubes no país natal: Fluminense, Corinthians e Bahia.
De notar que pela sexta edição consecutiva, o vencedor da Libertadores é brasileiro: o Flamengo em 2019 e em 2022, o Palmeiras em 2020 e em 2021, o Fluminense em 2023 e o Botafogo em 2024.
Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.
Mon, 02 Dec 2024 - 383 - Basquetebol: Macachi Braz e Luis Faial procuram triunfar em Portugal
A temporada 2024/2025 da primeira divisão de basquetebol masculino em Portugal já está em andamento. Neste fim-de-semana vai decorrer a sexta jornada.
O Benfica lidera a classificação com cinco triunfos em cinco jogos, à frente do Sporting CP, FC Porto, Oliveirense e Ovarense.
Os encarnados venceram os três últimos títulos de Campeão, e têm realizado um bom arranque de temporada.
Isto ao contrário da AD Galomar, clube madeirense fundado em 2000, e que chegou à primeira divisão em 2023.
Pela segunda época no principal escalão do basquetebol português, a Associação Desportiva Galomar contratou três internacionais angolanos: Teotónio Dó, Macachi Braz e Luis Faial.
Neste momento, após cinco jornadas, a AD Galomar ocupa a 11ª posição, num campeonato com 12 equipas,com apenas um triunfo e quatro derrotas.
O último desaire foi na deslocação ao terreno do CD Póvoa por 81-72 no Pavilhão Fernando Linhares de Castro na Póvoa de Varzim.
A RFI aproveitou essa oportunidade para falar com dois dos três internacionais angolanos:Macachi Braz e Luis Faial.
Em declarações à RFI, Macachi Braz, que terminou o jogo com cinco pontos e três ressaltos, revelou-nos as razões que o levaram a escolher a AD Galomar, ele que representava o 1° de Agosto em Angola.
Para além de também abordar a selecção angolana, o atleta começou por analisar a derrota frente à equipa poveira.
Macachi Braz, internacional angolano de 23 anos, representou o 1° de Agosto até ao início desta temporada.
Igualmente em declarações à RFI, Luis Faial, que acabou o encontro com dois pontos, analisou a derrota frente ao CD Póvoa e o início de época com a AD Galomar, isto para além de abordar os outros desafios com a selecção angolana.
Luis Faial, internacional angolano de 24 anos, já representou o CA Queluz, o Galitos, o Portimonense e o Vitória Sport Clube - Vitória de Guimarães, em território português.
De referir que neste fim-de-semana, no sexto jogo da temporada, a AD Galomar desloca-se ao terreno da Ovarense, enquanto o líder da prova, o Benfica, mede forças com a Oliveirense.
Recorde-se que os dois últimos classificados descem ao segundo escalão do basquetebol português, enquanto os oito primeiros apuram-se para os play-offs que vão definir o Campeão de Portugal.
De notar que o Campeonato Africano das Nações, o AfroBasket, organizado em 2025 por Angola, decorre de 12 a 24 de Agosto. Angola já está apurada para a prova, enquanto Cabo Verde está na fase de apuramento, no que diz respeito às selecções lusófonas, visto que Moçambique foi substituído por Marrocos devido ao contexto político no país.As três primeiras jornadas do Grupo de Moçambique ocorreram de 22 a 24 de Novembro de 2024, em plena crise politica no pais. Neste contexto, a Federação Moçambicana decidiu retirar-se da fase de qualificação.
Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.
Fri, 29 Nov 2024 - 382 - João Neves, Ismaily e Aurélio Buta lutam pelos lugares cimeiros na Liga francesa
A 12ª jornada da primeira divisão do campeonato francês de futebol masculino decorreu no passado fim-de-semana. O Paris Saint-Germain lidera com 32 pontos, à frente do Mónaco com 26 e do Marselha com 23.
O Paris Saint-Germain venceu por 3-0 o Toulouseno Parque dos Príncipes, na capital francesa, triunfando pela décima vez nesta temporada 2024/2025 da liga francesa.
Os tentos foram apontados pelo brasileiro Lucas Beraldo, e pelos portugueses Vitinha e João Neves.
Um triunfo que permite ao PSG continuar isolado na liderança da provacom seis pontos de vantagem em relação aos monegascos.
Em entrevista à RFI, João Neves, médio português do Paris Saint-Germain, afirmou que a equipa está a praticar um bom futebol e que tem que continuar dessa maneira na Liga dos Campeões europeus onde os parisienses vão defrontar os germânicos do Bayern Munique numa prova em que o PSG não tem tido o mesmo sucesso.
João Neves, médio luso de 20 anos, foi formado nos portugueses do SL Benfica antes de ingressar durante o Verão europeu no Paris Saint-Germain a troco de cerca de 60 milhões de euros.
Desde a sua chegada, João Neves marcou dois tentos e também acumula seis passes decisivosem 16 partidas realizadas com os parisienses.
Recorde-se que o PSG lidera a Ligue 1, mas na Liga dos Campeões europeus está na 25ª posição com quatro pontos neste novo formato em que há um único grupo de 36 equipas.
Voltando à Ligue 1, o Mónaco segue no segundo lugar com 26 pontosapós o triunfo por 3-2 frente ao Brest, enquanto o Marselha está na terceira posição com 23 pontosapós a vitória por 1-3 na deslocação ao terreno do Lens.
No quarto posto está o Lille com 22 pontos. O clube do Norte da França venceu por 1-0 o Rennes, em casa no Estádio Pierre Mauroy, com o único tento a ser apontado pelo kosovar Edon Zhegrova.
A RFI falou com Ismaily, defesa brasileiro de 34 anos do Lille que tem regressado às escolhas do treinador francês Bruno Genesio desde a sua grave lesão que o afastou vários meses.
Ismaily, que iniciou a sua terceira época no Lille,admitiu que os resultados têm sido positivos para o clube que procura sempre atingir os lugares cimeiros que dão acesso à Liga dos Campeões.
Ismaily, lateral esquerdo de 34 anos, já representou o Estoril, o Olhanense, e o Sporting de Braga em Portugal, bem como o Shakhtar Donetsk na Ucrânia durante 10 temporadas onde conquistou 6 títulos de Campeão ucraniano, 4 Taças e 3 Supertaças.
De referir queo Lille participa esta temporada na Liga dos Campeões e está no 14° lugar com sete pontos, defrontando esta semana os italianos do Bolonha.
Continuamos a descer na tabela classificativa da Liga francesa, saltando directamente para a oitava posição ocupada pelo Stade de Reims com 18 pontos, a apenas um ponto do sexto lugar, que pertence actualmente ao Lyon e que dará acesso às competições europeias no fim da temporada.
No passado fim-de-semana, o Reims empatou a uma bola frente ao Lyon, em casa no Estádio Auguste Delaune. O tento do Lyon foi da autoria do francês Rayan Cherki, enquanto o golo da equipa da casa foi apontado pelo marfinense Oumar Diakité.
A RFI falou com o defesa luso-angolano do Reims, Aurélio Buta.
Em entrevista à RFI, o lateral de 27 anos, que entrou no decorrer da segunda parte frente ao Lyon,afirmou que este empate foi positivo neste campeonato competitivo.
Aurélio Buta, defesa do Reims, também já representou o Benfica em Portugal, o Royal Antwerp na Bélgica, e o Eintracht Frankfurt na Alemanha.
O Reims ocupa actualmente o oitavo lugar com 18 pontos, um ponto à frente do Lens que tem 17 pontos. Estas duas equipas defrontam-se na 13ª jornada da Liga Francesa que arranca na sexta-feira 29 de Novembro com este duelo.
Passamos às selecções lusófonas de futebol,
Na Europa, Portugal apurou-se para os quartos-de-final da Liga das Nações terminando no primeiro lugar no grupo 1 com 14 pontos, defrontando agora a Dinamarca na próxima fase da prova.
De notar que a França vai medir forças com a Croácia, a Alemanha vai defrontar a Itália, enquanto a Espanha vai jogar frente aos Países Baixos nos quartos-de-fnal.
No continente africano, já são conhecidas as 24 nações apuradas para o Campeonato Africano das Nações, nas quais encontramos duas lusófonas, Angola e Moçambique, ficando de fora Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.
Em entrevista exclusiva à RFI, Aurélio Buta, defesa luso-angolano do Reims,analisou o apuramento da selecção das Quinas e da selecção angolana.
De referir que os quartos-de-final da Liga das Nações decorrem em Março de 2025, enquanto a fase final do Campeonato Africano das Nações vai ser disputada de 21 de Dezembro de 2025 a 18 de Janeiro de 2026.
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Mon, 25 Nov 2024 - 381 - Angola e Moçambique na Taça das Nações Africanas 2025
No magazine desportivo desta sexta-feira falamos da Taça das Nações Africanas 2025, em Marrocos. A prova vai contar com duas seleções lusófonas: Angola e Moçambique. A Selecção de Moçambique venceu esta terça-feira, 19 de Novembro, a Guiné-Bissau por 2-1, garantindo a qualificação para a fase final da CAN.
Pelo segundo ano consecutivo, a selecção de Moçambique alcança a fase final da CAN. O internacional moçambicano, Manuel Bucuane, conhecido por Tico-Tico, realça a importância do apuramento. Para o antigo jogador da selecção de Moçambique esta qualificação deve-se ao "espírito de união de grupo"e ao facto de a"selecção moçambicana estar a crescer".
Penso que a união do grupo é a mesma desde que Chiquinho entrou. A equipa está a crescer a olhos vistos. Antes, tínhamos muitas dificuldades em ganhar jogos fora de casa, um empate era uma vitória para nós. Com este grupo é diferente, conseguem arrancar pontos fora de casa. A equipa é coesa e regular. Tem subido bastante no ranking nos últimos tempos. O Chiquinho já foi nomeado, por duas vezes, como um dos melhores treinadores da África.
O internacional Tico-Tico descreve a selecção moçambicana como uma equipa que tem conquistado o apoio do público, destacando o espírito de luta de jogadores como Reinildo, que joga no Atlético de Madrid, e que transmite energia tanto à equipa como aos adeptos.
Na defesa temos o Reinildo, que joga no Atlético de Madrid, é um jogador com muita garra e quando ele joga aqui, em Maputo, o público vibra com a entrega dele. É um jogador que não se poupa. Isso transmite uma certa energia na equipa e também ao público. Na equipa temos, ainda, Dominguez que já está com 41 anos, que é o nosso capitão. Já não tem a mesma energia, a mesma estrutura física, mas é muito aclamado pelo público e quando ele joga traz alegria.
A selecção moçambicana tem mostrado um bom desempenho, embora tenha enfrentado dificuldades nas competições passadas. Segundo Tico-Tico, a aposta na parte psicológica da equipa foi evidente, com jogadores mais jovens a acreditar que podem competir com as melhores selecções africanas.
Quero acreditar que neste próximo ano Moçambique vai conseguir aquilo que nunca conseguiu antes, que é uma vitória, pelo menos na competição e - até mesmo - passar para outra fase, porque não? Vai depender da sorte no sorteio. Estou em crer que no próximo ano, continuando com esse crescimento, termos uma equipa que possa trazer mais alegrias, ganhar um jogo, porque nunca ganhamos um jogo a esse nível.
A Alemanha apurou-se para as meias-finais da Taça Davis em ténis, ao eliminar o Canadá em dois encontros de singulares, e defronta os Países Baixos na primeira meia-final desta sexta-feira, 22 de Novembro. Os Países Baixos, que afastaram a Espanha na despedida de Rafael Nadal. José Morgado jornalista e comentador de tenis está em Málaga a acompanhar a Taça Davis, onde acompanhou o último encontro de Rafael Nadal e a cerimónia de despedida.
Foi especial, comovente e emocionante. Se foi a altura? Não sei. Tenho sempre muitas dúvidas em relação a isso porque acho que era difícil fazer uma despedida à altura de Nadal. Foi um pouco ingrato porque, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, com Roger Federer, quando Federer se retirou, sabia-se exactamente qual era o dia. Foi possível convidar e ter lá as pessoas presentes. Achei que o Nadal estava um pouco sozinho no campo. Achei que deviam ter permitido que a família dele entrasse em campo. A família estava nas bancadas e ele pareceu-me um pouco isolado de tudo e, obviamente, faltaram-lhe alguns elementos fundamentais. Faltaram os seus rivais Novak Djokovic e Roger Federer.
Com 92 títulos conquistados, entre eles 22 Grand Slams, Rafael Nadal inscreveu o seu nome na história do ténis. Os 14 títulos em Roland-Garros são um feito único, um recorde absoluto que lhe garantiu o título de "rei da terra batida". Mais do que números e troféus, a história de Nadal fica marcada pela perseverança, pela paixão pelo ténis e pelo respeito que conquistou tanto dentro como fora dos cortes.
Acho que é um exemplo a seguir e não apenas no ténis, mas há milhares de miúdos que começaram a jogar ténis por vê-lo a jogar desde pequenos. Conheço alguns exemplos, até de atletas portugueses conhecidos. Por exemplo, temos um futebolista português, o André Horta, internacional, que joga no Sporting de Braga, que tem a cara de Nadal tatuada na perna. O capitão da selecção portuguesa de hóquei em patins é um dos maiores fãs de Nadal que eu conheço. Ele é uma inspiração não apenas enquanto atleta, mas enquanto no modo de estar na vida. E isso é o melhor que se pode pedir quando se questiona que legado é que determinada pessoa deixa. O ténis não é só números, mas 14 títulos em Roland Garros é quase inacreditável - só de ser dito é uma coisa completamente impensável e completamente irrepetível na história da modalidade. Só participar em Roland Garros 14 vezes já é difícil para qualquer jogador, significa que se tem que estar 14 anos ao mais alto nível. Imagine-se o que é ganhar 14 vezes este facto inacreditável.
As meias-finais desta sexta-feira e sábado põem frente a frente a Alemanha com os Países Baixos e a Itália e a Austrália. José Morgado conta-nos o que se pode esperar desta Taça Davis.
A Itália é favorita. Ontem, passou por dificuldades perante a Argentina, por isso, obviamente, não vai ser fácil. A Austrália tem uma equipa muito forte. Vamos ver como corre a outra meia-final porque está tudo muito em aberto. Os Países Baixos, como dissemos, surpreendeu a Espanha. Estou em crer que eles são ligeiramente favoritos entre a Alemanha. A Alemanha não tem Zverev, mas ainda assim ganhou ao Canadá. Vai ser uma eliminatória interessante. Se tivesse que arriscar, arriscaria na Itália.
Fri, 22 Nov 2024 - 380 - Cabo Verde falha qualificação para CAN 2025
Cabo Verde foi eliminado na fase das qualificações do Campeonato Africano das Nações 2025, depois de perder dois jogos, incluindo um em casa, contra o Botswana. O analista desportivo cabo-verdiano, Cardoso da Silva, elogia o desempenho d' Os Tubarões Azuis e aponta um"erro psicológico e táctico" nos jogos frente ao Botswana. Angola já está qualificada para a CAN25. A Guiné-Bissau enfrenta Moçambique esta terça-feira, 19 de Novembro. Apenas uma das duas selecções vai conseguir o apuramento.
RFI: Cabo Verde foi eliminado depois de ter chegado aos quartos-de-final do Campeonato Africano das Nações de 2023, na Costa do Marfim. O que é que aconteceu?
Cabo Verde está num bom patamar e não ter ido à CAN é um percalço e obviamente que todos os cabo-verdianos estamos tristes. O futebol tem destas coisas e eu continuo a defender que Cabo Verde só não vai para o CAN porque perdeu com a equipa que, a priori, todos estávamos a contar que era a equipa mais fácil do grupo. Não vou dizer que os jogadores se mostraram arrogantes e não pensaram no jogo, longe de mim, mas Cabo Verde não podia perder dois jogos, inclusivamente em casa, com o Botswana, que na altura não tinha nenhum ponto. Foram dois jogos seguidos e vem na sequência da parte psicológica: Cabo Verde perdeu em casa e depois contra o Botswana.
Foi excesso de confiança?
Eu não acredito que tenha sido excesso de confiança porque os jogadores já têm uma certa experiência, os jogadores já conhecem a CAN, sabem que qualquer jogador quer estar na montra, neste caso concreto do futebol cabo-verdiano porque nós passamos de Cabo Verde para a África e, obviamente, os jogadores ganham um estatuto a nível da própria selecção cabo-verdiana e depois vão para CAN. A partir daí, acredito piamente que todos os jogadores da selecção de Cabo Verde estão tristes porque já não tem hipótese de estar nesta montra do futebol africano, onde existem vários empresários que vão ver os jogadores numa grande competição. A equipa talvez esteja convencida que jogando com o Botswana em casa poderia ser um jogo extremamente fácil. Isto não quer dizer que os jogadores desprezaram o adversário, mas os jogadores deviam ter outra postura contra o Botswana porque quando o adversário marcou o golo - a partir daí, os jogadores saíram à procura de tentar pelo menos empatar e ganhar. Aqui começa a parte psicológica e os jogadores começam a ter aquele nervoso miudinho, começam a ter falta de clarividência e a partir daí as coisas ficaram muito mais difíceis.
Depois Cabo Verde joga contra o Egipto, que é uma seleção fortíssima durante toda a primeira parte, temos de ser honestos, a equipa do Egipto fez tudo que queria da selecção de Cabo Verde. Na segunda parte, foram feitas alterações do treinador e não critico porque não estou com eles, não estou a treinar com eles, não estou a acompanhá-los, mas de qualquer maneira, aquela equipa que jogou na segunda parte, devia ter jogado a primeira parte porque aqueles jogadores deram outra dinâmica à equipa, marcámos o golo do empate, tentámos tudo para tentar contrariar o favoritismo que a equipa do Egipto trazia para Cabo Verde. Ficou provado que se nós jogássemos a primeira parte, como jogamos a segunda parte, possivelmente o resultado poderia ter sido outro. Nós já sabíamos que o Botswana tinha empatado com a Mauritânia e a partir daí já havia sete pontos para a equipa adversária e nós tínhamos que obrigatoriamente vencer o Egipto e depois tentar vencer a Mauritânia porque nós estávamos em desvantagem em relação ao Botswana, que tinha duas vitórias sobre Cabo Verde. Aí tornou-se ainda muito mais difícil para a selecção cabo-verdiana porque nós já sabíamos o resultado do Botswana - Mauritânia e não nos convinha pelo menos empatar, quanto mais perder, tínhamos que ganhar. Por vezes quando existe obrigatoriedade de vencer um jogo e já sabem que existe a parte psicológica, que às vezes o treinador não controla essa.
É preciso que a seleção cabo-verdiana trabalhe a parte psicológica. Dizia que os jogadores estão desiludidos, os adeptos decepcionados. O que é que faltou?
Um estádio com cerca de 15.000 pessoas quase vazio e diminui a capacidade de resposta dos próprios jogadores porque é um desânimo total. Ninguém gosta de jogar numa sala de espetáculos, como é o caso do Estádio Nacional, praticamente vazio, e a partir daí afecta um pouco os jogadores. Ninguém pode fugir disso. A partir daí, o público não tem vindo a acreditar nos últimos tempos. Quanto mais depois da derrota frente a Botswana em casa. A partir daí, quase que houve um divórcio - a hora não era convidativa, porque 15h00 muita gente trabalha - mas eu continuo a defender quando a selecção está a jogar bem, quando a selecção tem o público ao seu lado, o público corre atrás da selecção e isto dá uma sensação que afetou um bocadinho os jogadores. Eles foram sérios, foram honestos, foram profissionais, lutaram muito, principalmente na segunda parte porque nós não podemos fugir: o Egipto foi uma equipa totalmente diferente para melhor em relação a nós. Durante toda a primeira parte trocou a bola muito bem, até aquele estilo carrossel. Havia no lugar certo um jogador do Egipto.Não podemos discutir porque o Egipto tem um estatuto. O Egipto tem uma performance em África, tem outros jogadores, tem outro nível e a partir daí nós temos que respeitar.
Mas existe um pequeno divórcio entre o público e os jogadores, isso é evidente por uma razão muito simples: Cabo Verde perdeu dois jogos seguidos e ficou mais ou menos na corda bamba para tentar passar para a CAN. Com o empate com o Botswana e Mauritânia, as coisas ficaram muito mais difíceis e muito mais complicadas. Quando nós vamos competir com a máquina de calcular na mão, os jogadores sentem isso porque são humanos e, se a equipa tivesse uma vantagem pontual em relação ao segundo lugar, obviamente que o estado psicológico dos jogadores era totalmente diferente. Não era o caso porque Cabo Verde estava a jogar contra vários factores que não são bons para o próprio futebol. A equipa já sabia que tinha que vencer, a equipa não estava a funcionar psicologicamente durante largos períodos e tecnicamente, fisicamente.
O divórcio que existe entre o público e os jogadores, o receio de não irmos para o CAN, que é uma prova a que nós estamos habituados a ir e no último ano nós tivemos uma prestação bastante positiva. A partir daí as coisas ficaram muito mais complicadas. Agora não me cabe a mim dizer o que o treinador e equipa técnica vai fazer aos jogadores; que estão afectados psicologicamente, estão, que precisam de um tratamento de choque, precisam, que os jogadores devem recuperar moralmente para encararem outras competições, inclusivamente as eliminatórias do Campeonato do Mundo, têm que fazer isso. Agora, se é difícil, se é fácil, eu não sei dizer, porque eu não trabalho com eles, não treino com eles, não conhece a capacidade física dos jogadores, não conheço a capacidade atlética dos jogadores, não conheço a capacidade mental dos jogadores e, partir daí é a responsabilidade total da equipa técnica.
Guiné-Bissau e Moçambique têm encontro esta terça-feira. É uma partida crucial para garantir uma vaga no CAN Marrocos 2025. Apenas uma destas duas seleções passa à próxima fase. Angola já está qualificada para a fase final e espera-se que deste encontro, Guiné-Bissau e Moçambique, uma segunda selecção lusófona marque presença na edição do próximo ano da CAN.
Quer Guiné-Bissau, quer Moçambique fazem parte da CPLP e obviamente, nós temos essa ligação umbilical através da língua e da história. Acho que essas duas equipas têm que dar o seu máximo, têm que fazer de tudo para tentarem colocar como foco principal o CAN. Não sei sinceramente qual delas está melhor, mas eu também tenho que pensar que os treinadores vão trabalhar a parte psicológica porque as duas equipas não podem perder, têm a ganhar por estar na CAN. Porque se nós formos analisar tudo aquilo que nós já dissemos em relação à selecção de Cabo Verde, se reparar a equipa de Angola que eu vi a jogar há dias, dá gosto e dá para ver, mas aquilo é trabalho. Ninguém pode esconder isso. Quando os treinadores trabalham bem, conseguem tirar o máximo dos jogadores, dá gosto e dá prazer ver qualquer adepto do futebol em ver um bom jogo. Eu acredito que os treinadores quer Guiné-Bissau, quer Moçambique, estão a incutir no espírito dos seus jogadores de fazerem o melhor, de darem o melhor porque têm um objectivo único chegar numa grande competição africana.
O que é que se pode esperar do encontro de amanhã?
É um jogo de cortar o coração. É um jogo que ninguém pode falhar. As coisas têm que correr tudo bem, tem que haver uma concentração competitiva, quer da Guiné-Bissau, quer de Moçambique, durante os 90 minutos e a compensação. Costumo dizer, os jogadores têm que ser adultos, os jogadores têm que ser experientes, os jogadores têm que pensar no jogo de uma forma bastante positiva, mas que a Guiné quer ganhar, Moçambique quer ganhar, os dois treinadores vão fazer de tudo para tentarem colocar em prática e colocar dentro do campo os argumentos para tentar vencer o adversário e estar na CAN. Mas é um jogo de cortar o coração e ninguém tem dúvidas. São duas boas selecções. Querem estar na CAN e a partir daí as coisas ficam muito mais complicadas para qualquer treinador. A equipa técnica é só na parte psicológica. Quem for mentalmente mais forte, quem for tacticamente mais forte, eu acredito que vencerá o jogo.
Para se qualificar, a Guiné-Bissau precisa de vencer Moçambique no Estádio Nacional 24 de Setembro, em casa, em Bissau, por uma margem de duas bolas para se apurar para a Taça das Nações Africanas de 2025. Moçambique ocupa a segunda posição do grupo com oito pontos, enquanto a Guiné-Bissau, a terceira com cinco. Um empate é suficiente para garantir a vaga aos Mambas.
Portugal apurado na fase de grupos da Liga das Nações
A selecção portuguesa enfrenta esta segunda-feira, 18 de Novembro, a Croácia, no último jogo da fase de grupos da Liga das Nações. No último encontro da quinta jornada, Portugal venceu em casa, no Estádio do Dragão, por 5-1 à Polónia. No final do encontro Bernardo Silva comentou o jogo:
Parecem quase dois jogos diferentes, porque a primeira parte foi bastante má. A segunda prte foi muito boa e, portanto, muito felizes pela qualificação, muito felizes pelo primeiro lugar e por esta vitória. Sem dúvida que aquela primeira parte deixou a desejar e temos de fazer melhor, porque em alguns momentos jogando assim podemos ir para o intervalo com outro resultado, que faça com que as coisas sejam mais difíceis de dar a volta, mas estamos satisfeitos, principalmente pela resposta da equipa depois do mau momento. Estamos muito satisfeitos com os três pontos
Cristiano Ronaldo marcou dois golos, somando um total de 910 golos na carreira.
"Tudo depende do tempo que ele queira jogar futebol. É uma questão de tempo pela quantidade de golos que ele marca pela nossa selecção e no Al-Nassr, agora, vai sempre fazer golos porque é um jogador que mais jovem ou mais velho, a parte da finalização do trabalho dentro da área ele nunca vai perder, depende da disponibilidade dele, depende se ele quer jogar só mais dois anos, se calhar mais três, mais quatro são mais um, mas já não está nada mal. 910 não está nada mal."
Ruben Amorim foi para o Manchester United. Bernardo Silva joga no clube rival, o Manchester City, abordou o tema. Falou também de Hugo Viana, director desportivo do Sporting, que no final desta temporada se vai juntar ao City.
"É um bocadinho diferente porque não vai para o meu lado de Manchester. Fico feliz só pelo facto de termos mais um português a representar o nosso país ao mais alto nível, mas para mim é completamente indiferente, porque eu estou do outro lado e estou a lutar pelos meus objectivos. É muito bom ter uma representação tão forte como nós temos o melhor campeonato do mundo e termos agora mais um treinador e mais um dirigente, esse sim para o meu lado. Na próxima época, Hugo Viana Mais representação de portugueses e, portanto, muito orgulho. Sem dúvida um país que que é tão pequenino mas que é tão grande e ao mesmo tempo tem uma importância tão forte no futebol"
O tenista italiano Jannik Sinner venceu o primeiro Masters frente ao norte-americano Taylor Fritz, pelos parciais de 6/4 e 6/4. Aos 23 anos, o número um do mundo soma o 18.º título, oitavo só na temporada de 2024.
Mon, 18 Nov 2024 - 379 - "90% das pessoas que frequentam o programa de aprendizagem de boxe deixam as drogas"
O programa “Knockout: no tires la toalla”, ou não atires a toalha ao chão, em português, está presente em 10 prisões do México e promove a reinserção social dos reclusos através da prática do desporto. Deste programa já saíram 100 professores de boxe certificados e 90% dos reclusos que o frequentam afirmam ter deixado de usar drogas.
O México é o 10º país no Mundo com maior número de presos e o quarto em termos de criminalidade e violência generalizada. Um quadro preocupante e que mantém o país nos números cimeiros no que diz respeito à insegurança da sua população, mas que pode ser combatido através da prevenção e da reinserção prisional.
Desta necessidade de intervenção nos meios mais pobres, como o famigerado bairro de Tepito na Cidade do México, nasceu o programa da associação Red Viral, o “Knockout: no tires la toalla”, ou não atires a toalha ao chão, em português. Este programa tem utilizado o boxe nos últimos 10 anos para motivar os mais e menos jovens para saírem do mundo das drogas e do crime nos bairros mais complicados do México. Eunice Rendon, coordenadora deste projecto, esteve em Paris e falou à RFI de como nasceu a ideia.
"Trabalhamos em bairros difíceis, com campeões de boxe, e isso é algo muito poderoso. O resultado que obtivemos nessas comunidades, por exemplo, em Tepito, que é um bairro muito conhecido por coisas más, é que vimos que os jovens e as crianças ficaram muito motivados ao serem ensinados por campeões. Desenvolveu-se um sentimento de pertença e também um modelo positivo nestas comunidades, o que é muito difícil. Foi por isso que decidimos trabalhar escolhemos o boxe. Mas após dez anos de trabalho, posso temos provas através de dados estatísticos que o boxe não só é um bom desporto para a saúde mental, para o desenvolvimento físico, para a disciplina, para o trabalho em equipa, como também ajuda muito a sair das adições. O resultado que nos orgulha mais é que 90% dos nossos utilizadores deixam de consumir drogas, mesmo as mais difíceis, como a heroína. E disseram-nos que isso se deve ao facto de o boxe se tornar para eles uma droga. E também porque, enquanto quiserem estar no ringue e serem bons, é um desporto muito difícil. Por isso, se não tiverem em boas condições físicas, se fumarem marijuana e se fizerem outras coisas más para eles, não podem combater",explicou a coordenadora.
Este programa saltou então dos bairros difíceis do México para as prisões. Actualmente o Knockout existe 10 prisões mexicanas e tocou nos últimos 10 anos cerca de 6.500 pessoas, proporcionando aos reclusos treinos diários e um acompanhamento especializado a nível da saúde mental. Este não foi um programa fácil de introduzir, já que muitos directores de prisões temiam estar a dar aos reclusos ferramentas para aprenderem a lutar.
"No início, os directores ficaram zangados porque pensavam que lhes íamos mostrar como lutar. Depois, após alguns meses do programa em trabalhávamos mais com as pessoas que estavam quase a serem libertadas e no final das suas penas, foram os próprios directores da prisão a pediram-nos para trabalharmos também com os reclusos mais difíceis e mais problemáticos, porque verificaram que os nossos reclusos estavam muito mais calmos e que estavam a aprender outras capacidades, porque não se trata apenas de boxe, é um modelo abrangente com preocupações emocionais, o que é muito importante. A isto juntamos formações de reconciliação e perdão. Portanto, é muito abrangente",disse Eunice Rendon.
Os reclusos treinam todos os dias, mas têm também consultas individuais com psicólogos, terapia de grupo ainda encontros em vídeo com a família que os espera cá fora, reconstruindo os laços muitas vezes feridos pela criminalidade que os conduziu à prisão. A participação neste programa leva também a uma mudança física, que faz com que muitos reclusos queiram integrar o projecto, cirando longas listas de espera.
"Não temos problemas em ter reclusos que queiram integrar o nosso programa, até temos pessoas a mais, por isso, temos uma forma muito específica de selecionar as pessoas que vão participar. É algo muito aspiracional. Isso é bom para nós, eles querem participar no nosso programa porque podem ver os resultados nos seus pares, porque, desde logo, eles mudam fisicamente. No início, têm uns quilos a mais, andam tristes e cabisbaixos. E quando entram no nosso programa, ficam muito em forma, com músculos e tudo. Portanto, mudam fisicamente, mas também mentalmente. E ficam pessoas muito mais calmas, sem ansiedade, sem depressão, porque às vezes eles têm esse tipo de problemas. Muitos dos reclusos com os quais trabalhamos também foram vítimas de violência quando eram crianças ou quando eram jovens. Por isso, são necessários estes modelos abrangentes para aumentar a sua autoestima e também para lhes dar ferramentas para a vida",explicou Rendon.
Se ter reclusos que queiram participar no programa não é difícil, o mesmo não se pode dizer de trabalhar com as autoridades. As constantes mudanças governamentais fazem com que seja difícil encontrar fundos para este programa que é certificado pelo Conselho Mundial do Boxe, o que levou o Knockout e Eunice Rendon a procurarem ajuda fora do México, nomeadamente através do programa Scale up do Forum da Paz de Paris que a trouxe até à capital francesa.
"Penso que o mais difícil é trabalhar com os governos, porque já lá estamos há dez anos, o que significa que mudámos de governo pelo menos três ou quatro vezes e, de cada vez, temos de os convencer novamente. Eu costumava trabalhar para o governo, por isso conheço os fundos governamentais, mas, com a orientação que recebemos através do programa do Forum da Paz, mudámos também os nossos alvos e este ano vamos trabalhar com três empresas francesas: AXA, EDF e Yves Rocher. Aqui ensinaram-nos a trabalhar com outros tipos de parceiros, o que é muito útil para nós. E também, por exemplo, hoje estivemos com uma das chefes da Unesco. Ela quer que a ajudemos, porque muitos países da América Latina e de outras regiões do mundo estão a perguntar-lhe sobre programas eficazes para trabalhar com jovens com problemas ou gangues. Por isso, ela estava muito interessada em trabalhar com o nosso modelo",concluiu.
As solicitações para Knockout não páram de chegar e este programa já foi adoptado em duas prisões da Argentina, tendo recebido solicitações dos Estados Unidos e outros países da América do Sul. Até agora, já saíram 100 professores de boxe formados através deste programa e reconhecidos pelos Conselho Mundial do Boxe. São estes professores que voltam agora às prisões para ensinar aos reclusos as técnicas do boxe, mas também como reintegrar a sociedade longe do crime.
Fri, 15 Nov 2024 - 378 - Racismo no desporto é "uma carga negativa de instabilidade" para os atletas
O racismo no desporto é um reflexo da sociedade, onde o discurso de ódio e incitamento ao racismo no espaço público tem crescido nos últimos anos, mas tem um verdadeiro impacto nos atletas, como afirma o professor catedrático Sidónio Serpa em entrevista à RFI.
Em Março, o jogador Vinicius Junior chorou numa conferência de imprensa ao falar dos insultos racistas aos quais é sujeito quando sobe aos relvados espanhóis para actuar pelo Real Madrid. Mais recentemente, em França, o ministro do Desporto veio dizer que os jogos vão ser parados sempre que haja insultos racistas ou homofóbicos e que a equipa da casa pode mesmo perder o jogo caso os adeptos adoptem uma postura anti-fair play.
Para o professor catedrático Sidónio Serpa, especialista na psicologia do Desporto e o primeiro psicólogo a integrar uma equipa olímpica em Portugal, o desporto é um espelho da sociedade e com o discurso de ódio a crescer na política e ampliado nas redes sociais, também o racismo chega aos atletas fora e dentro de campo.
"O desporto é a expressão da sociedade onde se integra e onde correm os mesmos movimentos e os mesmos tipos de comportamentos, às vezes aumentados, outras vezes filtrados. Mas a base são os movimentos sociais. E é evidente, isto não é segredo para ninguém. que nós encontramos isso todos os dias, que a sociedade ocidental, que é aquela nos situamos, envolve uma agressividade crescente em vários domínios, designadamente no domínio político, onde as discussões não são discussões ideológicas teórica, como era tradicional, mas que se baseiam na oposição, na agressividade, nos insultos. O desporto dá a expressão emoções e emoções positivas e emoções negativas. Mas o desporto é eminentemente emocional. Associado a isto e, portanto, aqui gera-se já uma possibilidade de expressão de emoções e de que podem determinar comportamentos agressivos que sempre existiram, sempre existiram. Não seriam tão divulgados como são agora pela do acesso aos media e às redes sociais, mas também não eram tão ampliados pelas situações de crise não terem as características que têm situações actuais", explicou o académico português.
Estes fenómenos sociais que se multiplicam em estádios um pouco por todo o Mundo, têm impacto nos atletas, quer seja na sua saúde mental como no seu desempenho desportivo.
"O impacto no atleta depende do atleta. Depende da sua capacidade de regulação emocional, de gestão, as situações de stress e tensão, da sua resiliência, Mas potencialmente tem uma carga negativa de instabilidade. É verdade que alguns atletas se podem deixar abater, digamos, e, portanto, ser negativamente influenciados por estes insultos. Mas também há outros que reagem da forma contrária, que é perante uma situação agressiva, vão puxar ainda mais energia para, através do seu desempenho maximizado, responderem aos insultos que são dados. Mas há aqui duas questões. Há uma questão ética e moral de respeito pelas pessoas que são os jogadores. E essa questão tem de ser protegida. Esse aspecto tem que ser protegido e tem que haver regulamentos. Os regulamentos existem, mas tem que tem que haver punição para quem não cumpre. E depois, por outro lado, existe o efeito do rendimento desportivo que do meu ponto de vista é secundário, porque em primeiro lugar está a pessoa, mas existe de facto esse efeito no rendimento desportivo", concluiu Sidónio Serpa.
Mon, 11 Nov 2024 - 377 - Futebol: Alexsandro e Jubal, defesas brasileiros com sucesso na Liga Francesa
Este fim-de-semana encerra-se um novo ciclo nas diferentes provas europeias de futebol masculino visto que a partir da próxima semana, os jogadores estarão à disposição das selecções.
Durante esta semana realizou-se a quarta jornada da fase regular da Liga dos Campeões europeus. Após quatro dos oito jogosa realizar nesta primeira fase, os ingleses do Liverpool lideram com 12 pontos, isto significa que venceram todos os jogos.
No segundo lugar, uma das surpresas, os portugueses do Sporting CP que contam com dez pontos, bem como os franceses do Mónaco e do Brest, e os italianos do Inter de Milão, ambos com a mesma pontuação.
Em entrevista à RFI, Alexsandro Ribeiro, defesa brasileiro do Lille, falou da equipa do Sporting Clube de Portugal, visto que o clube francês perdeu na primeira jornada frente aos portugueses por 2-0 em Lisboa.
Numa altura em que os lisboetas vão perder o treinador Rúben Amorim, que está de saída para o Manchester United, Alexsandro Ribeiro acabou por elogiar os leoninos, mas também lembrou que é normal um técnico agarrar as oportunidades que tem pela frente.
O treinador português do Sporting, Rúben Amorim, vai ingressar nos ingleses do Manchester United, isto após o jogo para o campeonato português frente ao Sporting de Braga a realizar no domingo 10 de Novembro.
Continuando a descer na tabela classificativa da fase regular da Liga dos Campeões, encontramos os franceses do Lille no 14° lugar com sete pontos.Para além da derrota frente ao Sporting CP, o Lille venceu o Real Madrid por 1-0, derrotou o Atlético de Madrid por 3-1 e empatou a uma bola frente à Juventus.
Em entrevista à RFI, Alexsandro Ribeiro, defesa brasileiro do Lille, analisou o empate concedido frente aos transalpinos.
Alexsandro Ribeiro, defesa de 25 anos do Lille, já representou o Flamengo e o Resende no Brasil, bem como o Praiense, o Amora e o Chaves em Portugal.
De notar ainda, no que diz respeito aos clubes portugueses e franceses, que o Benfica está na 19ª posição com seis pontos, enquanto o Paris Saint-Germain ocupa o 25° lugarcom quatro pontos em quatro jornadas.
Passamos ao campeonato francês da primeira divisão,
Este fim-de-semanadecorre a 11ª jornada numa liga francesa liderada pelo Paris Saint-Germain com 26 pontos em 30 possíveis.
Nesta jornada, os parisienses deslocam-se ao terreno do Angers e têm a garantia de continuar no primeiro lugar durante a paragem para as selecções visto que o Marselha e o Mónaco, que partilham o segundo lugar, têm 20 pontos, seis de atraso em relação ao clube da capital francesa.
Nesta liga gaulesa, a RFI foi à descoberta do defesa central brasileiro Jubal, que tinha falado ao nosso microfone na precedente subida do clube do Auxerre à primeira divisão. Após uma passagem pelo segundo escalão, o Auxerre regressou à primeira divisão.
Actualmente o clube ocupa o décimo lugar com 13 pontos, isto após um triunfo expressivo por 4-0 frente ao Rennes na jornada precedente.
Em entrevista exclusiva à RFI, Jubal Júnior, de 31 anos, abordou este regresso ao principal escalão do futebol francês, mas antes disso o defesa brasileiro analisou o triunfo perante o Stade Rennais.
Jubal, central do Auxerre, já representou o Santos no Brasil, bem como o Arouca e o Vitória de Guimarães em Portugal, entre outros clubes.
Nesta sexta-feira, 08 de Novembro, o Auxerre desloca-se ao terreno do Marselha, segundo classificado.
Por fim, nas outras modalidades,
O ATP Masters de ténis, o último grande torneio de ténis masculino da temporada, decorre em Turim, em Itália, a partir deste domingo e junta os oito melhores tenistas na vertente singulares, bem como os oito melhores pares.
Lígia Anjos dá-nos conta dos desafios desta prova e traz-nos a entrevista exclusiva do tenista brasileiro Marcelo Melo.
De referir ainda que do lado dos lusófonos, no ranking mundial, o português Nuno Borges está actualmente no 33° lugar, enquanto o brasileiro Thiago Seyboth Wild esta na 74ª posição.
Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.
Fri, 08 Nov 2024 - 376 - Edmilson Araújo: «Agarrei a oportunidade de jogar no Istres e estou muito feliz»
O Campeonato Francês da primeira divisão de andebol masculino conta com nove jornadas já realizadas antes da paragem internacional onde decorrem várias provas de selecções.
Neste momento, o Paris Saint-Germain lidera com 18 pontos, isto significa nove vitórias em nove jogos. O Nantes com 16 pontos, bem como o Montpellier e o Toulouse com 14 pontos, tentam seguir o ritmo da equipa parisiense.
Durante o passado fim-de-semana, houve um duelo entre o Tremblay e o Istres, dois clubes primodivisionários que tentam assegurar a manutenção nesta primeira divisão que conta com 16 equipas e em que as duas últimas descem ao segundo escalão.
O Tremblay, clube da região parisiense,venceu por 36-34 o Istres, equipa do Sul da França num jogo que decorreu no Palais des Sports da cidade de Tremblay-en-France.
Seis atletas lusófonos estiveram presentes dentro das quatro linhas: os portugueses Tiago Rocha e António Areia, bem como os brasileiros Uelington da Silva Ferreira e Jean-Pierre Dupoux do lado do Tremblay, enquanto no Istres estavam o cabo-verdiano Edmilson Araújo e o brasileiro Guilherme Borges Moraes Silva.
A RFI teve a oportunidade de falar com Edmilson Araújo, internacional cabo-verdiano que ingressou este ano no plantel do Istres proveniente do Sporting CP.
Em declarações exclusivas, o internacional cabo-verdiano realçou o bom percurso do Sporting CP na Liga dos Campeões, onde ocupa o quarto lugar após sete jornadas.
Mas antes disso, Edmilson Araújo abordou a sua chegada ao campeonato francês, e também analisou a derrota frente ao Tremblay num jogo em que marcou três golos e também foi expulso.
Edmilson Araújo, internacional cabo-verdiano de 30 anos, vestiu a camisola do Sporting CP durante 17 anos e passou, igualmente, pela equipa romena do Minaur Baia Mare.
No fim da partida a contar para a décima jornada, o internacional português António Areia, mostrou-se satisfeito com o triunfo do Tremblay, ele que marcou cinco golos. Uma exibição que foi importante segundo o andebolista antes de rumar aos trabalhos da selecção.
António Areia, andebolista português, já vestiu as camisolas do Belenenses, do SL Benfica e do FC Porto em Portugal, tendo vencido, entre outros títulos, cinco campeonatos de Portugal.
O Tremblay ocupa actualmente o 12° lugar com sete pontos, enquanto o Istres está na sétima posição com oito pontos na tabela classificativa da liga francesa. Na próxima jornada, entre 14 e 15 de Novembro, o Istres vai receber o Toulouse, enquanto o Tremblay vai deslocar-se ao terreno do Chambéry.
O Campeonato francês tem uma paragem devido aos compromissos das selecções. Portugal vai iniciar a fase de qualificação para o Europeu 2026 com dois jogos frente à Roménia a 7 de Novembro e perante Israel a 10 deste mês.
A selecção cabo-verdiana não tem jogos neste momento, mas em Janeiro de 2025 vai participar pela terceira vez no Campeonato do Mundoda modalidade que decorre na Croácia, na Dinamarca e na Noruega.
Os cabo-verdianos integram o Grupo G com Eslovénia, Islândia e Cuba.
Ao microfone da RFI, Edmilson Araújo, internacional cabo-verdiano que actua no Istres em França, revelou-nos quais são os objectivos para a prova e o que representa vestir a camisola de Cabo Verde nestes eventos internacionais.
De referir que três selecções lusófonas estarão presentes no Mundial:Cabo Verde, Brasil e Portugal.
Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.
Mon, 04 Nov 2024 - 375 - Andebol: Kiko Costa e Pedro Portela mostram ambição na Liga dos Campeões com o Sporting CP
A sétima jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões europeus de andebol ficou encerrada com o empate a 31 golos entre os franceses do Nantes e os espanhóis do FC Barcelona. Após sete jogos, o FC Barcelona lidera o Grupo B, enquanto o Paris Saint-Germain está na liderança no Grupo A.
A Liga dos Campeões europeus de andebol masculino está dividida em dois grupos de oito equipas, sendo que os dois primeiros se apuram para os quartos-de-final, enquanto os clubes entre a terceira e a sexta posições seguem para um play-off. As duas últimas equipas de cada grupo são eliminadas.
A prova conta com dois clubes franceses:PSG e Nantes; e um português: Sporting Clube de Portugal.
Neste momento, na tabela classificativa, após sete jornadas, no Grupo B, o FC Barcelona lidera isolado com 13 pontos, à frente do Nantes com nove pontos.
No Grupo A, os húngaros do Veszprém e os franceses do Paris Saint-Germain partilham a liderança com doze pontos, à frente dos romenos do Dínamo Bucareste com dez, e do Sporting Clube de Portugal com nove.
Na quarta-feira, 30 de Outubro, o Paris Saint-Germain venceu o Sporting Clube de Portugal por 30-28, no ginásio Pierre de Coubertin, na capital francesa, que contou com 3 180 espectadores, casa cheia para o clube parisiense frente à equipa portuguesa.
O jogo foi bastante equilibrado, mas o Paris Saint-Germain, que esteve sempre por cima no marcador, conseguiu arrecadar os dois pontos do triunfo, vencendo com apenas dois golos de vantagem.
Em entrevista à RFI, Francisco Costa, conhecido por 'Kiko', andebolista português do clube lisboeta, analisou a derrota frente aos parisienses, e também abordou o seu estatuto de 'estrela' da equipa leonina.
Kiko Costa, internacional português de 19 anos, já vestiu as camisolas do Colégio dos Carvalhos, do FC Porto e da Artística de Avanca.
Igualmente em declarações à RFI, Pedro Portela, andebolista luso do Sporting CP, fez uma análise do jogo frente ao Paris Saint-Germain, e também fez uma antevisão do encontro que vai decorrer este fim-de-semana frente ao FC Porto.
Pedro Portela, internacional português de 34 anos, já vestiu as cores do Académico de Leiria em Portugal, bem como do Nantes e do Tremblay em França.
Na oitava jornada da Liga dos Campeões, entre 20 e 21 de Novembro, o Sporting Clube de Portugal recebe o Paris Saint-Germain, enquanto o FC Barcelona vai novamente medir forças com o Nantes.
De referir que no campeonato português de andebol masculino,
O Sporting CP e o FC Porto lideram a primeira divisão com 30 pontos, dez vitórias em dez jogos realizados, antes do encontro entre os dois clubes neste sábado, 02 de Novembro.
De notar que o SL Benfica está na terceira posição com 26 pontos e vai defrontar o ABC de Braga que ocupa o quinto lugar com 22 pontos.
Por fim, no ténis,
O Masters 1000 de Paris, segundo torneio a ser organizado na capital francesa, prossegue na Accor Arena.
Sem o número um mundial, o italiano Jannik Sinner, que desistiu, sem o segundo no ranking, o espanhol Carlos Alcaraz, que foi derrotado pelo francês Ugo Humbert, e sem o sérvio Novak Djokovic, que detém o recorde de triunfos com sete no torneio parisiense, o grande favorito é agora o número três mundial, o alemão Alexander Zverev.
A seguir o torneio está Lígia Anjos que nos traz as últimas notícias do torneio.
O torneio Rolex Paris Masters decorre até este domingo, 03 de Novembro.
Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto. Até breve.
Fri, 01 Nov 2024 - 374 - Futebol: Aurélio Buta e Edimilson Fernandes à descoberta da Ligue 1
A nona jornada da primeira divisão francesa de futebol masculino ficou encerrada com o triunfo do Paris Saint-Germain por 3-0 frente ao Marselha. Os parisienses lideram a Ligue 1 com 23 pontos, à frente do Mónaco com 20 pontos, enquanto os marselheses estão no terceiro lugar com 17.
O Paris Saint-Germain recuperou a liderança isolada do campeonato francêsapós ter triunfado pela sétima vez nesta temporada 2024/2025 e sobretudo com a derrota do Mónaco.
Este fim-de-semana, na nona jornada, foi fim-de-semana de dérbis e de clássico do futebol francês. Os detentores do título de Campeão, os parisienses, deslocaram-se ao terreno do Marselha, o rival, e venceram por 0-3 sem quaisquer dificuldades.
Os golos do Paris Saint-Germain foram apontados pelo português João Neves, pelo francês Bradley Barcola e pelo argentino Leonardo Balerdi, este último sendo defesa do Marselha e tendo marcado na própria baliza.
De notar que o encontro ficou marcado pela expulsão do internacional marroquino Amine Harit aos 20 minutos, deixando o Marselha a dez contra onze.
O PSG lidera com 23 pontos, e agora com seis pontos de vantagem em relação ao Marselhaque está na terceira posição.
No dérbi do Sul da Françaentre o Nice e o Mónaco,foi o Nice que conseguiu conquistar os três pontos com um triunfo por 2-1.
Os tentos do Nice foram apontados pelo marfinense Evann Guessand e pelo francês Gaetan Laborde, enquanto o único tento dos monegascos foi da autoria do suíço Breel Embolo.
De notar igualmente que neste encontro o Mónaco jogou a dez contra onze após a expulsão do brasileiro Vanderson.
Os monegascos permanecem no segundo lugar com 20 pontos, mas deixaram escapar os parisienses, enquanto o Nice está na oitava posição com 13 pontos.
No dérbi do Norte da França, o Lens perdeu em casa por 0-2 frente ao Lille. Tudo ficou definido no tempo adicional do segundo tempo com tentos apontados pelo canadiano Jonathan David aos 98 minutos de grande penalidade, e pelo guineense Mohamed Bayo aos 101 minutos.
O Lille está agora no quarto lugar com 17 pontos, em igualdade pontual com o Marselha, enquanto o Lens ocupa a quinta posição com 14 pontos.
Nesta jornada, a RFI foi à descoberta dedois jogadores lusófonos que chegaram durante este Verão à primeira divisão francesa,Aurélio Buta do Reims e Edimilson Fernandes do Brest.
O Reims recebeu o Brest e perdeu por 1-2.A equipa do Oeste da França triunfou pela quarta vez nesta época com golos do francês Romain Faivre e do internacional guineense, Mama Baldé, o avançado dos Djurtus.
O único tento do clube da cidade dos Reis franceses foi apontado pelo queniano Joseph Okumu.
No fim do encontro, a RFI falou com o defesa luso-angolano do Reims, Aurélio Buta.
O defesa de 27 anos revelou-nos quais são os objectivos da equipa e os pessoais nesta época, mas antes disso Aurélio Buta analisou a derrota do Reims numa época em que a equipa até tem tido bons resultados, estando nos lugares cimeiros da Ligue 1.
Aurélio Buta, defesa do Reims, também já representou o Benfica em Portugal, o Royal Antwerp na Bélgica, e o Eintracht Frankfurt na Alemanha.
Na tabela classificativa, o Reims está no sétimo lugar com 14 pontos, em igualdade pontual com o Lens e o Lyon, quinto e sexto classificados, enquanto o Brest ocupa agora a décima posição com 13 pontos, em igualdade pontual com o Nice e o Estrasburgo, oitavo e nono classificados.
A RFI teve a oportunidade de falar com o internacional suíço com origens cabo-verdianas, Edimilson Fernandes.
O médio do Brest abordou o bom desempenho da equipa na Liga dos Campeões, onde o clube da Bretanha ainda não perdeu após três jornadas, e também admitiu que era um sonho poder actuar na primeira divisão francesa. Mas antes disso, Edimilson Fernandes analisou o triunfo perante o Reims.
Edimilson Fernandes, médio de 28 anos, já vestiu as camisolas do FC Sion e do Young Boys na Suíça, bem como as do Mainz e do Arminia Bielefeld na Alemanha, ou ainda da Fiorentina na Itália e do West Ham na Inglaterra.
De notar ainda que Edimilson é primo de Gelson Fernandes e de Manuel Fernandes, ambos antigos futebolistas.
O Brest terminou no terceiro lugar na época passada e alcançou o apuramento para a Liga dos Campeões, onde, até agora, venceu os austríacos do Sturm Graz e do RB Salzburgo, e empatou a uma bola frente ao Bayer Leverkusen, isto naquela que é a primeira participação da equipa francesa nas competições europeias.
Por fim, esta semana decorre o torneio de ténis de Paris, o Rolex Paris Masters, que conta com um atleta lusófono, o português Nuno Borges.
Uma prova que não conta com o sérvio Novak Djokovic, nem com o espanhol Rafael Nadal. Lígia Anjos faz aqui uma análise deste último torneio parisiense que decorre em Bercyantes de seguir para a cidade de Nanterre, nos arredores de Paris.
O Masters 1000 de Paris, segundo torneio parisiense atrás de Roland-Garros, único Grand Slam francês, decorre até dia 03 de Novembro.
Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.
Mon, 28 Oct 2024 - 373 - Liga dos Campeões ao rubro no futebol e no andebol
A Liga dos Campeões é a maior prova de clubes tanto no futebol como no Andebol.
Esta temporada, no futebol, há um novo formato, um único grupo de 36 equipasem que cada clube realiza oito jogos.
No fim das oito jornadas, as primeiras oito equipas apuram-se para os oitavos-de-final, enquanto os clubes entre o nono e o vigésimo quarto lugares seguem para um play-off. Por fim, as equipas entre o vigésimo quinto e o trigésimo sexto lugares são definitivamente eliminadas.
Após três jornadas realizadas na Liga dos Campeões Europeus, três equipas inglesas lideram a fase regular. Aston Villa e Liverpool têm nove pontos, três vitórias em três jogos, enquanto o Manchester City tem sete pontos.
Quatro equipas francesas:Paris Saint-Germain, Mónaco, Brest e Lille; e duas portuguesas:Benfica e Sporting Clube de Portugal estão presentes.
Nesta jornada o PSG empatou em casa a uma bola frente aos neerlandeses do PSV Eindhoven.
Com este empate o Paris Saint-Germain ocupa o 19° lugar com quatro pontos, enquanto o PSV está na 28ª posição com dois pontos.
A RFI falou com o lateral direito brasileiro do PSV, Mauro Júnior.
O defesa brasileiro admitiu que o resultado até foi positivo frente a uma grande equipa, ele que também tentou a sua sorte com um remate que passou ao lado da baliza.
Mauro Júnior, defesa de 25 anos, também nos revelou que seria um sonho vestir a camisola da Selecção Brasileira.
Mauro Júnior, defesa brasileiro do PSV, já representou o Desportivo Brasil e o Vasco em território brasileiro, bem como o Shandong Luneng na China e o Heracles Almelo nos Países Baixos.
Na próxima jornada, o Paris Saint-Germain vai defrontar os espanhóis do Atlético Madrid, enquanto o PSV vai medir forças com o Girona, clube espanhol.
Passamos agora para o andebol,
Na Liga dos Campeões europeus, dois clubes franceses: PSG e Nantes;e um português: Sporting Clube de Portugal participam na prova.
A competição é dividida em dois grupos de oito equipas, sendo que os dois primeiros se apuram para os quartos-de-final, enquanto os clubes entre a terceira e a sexta posições seguem para um play-off.
As duas últimas equipas de cada grupo são eliminadas.
Neste momento, após seis jornadas, no Grupo A, os húngaros do Veszprém e os franceses do Paris Saint-Germain lideram com dez pontos, à frente do Sporting Clube de Portugal com nove.
Na próxima semana, a 30 de Outubro, os parisienses vão defrontar os lisboetasno Ginásio Pierre de Coubertin na capital francesa.
Em entrevista à RFI, Manuel Gaspar, guarda-redes português que actua no Chartres em França,abordou a boa campanha do Sporting, ele que representou o clube lisboeta durante nove temporadas.
Manuel Gaspar vestiu a camisola dos leoninos entre 2014 e 2022, representando agora o Chartres em França.
Actualmente o Chartres está na décima primeira posição na liga francesa com seis pontos, numa prova liderada pelo Paris Saint-Germain com 14 pontos.
Na sétima jornada, o Chartres perdeu por 36-26 na deslocação ao terreno do clube parisiense.
Em entrevista à RFI, Manuel Gaspar abordou o encontro frente ao PSG e igualmente a temporada com o Chartres.
Manuel Gaspar, guarda-redes de 25 anos, para além de ter representado o Sporting Clube de Portugal, já vestiu também as camisolas do Nantes, do Dijon e agora do Chartres em França.
Na próxima jornada, a 25 de Outubro, o Chartres acolhe o Toulouse, enquanto o PSG desloca-se ao terreno do Istres, a 27 de Outubro.
Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.
Fri, 25 Oct 2024 - 372 - Andebol: André Gomes e Paulo Moreno em aventuras romena e francesa
A temporada de andebol masculino está intensa entre as competições nacionais e continentais, havendo três jogos por semana para as equipas que estão em duas provas.
A RFI teve a oportunidade de entrevistar o internacional português André Gomes, e o pivô cabo-verdiano Paulo Moreno em aventuras na Roménia para o primeiro, e em França para o segundo.
Começamos com a Liga dos Campeões europeusque contacom os portugueses do Sporting Clube de Portugal, os franceses do Paris Saint-Germain e os romenos do Dínamo Bucareste, todos inseridos no Grupo A que ainda tem cinco outras equipas.
Após a quinta jornada, o Sporting Clube de Portugal lidera com 9 pontos, à frente dos húngaros do Veszprém e do Paris Saint-Germain, ambos com oito pontos.
Nesta última jornada, os parisienses venceram os romenos do Dínamo Bucareste por 35-32, em casa, no Ginásio Pierre de Coubertin, em Paris.
A equipa da Roménia conta no plantel com André Gomes, internacional luso de 26 anos.
O lateral luso-brasileiro foi formado no ABC em Braga, antes de representar o FC Porto, em Portugal. Depois decidiu sair para a liga alemã onde vestiu a camisola do MT Melsungen. Por fim, após uma aventura no Al-Safa, na Arabia Saudita, onde esteve lesionado, o internacional português regressou à Europa para actuar no Dínamo Bucareste.
Em declarações à RFI, André Gomes, que não actuou frente ao PSG visto que regressava de lesão, abordou a sua aventura na Roménia, mas também falou do jogo frente ao Paris Saint-Germain antes de defrontar o Sporting CP.
André Gomes, internacional português, joga actualmente no Dínamo Bucareste e, ao longo da carreira,sagrou-se três vezes Campeão de Portugal, conquistando também três Taças e duas Supertaças em território luso. Na Roménia já venceu a Liga e a Supertaça. A nível continental, André Gomes triunfou na Taça Challenge com o ABC de Braga.
Na sexta jornada, a 23 e 24 de Outubro, o Dínamo Bucareste recebe o Sporting Clube de Portugal, enquanto o Paris Saint-Germain se desloca ao terreno dos germânicos do Füchse Berlim.
Passamos à Liga Francesa,
Uma prova liderada pelo Paris Saint-Germain, que conquistou as últimas dez edições,com 14 pontos em 14 possíveis após 7 jornadas realizadas.
Na sétima jornada, o Paris Saint-Germain venceu o Chartres por 36-26, em casa, no Ginásio Pierre de Coubertin, em Paris.
A equipa do Chartres conta no plantel com o internacional cabo-verdiano Paulo Moreno.
O pivô luso-cabo-verdiano de 32 anos foi formado no Benfica e representou a equipa sénior dos encarnados durante 12 temporadas. Com a camisola da equipa lisboeta venceu duas Taças e quatro Supertaças, sem esquecer, a nível continental, a Liga Europa, isto em 19 anos de ligação ao clube desde a formação até à saída.
Em declarações à RFI, Paulo Moreno, admitiu que foi complicado sair do Benfica, mas afirmou estar feliz com a experiência no Chartres.
O internacional cabo-verdiano frisou queo sonho com a selecção é vencer um Campeonato Africano das Nações.
Mas antes disso, Paulo Moreno abordou a derrota frente ao clube parisiense.
Paulo Moreno, internacional cabo-verdiano, esteve presente com Cabo Verde no Mundial nas duas participações que a selecção cabo-verdiana teve até agora em 2021 e em 2023.
De notar que a equipa de Chartres ocupa o 11° lugar com seis pontos, enquanto o PSG lidera com 14 pontos.
Recorde-se que, na liga francesa, as duas últimas equipas, num campeonato com 16 clubes, descem à segunda divisão.
Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.
Mon, 21 Oct 2024 - 371 - Angélica Malinverno: «Objectivo é sempre conquistar títulos com o Benfica»
O mundo viveu ao ritmo dos Jogos Olímpicos em Paris durante todo o Verão europeu. Desde então tem sido o regresso à vida normal dos campeonatos internos e das competições a nível continental.
O campeonato de Portugal da primeira divisão de voleibol feminino arrancou neste mês de Outubro, isto após o primeiro troféu da época ter sido atribuído em finais de Setembro coma Supertaça.
O SL Benfica, vencedor da Taça,defrontou o FC Porto, Campeão de Portugal, no Pavilhão Municipal de Santo Tirso, no Norte do país.
As encarnadas acabaram por arrecadar o troféu com um triunfo por três sets a um frente às portuenses.
Primeiro título da temporada para o Benfica e para a atleta brasileira Angélica Malinverno.
A RFI falou com a voleibolista brasileira que iniciou a sua segunda época de águia ao peito e com dois troféus já conquistados com a camisola encarnada.
Angélica Malinverno, de 35 anos,abordou a sua chegada ao Benfica e os objectivos que quer atingir, mas antes disso reconheceu ter ficado satisfeita com o triunfo na Supertaça.
Ainda em declarações à RFI, a central brasileira revelou-nos como surgiu a paixão pelo voleibol e como tem lidado com problemas físicos e psicológicos com os quais os atletas podem estar confrontados.
Angélica Malinverno, internacional brasileira de 35 anos, já representou o Sesi, o Vôlei Bauru, o Brasília, o Vôlei Amil e o Dentil Praia Clube no Brasil.
O Benfica defronta neste domingo, 20 de Outubro, o PV Colégio Efanor, clube vice-campeão de Portugal e finalista da Taça na época passada.
As encarnadas, que já venceram esta temporada a Supertaça e que arrecadaram na época passada a Taça, procuram conquistar o título de Campeãs de Portugalque não vencem há quase 50 anos, foi precisamente na temporada 1974/1975. Nessa altura o Benfica terminou uma série de nove títulos consecutivos, os nove que ainda hoje tem.
Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.
Fri, 18 Oct 2024 - 370 - Ciclismo: Ivo Oliveira, Rui Oliveira e António Morgado fazem balanço positivo da temporada
A temporada 2024 de ciclismo terminou neste fim de semana com a última grande prova, a Volta à Lombardia, em território italiano, conquistada pelo esloveno Tadej Pogačar da equipa dos Emirados Árabes Unidos, a UAE Team Emirates, sendo a 25ª vitória nesta época para o ciclista n°1 mundial.
O atleta esloveno, Tadej Pogačar, igualou o recorde do italiano Alessandro Petacchi que tinha também triunfado 25 vezes numa temporada. Dois atletas diferentes visto que o italiano venceu sempre ao sprint, numa luta entre os mais rápidos na recta final, enquanto Tadej Pogačar venceu quase sempre isolado com ataques longe da meta final, a 101 quilómetros da chegada no Campeonato do Mundo e a 48 quilómetros na Volta à Lombardia, entre outros exemplos.
Dois estilos e dois atletas que arrecadaram 25 triunfos, em 2005 para o transalpino e em 2024 para o esloveno de 26 anos.
Tadej Pogačar termina assim a temporada no primeiro lugar no ranking mundial, à frente do belga Remco Evenepoel, isto enquanto a equipa UAE Team Emirates triunfou na geral por equipas.
A equipa dos Emirados conta com quatro ciclistas portugueses no plantel:João Almeida, Rui Oliveira, Ivo Oliveira e António Morgado.
A RFI teve a oportunidade de falar com os três últimos atletas.
Em declarações à RFI, Rui Oliveira, de 28 anos, fez o balanço da temporada em que o ponto alto foi o título olímpico na prova de Madison no ciclismo de pista nos Jogos Olímpicos de Parisfazendo dupla com Iúri Leitão.
Rui Oliveira também abordou o facto de competir com Tadej Pogačar.
Rui Oliveira, ciclista de 28 anos, veste a camisola da UAE Team Emirates desde 2019. De notar que, para além do título olímpico, o atleta luso acabou no segundo lugar na terceira etapa da Volta ao Algarve, igualmente na segunda posição na primeira etapa da Volta à Áustria, e também na primeira etapa da Volta à Dinamarca no contra-relógio por equipas. Ainda no pódio, Rui Oliveira terminou no terceiro lugar na prova belga Super 8 Classic.
A RFI falou igualmente com o irmão gémeo de Rui, Ivo Oliveira. Ao microfone da RFI, o ciclista luso fez um balanço algo positivo da temporada mas realçou o triunfo do irmão nos Jogos Olímpicos. Aliás, Ivo devia ter participado na prova, mas uma queda com fractura da mão acabou com o sonho olímpico que finalmente festejou através do Rui.
Ivo Oliveira, ciclista de 28 anos, veste a camisola da UAE Team Emirates desde 2019. De notar que o atleta luso acabou no segundo lugar no prólogo na prova francesa Boucles de la Mayenne, bem como no contra-relógio do campeonato nacional de Portugal e no contra-relógio por equipas da Volta à Dinamarca. De destacar ainda o quinto lugar no prólogo da Volta à Romandia na Suíça, no Campeonato nacional de Portugal de estrada, na prova espanhola da Volta a Castela e Leão, e na primeira etapa da Volta a Burgos neste mesmo país europeu.
Por fim a RFI entrevistou António Morgado, ciclista de 20 anos, que disputou a sua primeira época no World Tour com a equipa UAE Team Emirates.
Em declarações à RFI, o ciclista luso fez um balanço positivo desta primeira época e espera ainda mais na segunda.
António Morgado, ciclista de 20 anos da UAE Team Emirates. De notar que o atleta luso acabou no primeiro lugar no contra-relógio no campeonato nacional de Portugal, bem como na prova italiana Giro della Romagna e na segunda etapa da Volta às Astúrias em Espanha, triunfando ainda na geral individual de melhor jovem na Volta ao Algarve em Portugal. Isto sem esquecer a segunda posição na prova belga Le Samyn, a terceira posição na segunda etapa da Corrida da Paz na Chéquia, e no quinto lugar na mítica prova belga Volta à Flandres.
De referir que a RFI realizou as três entrevistas durante a prova Paris-Tours conquistada este ano pelo francês Christophe Laporte (Team Visma | Lease a Bike).
Para encerrar este Magazine Desporto dedicado ao ciclismo,de notar que na semana passada decorreram os campeonatos africanos no Quénia.
Na prova de estrada masculina,o eritreu Henok Mulubrhan conquistou pela terceira vez o título, enquanto o melhor lusófono foi o angolano António Dário que ficou no décimo lugara 13 segundos do vencedor.
Na prova de estrada feminina, a sul-africana Ashleigh Moolman triunfou pela quinta vez, enquanto a única lusófona presente, a angolana Yolanda Mendes, não chegou ao fim da corrida.
O melhor resultado dos atletas lusófonos em todas as categoriasfoi na prova masculina de juniores, onde o angolano Kilson Rodrigues ficou no quarto lugara 2 minutos e 48 segundos do vencedor o eritreu Keven Teklemariam.
Fica assim encerrado este Magazine Desporto.
Mon, 14 Oct 2024 - 369 - Mário Balbúrdia: «Quero regressar à selecção angolana e conquistar troféus»
Os campeonatos nacionais estão parados em todo o mundo devido à paragem para os jogos das diferentes selecções nacionais, inclusive as quatro da África Lusófona que ainda podem chegar à fase final do CAN 2025: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique.
As paragens permitem ir à descoberta de atletas pelo mundo fora, neste caso o médio angolano Mário Balbúrdia que actua no Dínamo Batumi na Geórgia.
Já se realizaram 28 jornadas no Campeonato Georgiano em que o líder é o Torpedo Kutaisicom 57 pontos.
Quanto ao Dínamo Batumi está na quarta posição com 42 pontos.
A equipa, onde actua o internacional angolano, teve uma época atípica visto que foi Campeão em 2023 e teve de disputar as competições europeias, sendo eliminada sucessivamente da Liga dos Campeões e da Liga Europa Conferência.
Mário Balbúrdia chegou ao clube da Geórgia durante o dito mercado de Verão.
Em cinco jogos disputados, o médio de 27 anos já marcou três golos, inclusive o tento da vitória por 0-1 frente ao Kolkheti-1913 na última jornada disputada no passado fim-de-semana.
Em entrevista exclusiva à RFI, Mário Balbúrdia, formado no 1° de Agosto,revelou-nos os motivos que o levaram a aceitar o convite georgiano após duas temporadas em Portugalao serviço do Estrela da Amadora e do Mafra.
O médio também abordou a Selecção Angolana para a qual espera ser novamente convocado.
Em conversa com a RFI, o internacional angolano de 27 anos contou-nos como surgiu a paixão pelo futebole os sonhos que ainda tem por realizar.
Mário Balbúrdia, médio angolano, já representou o 1° de Agosto em Angola, clube com o qual se sagrou duas vezes Campeão, e também já vestiu as camisolas do Estrela da Amadora e do Mafra em território português.
O próximo jogo do Dínamo Batumi é em casa frente ao FC Gagra a 18 de Outubro.
Faltam oito jornadas para a liga georgiana ficar encerrada.
Chegarmos assim ao Fim deste Magazine Desporto. Até breve.
Fri, 11 Oct 2024 - 368 - Andebol: Tremblay aposta em dupla António Areia e Tiago Rocha para garantir manutenção
A temporada 2024/2025 da primeira divisão de andebol masculino em França já está em andamento com cinco jornadas já disputadas. O Paris Saint-Germain, vencedor das últimas dez edições, vai defender a sua supremacia, isto após a saída da estrela da modalidade, o internacional francês Nikola Karabatic, que encerrou a carreira.
Após cinco jornadas realizadas, o Paris Saint-Germain lidera o campeonato com dez pontos, isto significa cinco vitórias em cinco encontros, e isto apesar da ausência da estrela francesa no plantel.
Na liderança partilhada está o Toulouseque também conseguiu carimbar um início de temporada 100% vitorioso.
No terceiro lugar com oito pontos temos dois concorrentes ao título nacional, o Nantes e o Montpellier, este último sendo o clube recordista no que diz respeito aos títulos de Campeão com 14 troféus conquistados.
De notar que os parisienses têm no total onze títulos, sendo que dez foram consecutivos entre 2015 e 2024.
Nesta liga com 16 equipas, há os clubes que lutam pelo título e os que tentam não descer, é o caso do Tremblay.
A equipa da Região Parisiense regressou à primeira divisão e quer se manter no mais alto patamar do andebol francês.
Para isso, o clube conta com dois jogadores portugueses: Tiago Rocha, que subiu da segunda para a primeira divisão com a equipa, e António Areia, que chegou durante o Verão proveniente do FC Porto.
A RFI teve a oportunidade de falar com os dois atletas após a derrota do Tremblay, em casa, frente ao Paris Saint-Germain por 32-40.
Para António Areia, internacional português de 34 anos, estes jogos servem sempre para preparar os encontros em que a equipa vai lutar com concorrentes directos à manutenção, ele que também abordou a sua adaptação à liga francesa.
António Areia, andebolista português, já vestiu as camisolas do Belenenses, do SL Benfica e do FC Porto em Portugal, tendo vencido, entre outros títulos, cinco campeonatos de Portugal.
Quanto a Tiago Rocha, internacional luso de 38 anos, lembrou que o Paris Saint-Germain é uma equipa de topo mundial, admitindo que a equipa terá sempre de lutar contra todas as equipas para angariar pontos, quer seja contra o PSG ou outros clubes, ele que, no entanto, admitiu que a derrota frente aos parisienses foi lógica.
Tiago Rocha, andebolista português do Tremblay, já representou o FC Porto e o Sporting CP em Portugal, o Wisla Plock na Polónia, bem como o Nancy e o Cesson-Rennes em França.
De notar que após cinco jornadas, o Tremblay ocupa o 14° lugar com dois pontos, sendo que apenas os dois últimos classificados é que descem de divisão.
Na próxima jornada, o Tremblay mede forças com o Ivry, enquanto o Paris Saint-Germain desloca-se ao terreno do Créteil, isto significa que vamos assistir a dois dérbis da Região Parisiense, a região mais bem representada na primeira divisão de andebol masculino em França.
Para fechar este magazine desporto,
Passamos ao futsal masculino,
O Brasil sagrou-se pela sexta vez campeão mundial de futsal. Os canarinhos impuseram-se no domingo, no Uzbequistão, na final perante a Argentina por duas bolas a uma. O rescaldo é de Rui Almeida, em serviço especial para a RFI.
Recorde-se que no terceiro lugar ficou a Ucrânia que derrotou a França por 7-1 na luta pela medalha de bronze.
Quanto a Portugal, vencedor em 2021 do título mundial, foi eliminado nos oitavos-de-final por 2-1 perante o Cazaquistão.
Chegamos assim ao fim deste Magazine Desporto.
Mon, 07 Oct 2024 - 367 - Exigência actual de desempenho ao mais alto nível coloca "peso enorme" nos jogadores de futebol
Entre ligas e campeonatos nacionais e competições internacionais, um jogador de futebol profissional pode jogar entre 50 a 70 jogos por ano, uma média que compromete a longevidade da sua carreira. Mais atenção à saúde físical e mental dos desportistas pode prevenir abandonos precoces de carreiras.
Daqui a duas semanas, as ligas europeias e vários sindicatos de jogadores vão apresentar uma queixa em conjunto contra a FIFA junto da Comissão Europeia por considerarem que o calendário sobrecarregado de jogos de futebol nesta temporada, seguida de um Mundial de Clubes em 2025, põe em causa a saúde dos jogadores de futebol profissional que actuam ao mais alto nível.
Estas queixas surgem sobretudo depois de a Liga dos Campeões ter mudado o seu formato e ter adicionado dois jogos à competição.
Para Sérgio Teixeira, preparador físico do Moreirense Futebol Clube, clube português que actua na Primeira Liga, mais do que o número dos jogos, é a actual exigência do futebol nacional e internacional que determina o desgaste físico dos jogadores.
"Quanto mais importante é a competição, quanto mais visibilidade, quanto mais exposição, mais stress e ansiedade gera. Mas, essencialmente, a evolução do futebol relativamente àquilo que se pede a cada jogador, a inteligência de movimento, a capacidade de tomar decisões rápidas, executar movimentos complexos, mas também memorizar vários tipos de movimento, que são esforços repetitivos, acabam por afectar o sistema nervoso central e podemos dizer que podemos estar numa fase do futebol moderno, em que cada jogo acaba por, em termos neurofisiológicos, ser mais exigentes do que há dez anos", disse Sérgio Teixeira em entrevista à RFI.
Para contrariar este desgaste há hoje técnicas que permitem recuperar o corpo, sem esquecer a saúde mental dos jogadores. Desde logo a avaliação correcta da idade biológica dos jogadores pode ajudar na sua recuperação, mas também novas tecnologias que permitem, por exemplo, diminuir a inflamação muscular. No entanto, sem o devido espaço de tempo entre as altas performances no campo, estas tecnicas podem não ser eficazes.
"Os esforços são repetitivos e os jogadores acabam por estar muitas vezes em competição e o tempo de recuperação acaba por não ser o ideal, até porque quando existe um calendário congestionado, é difícil melhorar a condição física e acabamos por entrar num ciclo de monotonia de treino em que apenas a recuperação-jogo-recuperação-jogo e acabamos por não ter aquela exposição a uma melhoria física, um desenvolvimento físico e muitas vezes acabamos por dar prioridade à recuperação, obviamente. Mas a longo prazo perpetua-se um ciclo de desgaste e exposição maior as lesões", indicou
Mais lesões, mais cansaço físico e maior cansaço mental podem levar também a um abandono precoce da carreira, algo cada vez mais comum entre grandes estrelas do futebol.
"A mente e o corpo estão ligados e acabamos por dizer que a pressão constante para manter um desempenho ao mais alto nível, aliada à exposição mediática, às expectativas dos atletas, coloca um enorme peso sobre os ombros dos jogadores. Esse stress psicológico contínuo não só afecta o bem-estar mental do atleta, mas também tem um impacto directo na sua capacidade de recuperação e na resposta do corpo a lesões. Vários estudos mostram que o stress prolongado pode enfraquecer o sistema imunitário, pode atrasar a cicatrização de lesões, contribui para o risco de eles decidirem terminar a carreira mais cedo", destacou Sérgio Teixeira.
Em termos de longevidade nos relvados, há o exemplo de Cristiano Ronaldo que com 39 anos continua a jogar e a marcar. Neste caso, Sérgio Teixeira considera que o craque português conseguiu ter uma equipa à sua volta desde nutrição até à fisioterapia que alia todas as novas tecnicas para manter a sua boa forma física e mental. Mas ele próprio também tem um papel determinante na sua saúde.
"Eu penso que o Cristiano Ronaldo acabou por, em termos de nutrição, ser bastante preocupado com isso. Teve ajuda, claro, mas ao nível daquilo que é o treino, tenho a certeza absoluta que ele é dos maiores conhecedores sobre aquilo que precisa fazer para ter esta longevidade", concluiu.
Thu, 03 Oct 2024 - 366 - Campeonato do Mundo no Uzbequistão é "mostra de futsal ao mais alto nível"
O Campeonato Mundial de Futsal está a aproximar-se do fim, com duas selecções lusófonas já eliminadas: Angola e Portugal. No entanto, até 06 de Outubro, este campeonato continua a mostrar a evolução do futsal, um desporto que conquista cada vez mais jogadores e adeptos em todo o Mundo.
No que diz respeito às esquipas lusófonas, segue ainda neste campeonato o Brasil, uma das equipas favoritas para chegar à final, tendo eliminado Marrocos no Domingo, como nos relatou Rui Almeida, jornalista desportivo que está a acompanhar este Mundial no Uzbequistão.
"Estava-se à espera da vitória do Brasil. O Brasil, de resto, tem revelado uma maturidade competitiva muito grande e uma das melhores equipas. É recorrente que seja uma das melhores equipas nos Mundiais de futsal. É um país com grande tradição, tem uma equipa muito sólida, tem o actual melhor jogador do mundo, Pito, que no entanto até nem tem dado muito o contributo à equipa porque está a recuperar de uma lesão. Mas o Brasil acabou por ganhar a Marrocos. Marrocos, que é uma equipa campeã africana que cumpriu perfeitamente a sua missão neste Campeonato do Mundo no Uzbequistão. Chegou aos quartos de final, Não perdeu por uma goleada, pelo contrário, vendeu caro a derrota", disse.
Portugal foi eliminado pelo Cazaquistão, uma equipa que nas últimas décadas tem vido a dar cartas no futsal, assim como outras equipas da Ásia Central. Um movimento desportivo que justifica que este evento se realize no Uzbequistão, com o futsal a ser praticado ao mais alto nível em cada vez mais países no Mundo.
"Este Mundial de Futsal está a ser transmitido em directo para 150 países. É uma grande aposta da FIFA. Do ponto de vista organizativo, do ponto de vista estrutural, o futsal é hoje uma modalidade espalhada pelos seis continentes. Tivemos, de resto, aqui equipas representativas justamente das seis confederações continentais da Federação Internacional de Futebol. É uma modalidade que tem crescido muito do ponto de vista qualitativo, isto é, no desempenho técnico ou tático, na capacidade dos jogadores, no desenvolvimento dos novos jogadores, na capacidade dos treinadores. E, portanto, eu diria que estamos aqui com uma mostra de futsal ao mais alto nível. A Ásia tem alguma tradição. É a terceira vez que o Mundial no século XXI, é organizado na Ásia. Foi na China. Taipé foi em 2012, há 12 anos na Tailândia e agora no Uzbequistão. E estas equipas asiáticas aqui da Ásia Central. O Tajiquistão, o Afeganistão, o Cazaquistão, o Irão e o próprio Uzbequistão têm-se mostrado em crescendo, com uma estrutura muito sólida no que diz respeito à capacidade de encarar a modalidade de uma forma extremamente competitiva e extremamente profissional", declarou Rui Antunes.
Já Angola foi a primeira equipa lusófona a ser eliminada, dizendo sair de cabeça erguida desta competição. Tendo em conta as capacidades desta equipa e os esforços de divulgação desta modalidade no país, Rui Almeida, considera que Angola poderia mesmo concorrer à organização do próximo Mundial de futsal em 2028.
Mon, 30 Sep 2024 - 365 - Flag Football: o futebol americano sem contusões e acessível a todos
O Flag Football é uma modalidade muito similar ao futebol americano, mas onde não há bloqueios nem placagens, diminuindo a agressividade do desporto. Em 2028, este desporto praticado já por 20 milhões de pessoas no Mundo será modalidade olímpica em Los Angeles.
Em vez de bloquear o adversário com o corpo, provocando quedas e choques que comprovadamente podem vir a debilitar os jogadores para o resto da vida como acontece no futebol americano, o flag football, inventado por soldados norte-americanos no fim da Segunda Guerra Mundial, substitui o contacto físico por um cinto com duas fitas.
Ao retirar a fita ao adversário, este é obrigado a parar a jogada, tudo isto enquadrado pelas regras do futebol americano, como explicou em entrevista à RFI Francisco Pereira, vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol Americano e Coordenador do Flag Football em Portugal.
"O flag football é uma vertente do futebol americano sem contacto. Ou seja, removemos toda a parte da placagem e do bloqueio e substituímos por um cinto de fitas na cintura que substitui a placagem. Ou seja, assim quando uma pessoa retira a fita do adversário, é como se fosse uma placagem. Ou seja, as regras básicas do futebol americano são exactamente as mesmas. O flag só retira essa parte do contacto. O campo também é mais pequeno, são menos jogadores, enquanto no futebol americano são 11 jogadores, no flag são só cinco", explicou Francisco Pereira que pratica esta modalidade há 12 anos.
Muito jogado já nos Estados Unidos e noutros países anglosaxónicos, assim como na América Central e do Sul, o flag football está agora presente na Europa, com equipas de qualidade internacional como a Alemanha ou a França e começa também a ser muito jogado na Ásia.
"Com a facilidade que há em iniciar este desporto, ele acabou por surgir um pouco por todo o mundo, até tem mais praticantes do que o futebol americano propriamente dito, até mesmo a nível de selecções, há muito poucas selecções de futebol americano, o flag já existem centenas de selecções a nível mundial, inclusive este em Agosto tivemos o Mundial na Finlândia, com as melhores selecções e efectivamente os Estados Unidos que ganharam tanto no masculino como no feminino. Depois temos o México. Também costuma a dar luta aos Estados Unidos, o Canadá também. Depois, aqui na Europa também temos boas selecções, como a Alemanha, como a França, a Itália", detalhou Francisco Pereira.
Em Portugal, a modalidade também tem vindo a crescer como explicou o coordenador do Flag Football em Portugal.
"O ano passado conseguimos reerguer a Liga [após a covid-19], ou seja, conseguimos pegar nas equipas que existiam e conseguimos fazer uma Liga. Tivemos também algumas equipas da Galiza convidadas para se juntarem a nós e tivemos, digamos, o ano zero da Liga Portuguesa com dez equipas a nível nacional. Este ano batemos todos os recordes de número de equipas. Vamos começar agora a Liga em Outubro, com 16 equipas a nível nacional", concluiu Francisco Pereira.
Fri, 27 Sep 2024 - 364 - 120 anos depois, lacrosse volta a ser modalidade olímpica nos Jogos de 2028
O lacrosse estará de regresso às modalidades olímpicas, 120 anos depois de ter sido jogado pela última vez nuns Jogos Olímpicos em Londres, em 1908. Entretanto saiu só da esfera anglosaxónica e é praticado um pouco por todo o Mundo.
Este desporto em que os jogadores estão munidos de uma rede e passam a bola entre si, com movimentos rápidos, tentando roubar a bola ao adversário é muito popular nos países anglo saxónicos, mas joga-se um pouco em todo o Mundo.
Pedro Nunes é presidente da Associação Portugesa de Lacrosse e explicou em entrevista à RFI como e onde se pratica actualmente este desporto.
"O lacrosse joga-se maioritariamente nos países anglo saxónicos. Tudo o que é Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Reino Unido e Austrália é muito forte e agora está a crescer noutros países, não só na Europa, principalmente na zona mais do norte da Europa. Alemanha. Todos os países nórdicos, como a Suécia. Mas também está a crescer em sítios como o Japão, por exemplo, e agora, mais recentemente, está a chegar cá ao Sul da Europa, Portugal, Espanha e Itália", disse em entrevista à RFI.
Jogado normalmente com 10 jogadores e sendo um jogador muito dinâmico, a bola no lacrosse passa de stick em stick - uma rede montada num stick parecido ao hockey -, com os jogadores a tentarem roubar a bola ao adversário. É um jogo onde se corre a grande velocidade.
Influenciado por um uma série norte-americana, Pedro Nunes envolveu-se neste desporto e vê-lo agora voltar aos Jogos Olímpicos - durante duas edições, em Saint Louis em 1904 e em Londres em 1908, o lacrosse foi modalidade olímpica - é muito gratificante para os praticantes.
"É uma coisa que já se andava a falar há algum tempo mas que que recentemente tornou se realidade, o lacrosse vai voltar aos Jogos Olímpicos e estamos muito contentes e estamos a preparar-nos para isso mesmo porque é uma preparação diferente. Será jogado com seis jogadores de cada lado e temos de nos adaptar, mas esta exposição é muito boa, especialmente para o crescrimento da modalidade", concluiu Pedro Nunes.
Mon, 23 Sep 2024 - 363 - O novo formato mais "atractivo" e "exigente" da Liga dos Campeões de futebol masculino
Destaque para o novo formato da Liga dos Campeões europeus de futebol masculino, que iniciou esta semana com uma mudança fundamental, o sistema de classificação única e um calendário mais apertado. Para rivalizar com a nova e dissidente Superliga, a Liga dos Campeões torna-se mais exigente para os jogadores, o que tem gerado algumas polémicas.
Neste novo formato da Liga dos Campeões europeus de futebol masculino deixa de haver a fase de grupos, o número de equipas passa de 32 para 36 e isto numa classificação única. Na fase da liga, antiga fase de grupos, os oito primeiros apuram-se directamente para os oitavos de final. As equipas que terminarem entre o 9º e o 24º lugares vão disputar um play-off eliminatório, a duas mãos, para saber quais seguem também para os oitavos-de-final da competição. As equipas que terminarem do 25º lugar para baixo, inclusive, serão eliminadas, sem acesso à UEFA Europa League.
Para o jornalista desportivo Eric Mendes, este novo formato resulta em jogos mais competitivos, em teoria, apesar de na prática se ter assistido a empates como o 0 a 0 entre o Manchester City e o Inter de Milão, a 18 de Setembro, ou o empate por 0 a 0 entre o Atalanta Bergamo e o Arsenal, a 19 de Setembro.
"Não deixa de haver situações em que a sensação de alegria e de surpresa acontece afinal nos jogos à parte, de segundo nível digamos, como foi o caso do Brest face ao Sturm Graz (2-1) ou até a vitória do Benfica fora de casa, em Belgrado, face ao Estrela Vermelha (1-2)", analisa Eric Mendes.
Este início de Liga deixa assim antever que possa haver uma "competição larga e aberta até ao final, até à última jornada", segundo o jornalista.
O novo formato da Liga, que a UEFA promete "mais atractivo", tem como finalidade gerar mais receitas. Implica portanto mais jogos, um calendário mais apertado e mais esforços da parte dos jogadores. Alguns treinadores e jogadores queixaram-se aliás deste novo formato e houve mesmo ameaças de greve por parte de jogadores, como o espanhol Rodri. O médio do Manchester City denunciou, em conferência de imprensa, um ritmo demasiado elevado: "Não podemos disputar 60 ou 70 jogos. Um jogador pode evoluir no topo durante 40 a 50 encontros. Depois, diminuem as capacidades, porque não é possível manter esse nível físico. Temos que cuidar de nós, somos as personagens principais deste desporto, ou deste negócio, pouco importa como o designam".
Neste cenário em que o número de competições não pára de aumentar, "todos, seja a UEFA ou a FIFA, querem ter a sua parte do bolo, mas o bolo está a ficar cada vez mais pequeno", considera Eric Mendes. Neste contexto, "ninguém fala do jogador, da qualidade física dos jogadores e da ausência dos jogadores nas negociações", diz ainda o jornalista desportivo.
De notar que por sua vez, a FIFA está a organizar um novo torneio do Mundial de Clubes, a decorrer nos Estados Unidos durante o verão de 2025. Algumas ligas europeias e sindicatos anunciam que vão apresentar queixa contra a FIFA perante a Comissão europeia, a 14 de Outubro, devido à multiplicação dos jogos que tornam as temporadas cada vez mais intensas.
Uma sucessão de competições "ilógica", na opinião de Eric Mendes. "Este novo torneio da FIFA é quase uma concorrência directa aos campeonatos, porque alguns campeonatos vão arrancar quase uma semana depois do Mundial dos Clubes e a partir daí, onde estão as vedetas? De férias. O que quer dizer que as grandes figuras dos campeonatos não estarão presentes",explica o analista, apontanto para um factor contra-productivo porque "quando as vedetas não estão presentes, o público também não está".
A primeira jornada do novo formato da Liga dos Campeõesiniciou esta semana, com alguns duelos imperdíveis como a derrota do AC de Milão face ao Liverpool (1-3) ou a vitória do Mónaco face ao mítico Barcelona (2 a 1)na quinta-feira à noite.
A competição arrancou da melhor forma também para os clubes portugueses, com as vitórias do Sporting (2-0) frente ao Lille) e do Benfica (1-2) contra o Estrela Vermelha de Belgrado.
A segunda jornada da Liga inicia a 1 de Outubro.
Fri, 20 Sep 2024 - 362 - Voleibol sentado: um desporto feito de passes, deslizes no chão e partilha de bons momentos
A RFI foi aprender como jogar voleibol sentado, modalidade paralímpica que apaixonou os espectadores nos Jogos de Paris 2024, e o resultado foi surpreendente. Para quem já pratica esta modalidade, os Jogos Paralímpicos de 2024 foram um momento de exposição muito importante para trazer mais pessoas com deficiência para o desporto. Já para quem jogou pela primeira vez, é um jogo fisicamente muito exigente e que deu também origem a muitas brincadeiras e gargalhadas.
Tudo parece mais fácil e confortável quando estamos sentados. Sentamo-nos para descansar, para beber um café na esplanada, para esperar pelos transportes ou para ver um filme. Por isso, pode parecer estranha a ideia de praticar um desporto sentado ou, ainda mais estapafúrdia, a ideia de que esse desporto seja mais difícil de praticar sentado do que de pé.
Bem-vindos aos voleibol sentado!
A RFI foi convidada a participar numa formação de voleibol sentado pelo centro de imprensa da cidade Paris, modalidade olímpica nos Jogos de Paris 2024 e aceitou, embora deva confessar que à partida não sabia bem onde me estava a meter. Todos os praticantes que vieram a esta formação eram jornalistas e voluntários dos Jogos Paralímpicos, sem qualquer deficiência e, rapidamente, todos nos vimos confrontados pelas nossas limitações.
O voleibol sentado começou a ser jogado nos Países Baixos em 1956, como forma de reabilitação para os soldados feridos na II Guerra Mundial. Em 1980 tornou-se modalidade paralímpica e hoje é disputado tanto por equipas masculinas como femininas. Jerôme Dumas, treinador de voleibol sentado, e o nosso treinador para o dia, explica as diferenças desta modalidade face ao volei tradicional.
"Há uma grande diferença, a altura da rede é de um metro e 15 centímetros, as dimensões do campo também mudam: tem seis metros de largura por cinco de comprimento. E, por último, as pessoas jogam sentadas. É um desporto difícil e nós não imaginamos porque pensamos que como se chama voleibol sentado, associamos a outras coisas que fazemos sentados. Por exemplo, agora, nesta entrevista, estamos sentados. Quando alguém vai a nossa casa, convidamos a pessoa a sentar-se. Na escola, quando aprendemos na sala de aula, estamos sentados. Aqui, nesta modalidade, estamos a pedir ao cérebro que mude completamente o seu processo. Estou sentado, mas tenho de me mexer, tenho de decidir rapidamente. É essa a grande diferença. Portanto, é um desporto em que se desliza no chão e que exige não só ombros extraordinários, mas também uns abdominais excepcionais. Exige também um nível de resistência de cardio muito, muito elevado, porque tudo se passa muito rápido. Apercebemo-nos disso quando aqui nesta formação jogámos só com um balão, não foi? São cadeias musculares que não estão habituadas a trabalhar em conjunto ou não nesse sentido. Se for jogado a um nível muito elevado, como podemos ver com as espectaculares equipas dos Balcãs, a Bósnia-Herzegovina, por exemplo, vimos que é uma equipa muito técnica, mas que joga muito rápido. Também temos o Brasil, que joga muito, muito rápido, como as equipas de Fernando Guimarães que jogam de forma fantástica", indicou.
O treino começou de forma ligeira, com balões. Tínhamos de tentar manter o balão no ar enquano estávamos sentados no chão com as pernas alongadas, dando pequenos toques na bola. Até aí, fácil. Depois começaram os passes e fomos para a rede. Quando estamos impedidos de usar completamente as nossas pernas, mas temos de as arrastar para nos deslocar no terreno de jogo, ao mesmo tempo que lançamos uma bola, só há uma solução: aprender a deslizar.
E, para isso, nada melhor do que ver um profissional a jogar. Clinton Kieta-Sisidi tem metade do corpo paralisado e é jogador de voleibol sentado, uma modalidade que o seduziu nos Jogos Palímpicos de Tóquio, em 2021.
"Eu jogo voleibol há três anos. Pratico no PUC, Paris Université Club. Há muito tempo que eu queria jogar voleibol sentado. Vi esta modalidade na televisão, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e impressionou-me a equipa iraniana, com Morteza Mehrzad, o jogador alto que passa com facilidade e bloqueia também com facilidade. E eu sempre quis fazer isso. E durante os Jogos de Tóquio, no Trocadero, tínhamos oportunidade de experimentar diferentes modalidades. Eu fiz o râguebi em cadeira de rodas, ténis de mesa, basquetebol, esgrima em cadeira de rodas e havia também voleibol sentado e o meu treinador, Jérôme Dumas, estava a fazer a demonstração nesse dia e eu participei nessa iniciação, fiz alguns treinos e depois entrei no PUC", explicou.
Por algumas horas, Clinton Kieta-Sisidi aceitou jogar connosco, puros amadores que depois dos primeiros passos com uma verdadeira bola de voleibol, já nos queixávamos das dificuldades. As palavras de ordem no voleibol sentado e para além das regras que temos de seguir é: adaptação das nossas capacidades à modalidade.
"No nosso clube, fazemos um dia de treino por semana, porque eu faço muitas coisas diferentes, também faço capoeira, badminton e basquetebol. Por isso, fisicamente, estou bem. Mas, para começar a praticar, o voleibol sentado é um pouco complexo, porque tem a ver com deslocação, temos de deslizar no campo. E também é preciso encontrar técnicas, porque eu tenho um determinado tipo de deficiência, tenho hemiplégia, o que significa que estou paralisado de um lado do corpo. Por isso, tive de encontrar soluções para encontrar a técnica certa ou a postura certa para me deslocar. Ao longo dos treinos, fui criando diferentes tipos de remates técnicos para acomodar a minha deficiência e desenvolver o meu próprio tipo de deslize, um deslize personalizado, e depois havia a questão da recepção de passes, porque como só uso uma mão, também tenho de encontrar soluções para isso", disse em declarações à RFI.
Depois da primeira hora de treino e de lamentos sucessivos, algumas boladas mal dirigidas para a cara dos colegas e múltiplas interrogações sobre o porquê de termos todos vindo jogar um jogo para o qual não estávamos de forma nenhuma preparados, havia um consenso entre todos:
"É tão, mas tão difícil. Eu já sabia quer seria difícil, mas é impossível saber até experimentar. Eu acho mesmo que é mais difícil do que o vólei tradicional".
Quem o diz é Jill Jaracz, jornalista norte-americana, apresentadora e produtora do podcast "Keep the Flame Alive" sobre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Ela foi a minha parceira de jogo na formação de voleibol sentado e mesmo com mais pericía e melhor pontaria, até a Jill teve dificuldades.
Ao mesmo tempo, criou-se um espírito de camaradagem. Rimos, brincámos uns com outros sobre a falta de jeito e na segunda hora já conseguíamos passar a bola correctamente entre todos para marcar alguns pontos. E esta é a magia do desporto. Uma magia ainda mais importante quando actua em pessoas com deficiência, especialmente no caso do voleibol, com deficiências físicas que podem impedir as pessoas de socializar e de participar regularmente em actividades de grupo.
"Gostaria de agradecer ao Comité Paralímpico internacional e ao francês, que colocaram o voleibol sentado no mapa durante estes Jogos Paralímpicos, com entrevistas, artigos e muita divulgação. A parte mais difícil de chegar às pessoas que têm acidentes com lesões permanentes nas suas vidas é ir busca-las a casa, fazê-las vir praticar esta modalidade e desfrutar do desporto. E o nosso desporto tem a vantagem de ser realmente adaptável. É um desporto inclusivo, por isso não se joga sempre contra pessoas que sofreram acidentes e há muitos graus diferentes de deficiência que podem jogar. Aqui, dizemos-lhes para virem jogar connosco, porque vamos estar todos juntos. E o desporto em equipa é algo contagiante, rapidamente a pessoa terá o gosto da prática e vai voltar a sentir aquele entusiamo que dá vontade de jogar todas as semanas", declarou o treinador Jerôme Dumas.
Este foi um desporto que apaixonou os espectadores dos Jogos Paralímpicos e levou milhares de pessoas à Arena Paris Nord, como relatou Jill Jaracz.
"Eu fui a jogos de volei sentado e é muito divertido assistir a jogos desta modalidade. Desde logo, os jogos são divertidos porque o público está super envolvido no jogo, assim como os animadores. Há os bloqueios, os ases e também as bolas perdidas. É tudo tão divertido de ir assistir ao vivo"
Mas esta não é uma modalidade, tal como as restantes paralímpicas, que se passa só de quatro em quatro anos ou que se pode verdadeiramente aprender em duas horas. Há milhares de pessoas dedicadas diariamente a este desporto e Clinton Kieta-Sisidi espera que os Jogos Paralímpicos tenham mostrado que estes são desportos que vale não só a pena seguir durante todo o ano, mas também sensibilizar toda a gente par a a sua complexidade e esforço das pessoas que as praticam.
"O que me marcou mais foi o ambiente, porque o público estava muito entusiasmado. Já nos Jogos Olímpicos, onde houve um grande ambiente nas bancadas com grandes figuras como Teddy Riner, era um verdadeiro peso pesado a nível desportivo. A França tem atletas muito bons nas disciplinas paradesportivas. Seja no ciclismo de pista, no ciclismo de estrada ou na natação. Portanto, foram muitas, muitas medalhas e triunfos. Agora teremos de fazer um balanço daqui a seis meses ou um ano para ver se houve algum efeito nos Jogos Paralímpicos. Porque já houve um legado em termos de infraestruturas. Foram construídos muitos edifícios para os Jogos Paraolímpicos que vão tentar perdurar no tempo, porque do ponto de vista ecológico e social é importante e também temos de mudar a mentalidade sobre a deficiência e dizer que a deficiência pode ser um fardo num determinado momento, mas há sempre soluções e o desporto é uma solução para criar um futuro para as crianças e mesmo para os adultos que ficaram recentemente deficientes", expressou.
E nós? Para além das dores descobertas em músculos que nem conhecíamos, como se saíram os participantes desta formação de voleibol sentado? Jerôme Dumas deu o seu veredicto.
"Sinceramente, estava a falar sobre isso com outra jornalista e fiquei muito surpreendido com o que conseguiram fazer, porque o voleibol sentado é uma modalidade técnica, mas deram o vosso melhor e fizeram coisas fantásticas", concluiu.
Obrigada treinador! E obrigada por ter acompanhado este magazine Desporto. Até sexta-feira.
Mon, 16 Sep 2024 - 361 - Tomás Reis: «Portugal e Brasil são favoritos, Angola pode ser a surpresa no Mundial de futsal»
O Campeonato do Mundo de futsal masculino arranca neste sábado 14 de Setembro no Uzbequistão com a presença de três selecções lusófonas: Angola, Brasil e Portugal.
A selecção brasileira está presente pela décima vez em dez edições e já conquistou cinco títulos mundiais, enquanto Portugal vai participar pela sétima vez e arrecadou o título em 2021 na Lituânia, no mundial anterior.
Quanto à selecção angolana marca presença pela segunda vezapós 2021 em território lituano.
O Brasil integra o Grupo Bcom Cuba, Croácia e Tailândia, enquanto os portugueses estão no Grupo E com Panamá, Tajiquistão e Marrocos.
Quanto aos Palancas Negras terão pela frente a Argentina, a Ucrânia e o Afeganistão no Grupo C.
A RFI falou com Tomás Reis, jogador português que vai jogar na UJS Toulouse em França nesta temporada, e que já foi internacional por Portugal nas categorias de sub-18, sub-19, sub-21 e nos universitários.
Para a RFI, Tomás Reis fez uma análise deste torneio que começa já neste sábado 14 de Setembro, destacando Portugal e Brasil, mas não esquecendo a selecção angolana que pode ser a surpresa desta prova.
Tomás Reis também nos revelou como surgiu a paixão pelo futsale quais são os sonhos que ainda quer realizar.
Tomás Reis, atleta luso de 24 anos, já actuou no Sporting Clube de Portugal, no Sporting de Braga, no Portimonense, nos Leões de Porto Salvo, na Quinta dos Lombos, no Famalicão e no Torreense em território português, antes de assinar pelo Toulouse.
No que diz respeito ainda ao Mundial de futsal, o Brasil é a primeira selecção lusófona a entrar em acção já neste sábado com um jogo perante Cuba,enquanto a segunda será Angola no domingo frente ao Afeganistão, e por fim será a vez de Portugal medir forças com o Panamá na segunda-feira.
De notar ainda que pela primeira vez a França vai participar num Mundial, integrando o Grupo F com Irão, Venezuela e Guatemala.
O Mundial de futsal masculino decorre até 06 de Outubro no Uzbequistão nas cidades de Tashkent, Bukhara e Andijan.
Fri, 13 Sep 2024
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